5 lições: Sanders é o mesmo, para o bem ou para o mal

Estreia do quarterback no Cleveland Browns é repeteco disfarçado: novidade só para quem não viu

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5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Shedeur segue o mesmo

Shedeur Sanders finalmente fez sua estreia na pré-temporada da NFL, enfrentando o Carolina Panthers. Sanders mostrou sim alguns bons momentos — passes rápidos, calma no pocket e confiança na execução de jogadas curtas. Porém, os velhos problemas reapareceram: decisões equivocadas, erros de colocação da bola e um braço mediano. Foi uma atuação cheia de altos e baixos, bem parecida com o que ele já apresentava no futebol universitário.

A defesa dos Panthers, mesmo sem estar com força máxima, conseguiu explorar essas falhas. E isso serve como alerta: na NFL, tudo é mais rápido.

É claro que estamos falando de um primeiro jogo de pré-temporada, onde ajustes fazem parte do processo. Mas a partida contra o Carolina Panthers mostrou que Shedeur Sanders ainda precisa evoluir muito antes de justificar todo o entusiasmo em torno do seu nome. O talento está lá, mas o caminho para se firmar como quarterback na NFL será longo.

Richardson não sabe o básico

Anthony Richardson, quarterback do Indianapolis Colts, sofreu um susto na pré-temporada da NFL contra o Baltimore Ravens. Ele tomou uma pancada forte na mão e machucou o dedo após falhar em uma leitura simples.

A defesa dos Ravens mostrou claramente que enviaria pressão. Mesmo assim, Richardson não ajustou a proteção nem identificou o lado que deveria ler primeiro, segurando a bola por tempo demais. O resultado foi uma paulada de David Ojabo que resultou numa lesão.

Para um quarterback entrando no terceiro ano de NFL, esse tipo de erro é preocupante. Reconhecer sinais defensivos e reagir rápido é fundamental para evitar hits desnecessários. Se quiser se firmar como líder dos Colts, Richardson precisa evoluir mentalmente para ontem.

Identidade independe de performance

O New England Patriots mostrou um vislumbre de identidade ofensiva na vitória sobre o Washington Commanders na pré-temporada da NFL. Sob comando de Mike Vrabel e Josh McDaniels, o ataque priorizou o jogo terrestre e a fisicalidade na linha ofensiva, controlando o ritmo da partida.

Mesmo contra reservas dos Commanders, o plano de jogo foi claro: correr com consistência, desgastar a defesa e abrir espaço para passes curtos eficientes.

É preciso relativizar o desempenho pelo nível do adversário, mas o mérito de Vrabel e McDaniels está em estabelecer desde já um padrão de identidade. Se essa abordagem for mantida e refinada contra defesas titulares, os Patriots podem ter encontrado o caminho para se reconstruir.

No fundo, mistério é bom

A pré-temporada da NFL ainda não deixou claro qual será o papel de Travis Hunter. Contra o Pittsburgh Steelers, o novato esteve em campo por 11 snaps no ataque e 8 na defesa, reforçando a dúvida sobre como será utilizado na temporada regular.

Hunter chegou à liga com status de atleta versátil, capaz de atuar como wide receiver e cornerback, mas essa flexibilidade traz um desafio: encontrar o equilíbrio para que ele seja efetivo sem sobrecarregar fisicamente.

 A definição do papel de Travis Hunter no Jacksonville Jaguars pode ser uma das histórias mais interessantes a acompanhar no início da temporada, especialmente para entender o impacto real que ele pode causar na NFL.

Não trate nada como absoluto

A pré-temporada da NFL sempre gera debates: afinal, até que ponto ela realmente importa? É verdade que os resultados e estatísticas não devem receber um valor excessivo. Muitos titulares jogam pouco ou sequer entram em campo, e os planos táticos completos raramente são mostrados. Isso impede qualquer leitura definitiva sobre o que esperar de uma equipe na temporada regular.

Por outro lado, tratar a pré-temporada como algo sem valor algum também é um erro. Esses jogos revelam aspectos importantes, como a profundidade do elenco, evolução de jovens jogadores, entrosamento inicial e possíveis fragilidades. Além disso, é a primeira oportunidade para novatos se adaptarem à velocidade e exigência da NFL.

O equilíbrio está em usar a pré-temporada como um termômetro inicial — sem criar previsões exageradas, mas sem ignorar os sinais que ela oferece.

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