5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Nesta semana, o destaque fica por conta do péssimo retorno de Daniel Jones, o que faz com que o New York Giants precise repensar a posição de quarterback para o futuro próximo. Além disso, o excesso de confiança do Kansas City Chiefs, que faz a equipe correr riscos excessivos e muito mais.
1. Os Giants precisam considerar fortemente um quarterback no Draft
O retorno de Daniel Jones ao New York Giants não foi bem o que você espera ver de seu quarterback titular. Totalmente dominado pela defesa do Arizona Cardinals, mais uma vez deu mostras de não ser o futuro da franquia. Sua incapacidade em proteger a bola segue sendo evidente, com mais 3 fumbles sofridos. Agora são 28 em 25 partidas disputadas na carreira, um número inaceitável. Seu relógio interno não se desenvolveu e sua presença de pocket segue frágil. Mesmo em um ataque mais ritmado, Jones não mostra evolução para entender a movimentação defensiva pós-snap. Se tiverem uma posição no Draft, os Giants devem fortemente considerar a chance de selecionar um jogador para posição.
2. Os Chiefs estão correndo riscos desnecessários
Pela terceira semana seguida o Kansas City Chiefs se arriscou demais. Após deixar o Tampa Bay Buccaneers encostar no placar e vencer os Broncos por menos de uma posse, os Chiefs começaram tomando 10 a 0 do Miami Dolphins. Depois de assumirem o controle do jogo, marcando 30 pontos sem resposta, cederam 14 e ficou novamente com uma partida em aberto. Claro que Mahomes resolve muita coisa e que quando se tem um quarterback desse nível é normal acostumar-se com a fala de “no fim tudo tá certo”. Essa fantasia é perigosa: se falava isso do Green Bay Packers de 2011 e de muitos times. Um dia a coisa dá errado nos playoffs e a decepção é gigantesca. Não existe espaço para soberba na NFL.
3. Von Miller pode colocar a casa em Denver a venda
Sou um grande fã de Von Miller. Como torcedor do Denver Broncos, sei da inestimável contribuição dele na história da franquia, em especial na conquista do Super Bowl 50, onde foi MVP. Acontece que os anos passam para todos, inclusive para os ídolos. Miller ainda é bom jogador e muito útil, mas os Broncos encontraram formas mais baratas de substitui-lo: Bradley Chubb, Malik Reed e Jeremiah Attaochu são capazes de impactar de forma igual, distribuindo responsabilidade. Contra o Carolina Panthers, o caos criando pressão foi constante. Miller terá 32 anos em 2021 e um contrato que pesará US$ 22 milhões na folha salarial, com um dead cap de apenas US$ 4 milhões em caso de corte. Seu tempo em Denver realmente parece estar no fim.
4. Frank Reich é candidato ao prêmio de treinador do ano
Pouco se fala sobre o excelente trabalho do técnico do Indianapolis Colts. A verdade é que ele tem um elenco com poucos nomes de elite, com um quarterback que vem na fase final da carreira, conseguindo apenas ser sólido, e mesmo assim faz uma bela campanha, que deve culminar numa classificação para os playoffs. A vitória sobre o Las Vegas Raiders foi acachapante, mostrando uma força ofensiva interessante. O ataque é bem desenhado, sabendo usar as valências de seus atletas e a defesa é uma das melhores da NFL. Talvez por ser pouco midiático, Reich fique de lado, mas merece pelo menos ser cotado para o prêmio de treinador do ano.
5. Watson pode se tornar o Stafford de sua geração
A forma como Houston Texans foi controlado pelo Chicago Bears, dando suporte nulo para Deshaun Watson, me fez ter um pensamento: ele pode se tornar o Matthew Stafford de sua geração (ideia levantada um mês atrás por nosso leitor Alex Porto). O quarterback do Detroit Lions, primeira escolha geral do Draft de 2009, também era conhecido por ser um jovem talentoso e com grande potencial, mas que teve seu brilho se apagando durante a carreira por jogar numa franquia disfuncional e que nunca realmente teve um plano. Olhando para os últimos movimentos dos Texans, não dá para ficar esperançoso com o futuro de Watson.
