5 lições, wk 17: Mesmo com eliminação, saldo é positivo em Miami

Ser eliminado na última rodada deixa um gosto amargo na boca do torcedor, mas a temporada do Miami Dolphins teve muitos mais altos que baixos e excedeu as expectativas.

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Hoje o destaque fica por conta do Miami Dolphins, que mesmo tendo sido eliminado na última rodada, fez uma campanha acima do esperado para 2020. Outros pontos são o belo trabalho do coordenador defensivo Robert Saleh no San Francisco 49ers, o que o credencia para uma vaga de head coach, e a brilhante temporada de calouro de Justin Herbert.

1. Sem muitas lamentações, Dolphins

Claro que todo mundo quer chegar aos playoffs e ver seu quarterback novato brilhando logo de cara. A verdade é que na maioria das vezes não dá, mas isso não é motivo para se achar que nada funcionou. Antes de começar a temporada tudo que se falava do Miami Dolphins é que era um time que se fortaleceu, mas que ainda precisava de mais talento para competir, algo que só deveria acontecer em 2021. 

A equipe chegou a última rodada brigando por uma vaga, a defesa mostrou-se uma das melhores de toda NFL (apesar do desempenho da última semana) e a base está montada, precisando de ajustes e do desenvolvimento de Tua Tagovailoa, que teve apenas meia temporada. O cenário é bom e as lamentações não se fazem necessárias.

2. Números importam, McCarthy

Quando o Dallas Cowboys contratou Mike McCarthy antes da temporada começar, o mesmo afirmou ter aproveitado o ano sabático para se modernizar, entender os analíticos e tudo mais. Apesar de ser um treinador mais old school, essa perspectiva tranquilizou em certa parte os torcedores. Porém, McCarthy decidiu ligar seu modo mais conservador justamente na partida mais importante do ano. 

Precisando vencer para se manterem vivos, os Cowboys anotaram um touchdown que deixou o placar em 20 a 15 para o New York Giants. Em vez de tentarem a conversão de dois pontos, chutaram o extra point, que manteve o jogo em uma posse. No final do jogo, tiveram que ‘forçar’ um touchdown na red zone, foram interceptados e eliminados. Se tivessem convertido os dois pontos, um field goal curto bastaria para empatar a partida.

3. Os Panthers precisam de quarterback

Basta olhar para o plantel ofensivo do Carolina Panthers para se notar que o talento está lá em bom nível: recebedores jovens e explosivos, boa linha ofensiva, running backs que substituíram Christian McCaffrey de maneira competente. O comando da unidade está com Joe Brady, uma das mentes jovens mais interessantes de toda liga e sempre citado como candidato a head coach num futuro breve.

Mas sempre falta algo, parece tudo amarrado, é como se o ataque não explodisse. Isso passa por Teddy Bridgewater. Um quarterback sólido, não mais que isso, que limita as chamadas e torna tudo conservador ao extremo. Os Panthers, se quiserem competir com seus rivais de divisão como o New Orleans Saints, adversário da última rodada, precisam ir atrás de um quarterback de maior gabarito.

4. Saleh é o nome da vez

A temporada do San Francisco 49ers foi devastada por lesões. No lado defensivo da bola, a perda de Nick Bosa foi apenas o prenúncio do que viria: Richard Sherman, Dee Ford, Jaquiski Tartt e outros nomes importantes perderam tempo com lesões. Mesmo assim, a unidade se manteve fazendo um trabalho decente. Claro que o treinador Kyle Shanahan tem muito mérito nisso, mas o coordenador Robert Saleh é o verdadeiro arquiteto disso tudo.

Sua energia é contagiante e alguns jogadores já declaram que ele é um líder incrível. Mesmo sem tantas peças, os 49ers seguraram o Seattle Seahawks a menos de 19 pontos até dois minutos para o jogo acabar, quando um turnover colocou o oponente já na red zone. Com tantos cargos de head coach disponíveis, Saleh deve ser um dos nomes mais quentes da offseason. 

5. Os Chargers tem um tesouro

A vitória sobre os reservas dos Kansas City Chiefs foi apenas uma cerejinha no bolo: a temporada de calouro de Justin Herbert foi espetacular. O quarterback do Los Angeles Chargers bateu diversos recordes entre quarterbacks calouros: touchdowns, passes completos, jogos com mais de 300 jardas e jogos com múltiplos TDs. Tudo isso jogando num time com uma comissão técnica péssima e com baixo suporte ao redor. Se a franquia corrigir estes dois últimos problemas, pode ir longe, pois achou seu franchise quarterback.

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