5 melhores classes de calouro de 2020

Em nosso ranking levamos em conta a produção dos calouros em seu ano de estreia – e não potencial, talento, etc. -, avaliando quais classes mais contribuíram imediatamente com suas equipes

Ainda é muito cedo para fazer uma análise definitiva sobre os calouros de 2020, coisa que só será possível daqui a uns três ou quatro anos. Mesmo assim, podemos avaliar quais classes tiveram maior impacto ao chegarem à NFL.

Separamos as cinco que, em nossa opinião, mais contribuíram para o sucesso imediato das suas franquias. Acima de tudo, nosso ranking levou em consideração a produção dos jovens jogadores (estatísticas, snaps disputados, etc.) e não tanto aspectos subjetivos como talento ou potencial de crescimento.

5. Minnesota Vikings

Minnesota provavelmente já mereceria estar nesta lista apenas pela temporada fabulosa do wide receiver Justin Jefferson, certamente uma das três melhores de todos os tempos entre os jogadores da sua posição. A franquia, contudo, também recebeu uma importante ajuda de alguns outros calouros, sobretudo no lado defensivo da bola, enfraquecido pela saída de vários veteranos durante a intertemporada.

A secundária contou bastante com Jeff Gladney e Cameron Dantzler: este jogou 55% dos snaps defensivos do time, enquanto aquele jogou 83%. Eles oscilaram durante o ano, conforme costuma ocorrer com cornerbacks calouros, mas cresceram de rendimento ao longo das semanas e deixaram uma impressão inicial positiva, principalmente Dantzler. Outros dois estreantes que frequentemente também estavam em campo foram o offensive tackle Ezra Cleveland e o EDGE D.J. Wonnum.

4. Cincinnati Bengals

Joe Burrow e Tee Higgins obviamente são os destaques aqui, embora o iLB Logan Wilson tenha contribuído na defesa. O signal caller brigaria até o fim pelo prêmio de Calouro Ofensivo do Ano se não tivesse rompido o ligamento do joelho na semana 11. O wide receiver, por sua vez, voou abaixo do radar o tempo todo, ainda assim terminando como um dos recebedores calouros mais produtivos de 2020 (908 jardas e seis touchdowns).

Enfim, não houve muito o que salvar do fraquíssimo ano dos Bengals à parte os dois. Seja como for, Burrow e Higgins mostraram potencial para ser o alicerce ofensivo da franquia daqui em diante, um franchise quarterback e um wide receiver capaz de preencher o vácuo deixado pelo declínio físico e técnico de A.J. Green.

3. Kansas City Chiefs

Kansas City não bateu nenhum home run como Justin Jefferson ou Chase Young, porém obteve uma produção decente de vários atletas diferentes. Clyde Edwards-Helaire, a escolha de 1ª rodada, acabou não sendo a arma letal que todos imaginaram, mas foi o melhor running back da equipe, passando das 1000 jardas de scrimmage e somando 5 touchdowns mesmo perdendo tempo com lesões.

O cornerback L’Jarius Sneed, por outro lado, rendeu muito acima do esperado para uma pick de 4ª rodada e rapidamente arrumou um lugar no time titular, tendo um imenso impacto tanto no slot quanto atuando aberto – ele parece ser um dos principais steals da classe inteira. Por fim, vale destacar também a participação do iDL Tershawn Wharton, calouro não-draftado que jogou 48% dos snaps defensivos dos Chiefs.

2. Washington

Chase Young dispensa maiores apresentações, afinal ele recebeu o prêmio de Calouro Defensivo do Ano e, junto com o restante da linha defensiva de Washington, é o grande nome de uma franquia que surpreendeu todo mundo com o título da NFC East. O EDGE já foi excelente em 2020 e só vai melhorar.

Antonio Gibson, por sua vez, roubou o emprego de Adrian Peterson na pré-temporada e assumiu o controle do backfield. Ele é rápido, corre com força e tem tudo para ser o carregador de piano da equipe – uma pena que não estava saudável no Wild Card. Por fim, vale destacar o safety Kamren Curl, titular inquestionável na secundária apesar de ser apenas uma pick de 7ª rodada. Talvez seja a melhor classe em termos de valor conseguido nas escolhas.

1. Tampa Bay Buccaneers

Não é sempre que um time possui dois calouros dignos de serem eleitos All-Pro em suas posições – na verdade, não acontece quase nunca. Esse é o caso dos atuais campeões do Super Bowl com Tristan Wirfs e Antoine Winfield Jr.

Wirfs protegeu Tom Brady em 799 snaps, tendo cedido um único sack o ano inteiro e cometido só uma falta desde a semana 5. Ele ficou tranquilamente entre os três melhores right tackles da NFL em 2020. Já Winfield Jr. estabilizou a posição de safety, sendo eficiente defendendo o passe, parando o ataque terrestre e até pressionando o quarterback em blitzes. Um jogador verdadeiramente completo. E nem vamos mencionar Tyler Johnson, um wide receiver que poderia ter contribuído bem mais não fosse a concorrência – ele sumiu da equipe sobretudo após a chegada de Antonio Brown.

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