O Green Bay Packers terminou 2023 de uma forma muito melhor do que o esperado: sofreu no início, porém deu a volta por cima e ainda pegou a última vaga de wild card na NFC. E quando chegou na pós-temporada, fez bonito: venceu com autoridade o Dallas Cowboys e, apesar da derrota para os 49ers, conseguiu competir de igual para igual por boa parte do jogo.
Contudo, quem vive de passado é museu e a página está virada para fazer mais história. O pontapé – ou melhor, o primeiro capítulo de 2024 – será ainda mais especial, pois será aqui no Brasil. Dito isso: os Packers podem não ser um time pronto para competir agora, apesar de estarem em ascensão. Ao mesmo tempo, isso não significa que eles não podem surpreender. Portanto, separamos cinco motivos para o torcedor sonhar (ainda mais) com o time.
5 – A mudança de mentalidade na defesa
Aposto um Guaravita (ou o guaraná mais famoso de sua cidade) que a população cabeça-de-queijo não quer ver Joe Barry nem pintado de ouro – e verde também, neste caso. Os anos assistindo uma defesa com talento, mas que era muito mal treinada podem terminar neste ano. Jeff Hafley deve trazer consigo uma mudança de mentalidade importante: tornar o front e a secundária mais agressivas. Vale lembrar que, em 2023, Green Bay foi a sexta equipe que mais pressionou os quarterbacks adversários. Mas em compensação, foi uma das piores na contenção terrestre e a secundária, uma das piores em conversões de terceiras descidas. Hafley terá talento à disposição para executar isso: o que vamos falar logo abaixo.
4 – Defesa dos Packers tem talento para subir de nível
Mês passado, escrevi sobre a renovação de Kenny Clark e como a defesa dos Packers tem talento e terreno para subir de nível nesta próxima temporada. Diferente do ataque, a unidade tem nomes mais consolidados, como Preston Smith, o próprio Clark, Rashan Gary e, óbvio, Jaire Alexander. Isso sem contar com as boas promessas em Devonta Wyatt, Karl Brooks e Lukas van Ness, por exemplo. No entanto, há um jogador que merece um pouquinho mais de atenção e pode acrescentar bastante em 2024: Xavier McKinney.
Uma das principais características dos times de Hafley em Boston College – onde trabalhou até o ano passado – são as formações em single high, com um safety no fundo do campo e outro geralmente alinhado mais próximo dos linebackers. É aqui que McKinney entra: além de ser um upgrade ao que tinha antes (Jonathan Owens Simono Biles), ele é versátil o bastante para atuar tanto no fundo do campo, como também alinhado mais próximo do box. A tendência neste início de temporada deve ser justamente essa: McKinney mais perto dos linebackers e outro safety – possivelmente o calouro Javon Bullard – no fundo do campo.
3 – KND: A Turma do Ataque
Green Bay terá o terceiro elenco mais jovem da liga para a próxima temporada e isso se reflete muito no ataque. Com exceção de Josh Jacobs e de alguns jogadores da linha ofensiva como Elgton Jenkins, a grande maioria tem menos de quatro anos atuando na NFL. O espaço amostral é pequeno em alguns casos, porém o pouco que foi visto garante que as expectativas sejam boas. Por exemplo: Luke Musgrave e Tucker Kraft formam uma promissora (e subestimada!) dupla de tight ends, enquanto que no corpo de wide receivers, o que não falta é gás. Romeo Doubs, Jayden Reed, Dontayvion Wicks, Christian Watson quando saudável: escolha seu integrante favorito da KND e espere ele combater o mal. Para não dizer que não falei das flores: olho neste backfield com Jacobs e o calouro MarShawn Lloyd, já que A.J. Dillon está fora da temporada.
2 – Jordan Love
Se falamos dos outros membros da Turma do Bairro acima, está na hora de falar do Número 1: neste caso, ele não é careca e recentemente ficou mais milionário ainda. Jordan Love teve um início bem ruim em 2023, porém se tem alguém que exemplifica a guinada no Green Bay Packers é ele. O quarterback passou das 4000 jardas e encontrou o que tanto se cobrava dele: consistência. Somando temporada regular e playoffs, foram 37 touchdowns e 13 interceptações. A grande questão é se Love jogará como um quarterback da prateleira de cima da NFL: a boa impressão ele deixou, resta saber se ele consolidará isso.
1 – Deixa os garotos brincar, Matt!
A esta altura do campeonato, vocês devem estar sem paciência com as minhas comparações com grupos de funk da Furacão 2000, portanto não forçarei esta barra mais (por enquanto). Dito isso: Matt LaFleur terá que afrouxar um pouco o freio de mão do ataque. Não que isso seja um problema de fato, porém houve momentos no meio da temporada anterior em que o ataque esteve mais emperrado do que deveria – e foi mais por conta do seu treinador do que o contrário.
Conforme o time foi ganhando mais confiança e Jordan Love foi mostrando consistência, LaFleur foi abrindo a caixa de ferramentas e, de quebra, o ataque melhorou de produção: vide o próprio jogo contra Dallas no wild card, por exemplo. Para 2024, caso o ataque mantenha sua curva de evolução para cima, as chances desse time ir longe aumentam consideravelmente. Todas essas respostas vão começar a ser respondidas a partir do dia 6 de setembro.
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