Encerradas as partes mais importantes da intertemporada, podemos fazer uma análise mais concisa das necessidades atuais das equipes para quando a temporada começar. Evidentemente, grande parte das que restaram após a free agency foram adereçadas no Draft, porém, não se pode resolver todos os problemas apenas no recrutamento, até porque nada garante que os calouros terão impactos desde o primeiro ano.
Antes do training camp começar em julho, podemos ver mais alguns movimentos que resolvem os problemas dessas equipes com os agentes livres remanescentes. Por ora, listamos 5 necessidades que não foram preenchidas no Draft de 2021.
Denver Broncos, quarterback
Os Broncos até conseguiram melhorar a posição quando trocaram por Teddy Bridgewater nas vésperas do recrutamento, só que não dá pra afastar o sentimento de que foi uma oportunidade desperdiçada quando passaram Justin Fields na nona escolha geral – ou até mesmo a expectativa de uma troca por Aaron Rodgers.
Bridgewater não é uma resposta no longo prazo, assim como Drew Lock não aparenta ser, e a equipe do Colorado nem precisava ter subido no recrutamento para escolher um novo passador. Patrick Surtain é um excelente cornerback, porém, Denver teve a faca e o queijo na mão pra se colocar em melhor posição para competir na AFC West no futuro e não aproveitou.
Los Angeles Rams, linha ofensiva
Ao menos agora os Rams não têm um quarterback cujo cérebro aperta Alt+F4 quando sofre pressão pelo interior da linha ofensiva… só que a linha ofensiva ainda continua sendo um problema considerável. O interior da proteção continua defeituoso, o left tackle Andrew Whitworth beira os 40 anos e Rob Havenstein é sólido mas não espetacular.
Ainda que Los Angeles não tivesse escolha de primeira rodada no recrutamento por conta da troca por Jalen Ramsey, a organização teve à sua disposição nove picks – e não usou nenhuma delas em jogadores de linha ofensiva. Isso é preocupante para um grupo que já foi problemático em anos recentes.
Cincinnati Bengals, interior de linha ofensiva
Toda a discussão sobre Ja’Marr Chase ou Penei Sewell na quinta escolha geral era justa e viu os Bengals apostando no primeiro por terem contratado Riley Reiff algumas semanas antes do Draft. Se a proteção nos extremos da linha é sólida, o mesmo não pode ser dito sobre o interior: a adaptação de Jackson Carman para guard pode não ser imediata e o restante do grupo é fraco – não à toa Cincinnati não ativou a opção de quinto ano de Billy Price.
Já vimos em outras ocasiões (oi, Andrew Luck, quanto tempo!) o quão prejudicial pode ser para uma franquia quando seu quarterback não recebe investimentos o suficiente para protegê-lo. Os Bengals precisam fazer mais para deixar Burrow seguro no pocket, ainda mais após sua lesão na temporada de calouro, do contrário, isso pode acabar minando o potencial do jogador de mudar a história da organização.
Pittsburgh Steelers, EDGE
Os Steelers possuem na posição um jogador que é possivelmente o melhor de toda a liga em T. J. Watt. E quem mais? Não foi surpresa a saída de Bud Dupree para o mercado quando levamos em consideração a situação financeira de Pittsburgh nos últimos meses, no entanto, o time preferiu adereçar posições menos importantes do ataque com as primeiras escolhas do último recrutamento e agora se vê carente num setor essencial.
No lado oposto à Watt, quem deve assumir um protagonismo muito maior em 2021 é Alex Highsmith, escolha de terceira rodada no ano passado que era considerado um projeto e que o pouco impacto na temporada de calouro não foi surpresa. O problema são as incógnitas: se Highsmith não cumprir as expectativas, a falta de profundidade no setor deixa um buraco imenso na defesa de Pittsburgh, o que, na prática, permite que as defesas consigam alocar mais recursos para limitar Watt.
New Orleans Saints, recebedor
Fechando a lista, um problema que aparenta ser crônico em New Orleans: quem vai jogar no lado oposto de Michael Thomas? Emmanuel Sanders era um nome consistente para essa função no ano passado, todavia, ele teve de ser cortado por conta da situação calamitosa da folha salarial dos Saints em março.
Agora, o time voltou a estaca zero, com nomes que não se provaram e um calouro escolhido na sétima rodada completando o grupo junto de Thomas. Além da aposentadoria de Drew Brees, esse foi outro grande buraco que se abriu no elenco em New Orleans e que, se a situação se manter assim até setembro, será um problema quando os jogos começarem.
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