5 vencedores, Divisional: Tom Brady, interminável

Aos 43 anos, quarterback dos Buccaneers avançou para a 14ª final de conferência da carreira após bater o maior adversário de Tampa Bay na temporada, liderando a lista dos vencedores da semana

Vencedores da semana é a coluna semanal de Henrique Bulio, publicada durante as segundas-feiras como forma de resumir a rodada anterior. Clique aqui para conferir o índice da coluna.

Tom Brady

43 anos, 21 de carreira, 14 finais de conferência. Brady teve de bater seu grande nêmesis durante a temporada de 2020 para avançar no domingo e, mesmo que não estivesse em seus melhores dias – muito por conta de um plano defensivo bem elaborado dos Saints -, levou os Buccaneers a 30 pontos e mostrou que seu braço está aguentando bem a parte final da temporada.

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Nenhum desafio em 2020 será maior que o do próximo domingo: mesmo que Tampa Bay já tenha vencido Green Bay na atual temporada, a solidez defensiva que os Packers adquiriram ao longo do ano somada a eficiência de Aaron Rodgers faz com que os adversários sejam o melhor time da Conferência Nacional. Será, sem dúvida, um dos jogos mais difíceis da carreira de Brady – ao mesmo tempo, pode ser uma de suas maiores vitórias.

Chad Henne

Eu não vou nem tentar fingir que Chad Henne foi excelente e por isso ele está aqui: ele não jogou mal, mas existem razões pelas quais Henne não era titular num jogo significante desde 2014 e elas estiveram à mostra quando ele precisou substituir Patrick Mahomes (que sofreu uma concussão) no domingo. O fato é que, quando o Kansas City Chiefs mais precisou de uma jogada individual num momento chave do jogo, Henne se apresentou numa corrida fantástica numa 3rd & 16 e converteu a quarta descida no snap seguinte para garantir a vitória.

É muito improvável que Kansas City tenha qualquer chance de vitória no domingo se Mahomes não estiver saudável, especialmente pela força do Buffalo Bills. Henne não é um grande quarterback e não vai ser a resposta na final da AFC. Ao menos por essa semana, ele brilhou na jogada chave da partida e merece os créditos por isso.

Linha ofensiva dos Packers

Falamos com mais detalhes no nosso recap da partida, porém, impossível deixar de mencionar a proteção de Aaron Rodgers como um dos destaques da semana: o quarterback não foi sackado e foi derrubado apenas uma vez durante a partida; além disso, as 5,2 jardas por carregada que Green Bay obteve ao longo do confronto também são méritos da linha.

O desafio do próximo domingo será ainda maior, já que os Buccaneers possuem um pass rush formidável e Rodgers foi bastante pressionado no primeiro confronto entre as equipes, o que levou a pior atuação da temporada por parte do quarterback. Mesmo sem Bakthiari, a linha ofensiva vem brilhando.

Taron Johnson

A jogada que definiu Bills e Ravens veio das mãos de um dos cornerbacks menos famosos do elenco: Taron Johnson levou a bola de uma end zone à outra no final do terceiro quarto e praticamente encerrou as chances dos Ravens na partida com o touchdown. Claro, havia tempo mais do que suficiente para que Baltimore buscasse a diferença de 2 posses, mas com o que o ataque vinha mostrando e com o vento em Buffalo, o contexto não ajudava os visitantes.

Jogadas como essa serão exatamente o que os Bills precisarão para bater Mahomes (se ele jogar, é claro) no próximo domingo. Talvez você lembre de Johnson por um momento ínfame no Combine de 2018, quando ele levou uma bolada na cabeça ao olhar para o lado errado durante os drills. Agora, seu nome será lembrado por um motivo muito melhor.

Todd Bowles

Talvez o melhor plano de jogo defensivo dos Buccaneers na temporada veio na melhor hora possível. Tampa Bay forçou 4 turnovers (3 interceptações de Brees, 1 fumble de Jared Cook) e essa certamente foi a maior diferença em relação aos dois jogo anteriores contra os Saints, onde os Buccaneers perderam a batalha dos turnovers nos dois confrontos – que, como você deve se lembrar, foram derrotas.

Mas não para por aí. Por exemplo, você ouviu o nome de Michael Thomas com frequência durante a transmissão de ontem? Aposto que não. Bowles fez um trabalho excelente parando o melhor recebedor adversário, que teve 4 targets e saiu da partida sem nenhuma recepção sequer. Brees jogou bem mal, porém, Bowles merece totais créditos por isso, especialmente pela forma que ele desenhou a defesa contra o passe e que teve um resultado fantástico. Ele vai precisar novamente de uma grande semana para conter Aaron Rodgers e os Packers.

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