5 vencedores, wk 17: Alex Smith completa retorno mágico

Dois anos após lesão trágica que quase significou o fim de sua carreira e que chegou a ameaçar sua vida, Smith liderou Washington ao primeiro título divisional da equipe desde 2015.

Vencedores da semana é a coluna semanal de Henrique Bulio, publicada durante as terças-feiras como forma de resumir a rodada anterior. Clique aqui para conferir o índice da coluna.

Alex Smith

Existe jeito melhor de coroar a volta de Alex Smith do que com uma classificação aos playoffs? Washington venceu 5 dos 6 jogos em que ele foi o titular e conseguiu garantir o título de uma NFC East problemática. Smith perdeu as semanas 15 e 16 por conta de uma lesão na panturrilha e, mesmo sem estar 100%, voltou à campo na semana 17 para comandar o triunfo sobre o Philadelphia Eagles num confronto vital para a equipe.

Washington provavelmente não vai vencer o Super Bowl, o que não tira os méritos de uma temporada incrível de redenção de seu quarterback. Smith chegou a correr risco de vida há dois anos e as chances de sua perna ser amputada não eram poucas. Estar de volta depois de tantos problemas de saúde é inspirador – e deve lhe render o prêmio de Comeback Player do Ano.

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Justin Jefferson

Mais jardas recebidas por um calouro em toda a história da liga. Pra quem tinha a espinhosa missão de substituir Stefon Diggs, Justin Jefferson mostrou que o torcedor do Minnesota Vikings tem todos os motivos pra ficar animado com a posição de recebedor, afinal, não é todo dia que você supera recordes de Randy Moss e Anquan Boldin.

Jefferson teve um ano fantástico e foi um dos poucos pontos positivos numa temporada desapontante para os Vikings – e se ele fosse o titular desde o início do ano esses números poderiam ser ainda maiores. Ele tem mostrado que as dúvidas sobre sua capacidade de se alinhar no outside eram exageradas e, para 2021, seu status de superestrela vai ganhar ainda mais força.

Derrick Henry

Já que estamos falando de marcas históricas, impossível deixar de mencionar as 2000 jardas terrestres de Derrick Henry, apenas o oitavo running back na história da liga a conseguir esse feito. Não era uma marca fácil de se alcançar no domingo: ainda lhe faltavam 223 jardas para alcançar a marca. Por sorte, o adversário era o Houston Texans, que já havia cedido mais de 200 jardas no primeiro confronto entre as equipes na semana 6.

Henry disparou de produção com a troca de Marcus Mariota por Ryan Tannehill na semana 7 da temporada de 2019 e não olhou pra trás. Não deixa de ser um trabalho conjunto, considerando o desempenho do próprio Tannehill e de como Arthur Smith faz um trabalho fantástico desenhando o ataque dos Titans. Ainda assim, não existe um jogador tão dominante na posição como Henry, forte candidato ao prêmio de Jogador Ofensivo do Ano.

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Troy Hill

Na fantástica defesa do Los Angeles Rams, o nome de Troy Hill não chama tanta atenção como Jalen Ramsey e Aaron Donald, mas deveria. Dos 4 touchdowns defensivos anotados pelos Rams em 2020, 3 vieram do cornerback menos badalado do elenco, que vai atingir a free agency em março e será um dos nomes mais interessantes no mercado.

No domingo, num jogo de pontuação baixíssima em que Los Angeles e Arizona tiveram de usar seus quarterbacks reservas pela maior parte do tempo, foi a pick six de 84 jardas de Hill que virou o jogo para os Rams logo antes do intervalo. Kyler Murray estava machucado e os Cardinals não conseguiram produzir nada ofensivamente ao longo da partida, o que culminou na derrota da equipe e na eliminação ainda na temporada regular. Sem o turnover de Hill, os Rams iam para o intervalo atrás no placar e teriam a espinhosa missão de virar a partida sem Jared Goff.

Sean McDermott

Os Bills foram fortes durante o ano inteiro e atingiram um nível ainda maior nas últimas três semanas. Já colocamos várias outras peças da organização nessa coluna – Josh Allen, Stefon Diggs, Brian Daboll etc – mas McDermott é o grande arquiteto por trás da transformação de Buffalo em um time contender.

O trabalho do treinador vai muito além da vitória que eliminou o Miami Dolphins dos playoffs no domingo: os Bills conseguiram a primeira varrida divisional sobre o New England Patriots desde 2000, construíram uma fundação sólida com ótimos Drafts e, mais importante ainda, acharam seu franchise quarterback para a próxima década. Construir tudo isso em 4 anos num time que vinha mal há décadas é incrivelmente difícil, e McDermott conseguiu.

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