Necessidades do Draft: Qualquer ajuda para Los Angeles seria bem vinda

Um ano péssimo. O primeiro ano da mudança de Los Angeles foi terrível de qualquer ângulo possível. A troca para buscar Jared Goff não foi ruim, o grande problema foi o que cercava o quarterback. Goff não é nenhum Andrew Luck: ele era talentoso, porém precisava de um ambiente ideal para desenvolver-se e virar alguma coisa na NFL.

E em nenhuma definição de ambiente saudável existe uma comissão técnica que possui Jeff Fisher como cabeça, um coordenador ofensivo que era técnico de tight ends e, para finalizar, um técnico de quarterbacks quase sem experiência. Esta formação é um desastre para qualquer calouro e o efeito foi visto em campo.

Goff parecia um jogador do ensino médio que teve que fazer um bico nos profissionais. Perdido, sem mecânica, apreensivo e despreparado. Foi um ano inteiro jogado na lata de lixo, conquanto não dá para desistir dele ainda. Os Rams pelo menos mandaram Fisher embora (nem devia ter voltado para 2016) e montaram uma comissão técnica voltada a Jared Goff: Sean McVay, o técnico principal, fez um trabalho excepcional em Washington com Kirk Cousins; Matt LaFleur, o coordenador ofensivo, fez um bom par com Kyle Shanahan em Atlanta e transformou Matt Ryan em MVP; e Greg Olson, o técnico de quarterbacks, é um especialista na posição que trabalha faz muito tempo – precisava equilibrar a juventude e inexperiência da comissão técnica.

Como deu para perceber, a intertemporada de Los Angeles foi pensada para proteger e cercar Goff com o melhor ambiente possível – não dá para arriscar ter mais um first overall que não se desenvolve completamente. Só que ainda é muito pouco. Falta talento em todas as fases possíveis. Com a mudança para o 3-4 under de Wade Phillips as necessidades no front seven cresceram mais ainda.

Robert Woods é um wide receiver #2 em seus melhores dias e o seu contrato é massivo. Já Andrew Whitworth é uma contratação de curto prazo: com 35 anos, seu contrato é basicamente de 1 ano e 12,5 milhões de dólares. A equipe precisa reforçar a linha ofensiva e o corpo de wide receivers urgentemente, aliado com a reformulação do front seven e um reforço na secundária.

Apesar de oito escolhas, a equipe possui apenas duas delas dentro do top 100. A incrivelmente desnecessária troca para garantir Goff e os erros consecutivos estão cobrando caro e o objetivo principal deveria ser proteger e desenvolver o quarterback. Esta equipe não vai vencer desde o primeiro ano da nova comissão técnica, é muito mais importante planejar o futuro.

Quem ficou na Free Agency: CB Trumaine Johnson (franchise tag),  K Greg Zuerlein

Quem chegou na Free Agency: OLB Connor Barwin, WR Robert Woods, LT Andrew Whitworth, CB Kayvon Webster, RB Lance Dunbar, NB Nickell Robey-Coleman, DT Tyrunn Walker, QB Aaron Murray, C John Sullivan, OLB Carlos Thompson

Quem saiu na Free Agency: DE Eugene Sims, C Tim Barnes, RB Chase Reynolds, DE Cam Thomas, RB Tre Mason, WR Stedman Bailey, CB Kevin Short (não renovaram), WR Kenny Britt (Browns), TE Lance Kendricks (Packers), QB Case Keenum (Vikings), S T.J. McDonald (Dolphins), WR Brian Quick (Washington), RB Benny Cunningham (Bears).

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Necessidades do Los Angeles Rams no Draft 2017: CB/WR/TE/OL/DL/OLB

Aqui vou fugir um pouco do protocolo e comentar rapidamente as decisões da intertemporada dos Rams, que foram muitas – e algumas meio questionáveis. A mais polêmica de todas foi trazer Wade Phillips para virar coordenador defensivo; explico melhor.

Phillips é um gênio defensivo. Ele foi pupilo da lenda Buddy Ryan e começou a virar um grande coordenador ainda naquela época. Aos poucos ele foi aprimorando o seu esquema 1-gap 3-4 under, seja lá como quiser chamar, que deu certo em San Diego, Houston e Denver. Já em Dallas? Melhor esquecer. O grande problema é saber como ele vai encaixar Aaron Donald no seu esquema. Donald é especial do jeito que ele jogava: um 4-3 1-gap em que os jogadores atacavam a linha de scrimmage. Ele não tem altura para jogar em um 3-4 e seria um desperdício apenas pensar em transformá-lo em nose tackle ou algo bizarro assim. A primeira impressão é que Donald estará fora de posição e o trabalho para encaixá-lo não será fácil.

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Como os Rams estão com buracos por draftarem mal todos estes anos (de 2012 a 2014 foram 28 escolhas e apenas 13 jogadores ainda estão no time), eles precisavam tampar as posições. O grande problema é que, aparentemente, a franquia não era tão atraente e eles tiveram que pagar mais do que vale a maioria dos jogadores. A melhor contratação foi Connor Barwin, que é um competente outside linebacker (ficou sem posição nos Eagles) e será fundamental para esta transição da equipe – chuto que ele verá mais um contrato dos Rams.

Wide receiver/ Tight end

Jared Goff precisa de melhores alvos. Robert Woods, apesar da grana gasta, é um #2 no máximo – e uma pequena aposta, visto que na melhor temporada da vida ele teve apenas 699 jardas. Tavon Austin ainda não conseguiu deslanchar e, claramente, não há um alvo primário no time. Com relação aos tight ends, o único no roster que teve alguma recepção ano passado pela franquia foi Tyler Higbee (11 recepções no ano). Apesar de tão escasso a posição, esta não deveria ser a prioridade #1 da equipe.

Linha ofensiva

E sim a linha ofensiva. Greg Robinson cedeu absurdos sete sacks ano passado (e mais seis holdings), Andrew Whitworth é um projeto de um ou dois anos, John Sullivan é um veterano que parece no fim de carreira e Rob Havenstein conseguiu ceder nove sacks em 2016 – Cody Wichmann parece ser o menor dos problemas. Falta muito talento e qualquer reforço seria bem vindo. Goff não vai sobreviver por muito tempo atrás de uma peneira.

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Defensive line/Outside linebacker

Esta necessidade é pela mudança de esquema e precisar aprofundar a rotação. Connor Barwin trouxe uma estabilidade desejada de um lado, no entanto do outro Robert Quinn (que vai estar na transição) precisa de um reserva a altura para entrar em campo de vez em quando. Na linha defensiva Aaron Donald e Michael Brockers vão ser titulares, no entanto a outra posição está disponível. Aliás, o que fazer com Brockers? Ele vai virar nose tackle? É preciso bem mais profundidade.

Cornerback

A posição menos levada a sério, mas que possui alguns problemas graves. O primeiro é que LA não sabe o que fazer com Trumaine Johnson – na realidade até agora eu tento entender porque o Johnson foi escolhido ao invés do Janoris Jenkins, mas tudo bem. São duas tags seguidas e um jogador que não está nada satisfeito. Do lado oposto E.J. Gaines não teve um grande 2017 (além de ter problemas com lesões) e Kayvon Webster contribuía mais nos Special Teams em Denver do que em campo. Mesmo o Nickell Robey-Coleman, que vai jogar de nickelback, precisaria de uma sombra.

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