Ano passado os Giants se destacaram durante o ano fazendo o que mais sabem fazer: jogo aéreo explosivo com Sterling Shepard e Odell Beckham Jr. e uma defesa que pressionava os adversários a todo instante. Foi assim que eles pintaram como possíveis zebras na NFC durante os Playoffs, só que faltou o jogo terrestre para poder sonhar com o Super Bowl.
O problema deste jogo terrestre é uma combinação de fatores entre linha ofensiva e rotação dos running backs. A equipe foi uma das sete piores da liga tanto em jardas antes como depois do primeiro contato. O resultado? Apenas 3,6 jardas por tentativa de corrida – a pior marca da liga. Como Eli Manning é um dos quarterbacks mais difíceis de sackar na NFL (por isso apenas 22 sacks cedidos no ano passado), a linha ofensiva acaba parecendo melhor do que é. Ereck Flowers seria muito melhor no lado direito do que no lado esquerdo e Bobby Hart é melhor do que Marshall Newhouse, mas ainda falta qualidade – John Jerry continua não sendo muito confiável.
A saída de Johnathan Hankins também trouxe outro grande problema: a rotação da linha defensiva. Se já foi difícil com Olivier Vernon e Jason Pierre-Paul sendo exigidos muito durante o ano passado inteiro, imagine agora sem uma das âncoras contra o jogo terrestre adversário.
Quem ficou na Free Agency: ILB Keenan Robinson, QB Josh Johnson, OLB Mark Herzlich
Quem chegou na Free Agency: CB Antwon Blake, RB Shaun Draughn, QB Geno Smith, G/T D.J. Fluker, WR Brandon Marshall, H-back Rhett Ellison
Quem saiu na Free Agency: WR Victor Cruz, RB Rashad Jennings, TE Larry Donnell, CB Leon Hall, FB Will Johnson, LT Beatty William, RB Bobby Rainey, ILB Kelvin Sheppard, QB Ryan Nassib, CB Trevin Wade, ILB Uani Unga, FB Nikita Whitlock (não renovaram), DT Johnathan Hankins (Colts), K Robbie Gould (49ers), RT Marshall Newhouse (Raiders), CB Cody Sensabaugh (Steelers).
Necessidades do New York Giants no Draft 2017: LB/DL/OL/RB
Eu só queria entender o motivo dos Giants darem um contrato de 18 milhões de dólares em quatro anos (na prática é 8,5 milhões de dólares em dois anos) para um h-back (Rhett Ellison) que tem 51 recepções na carreira, sendo que esta classe de tight ends é uma das mais profundas em anos de Draft. Voltando a análise, a Free Agency amplificou os dois grandes problemas da equipe: linha defensiva e linebackers.
Front seven
A profundidade da linha defensiva de New York no ano passado era nula. Duvida? Quando Hankins e Damon Harrison estavam em campo, a franquia cedeu 3,2 jardas por corrida. Sem um dos dois (ou os dois)? Esta média subia para 4,5. E na posição de defensive end? Vernon e Pierre-Paul combinaram para 15,5 sacks no ano. Os reservas combinaram para 1,5 – todos juntos!
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Com a saída de Hankins a franquia precisa repor a posição de defensive tackle. O jogo de New York sempre foi baseado em um pass rusher forte e pressão a todo instante. Eles conseguem isso com os titulares, o problema é quando os reservas entram em campo. E não dá para exigir que os titulares estejam em campo a todo instante, senão eles não ficam em sua melhor forma para Janeiro – e o resultado é mais uma eliminação precoce.
Na posição de linebackers é pior ainda: nem os titulares convencem. Os três titulares projetados (Devon Kennard, J.T. Thomas e B.J. Goodson) combinaram para… 70 tackles no ano passado. A marca mostra o quão fragilizada está a posição e seria ideal buscar um elemento que pudesse reforçá-la decentemente pelo menos uma vez em algum tempo – Zach Cunningham, Jarrad Davis, Haason Reddick ou até mesmo Reuben Foster seriam aquisições ideais.

Linha ofensiva e running back
O problema de New York com o jogo terrestre é uma combinação dos dois, sem sombra de dúvidas. A franquia deveria buscar um guard para disputar a titularidade com John Jerry ou um tackle (como Antonio Garcia) que pudesse disputar a vaga de right tackle e virar left tackle no futuro. Com Manning sendo um mágico escapando dos sacks, o bife da linha deveria ser voltado a incrementar o jogo terrestre.
Outro problema é confiar apenas em Paul Perkins para carregar o piano. O ex-UCLA começou a carreira bem, com uma sequência positiva no final do ano passado. Razoável recebedor, Perkins teve um pouco de problemas com os bloqueios, no entanto ele precisa de um complemento neste ataque. Se os Giants não reforçarem o seu jogo terrestre de alguma maneira, tirando a pressão de Eli e voltando às origens, qualquer expectativa de pós-temporada de sucesso será mais uma expectativa extremamente otimista do que uma possível realidade.
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