Chiefs trocam com Seahawks a peso de ouro por Frank Clark

Troca envolve primeira rodada de Kansas City

“Eles mentiram para mim”, disse Frank Clark num tweet ainda nesta intertemporada. Clark recebeu a franchise tag em abril e a suposta mentira ser acerca de um contrato de longa duração potencialmente oferecido pelo Seattle Seahawks. De fato, não vai acontecer.

Chiefs e Seahawks estiveram em negociações nos últimos dias e hoje essa negociação se concretizou. Clark é um novo Chief e a equipe deixa de ter escolha na primeira rodada, tal como no ano passado após ter subido para pegar Patrick Mahomes. Os Seahawks, agora, têm duas escolhas na primeira rodada: a sua própria (21) e a via Kansas City (29)

Termos da troca: 

Seattle recebe: 1ª rodada 2019, 2ª rodada de 2020, 3ª rodada 2019
Chiefs recebem: EDGE Frank Clark, 3ª rodada 2019

A meu ver, saiu extremamente caro para os Chiefs. É entendível, claro, considerando que a equipe despachou seus dois principais apressadores de passe em Dee Ford e Justin Houston e que precisavam urgentemente de reforços – mas, mesmo assim é caro. Por que estão fazendo então? Bom, Patrick Mahomes está em contrato de calouro. Sob os olhos da diretoria do time, vale tudo para tentar capitalizar em cima disso.

Mas saiu caro. Muito. Além das escolhas, os Chiefs teve que renovar com Clark a peso de ouro. Esperava-se algo mais ou menos na casa dos 15 milhões de dólares por ano, no mínimo. Poderiam ter pago esse dinheiro para Trey Flowers, free agent, e sequer gasto escolhas no Draft. Flowers é versátil e poderia ser uma boa peça para a linha de Kansas City.

A renovação saiu por 5 anos e 105,5 milhões de dólares, o que dá mais de 20 milhões por ano – e mais do que foi garantido para DeMarcus Lawrence. Que, aliás, é um jogador melhor e mais provado.

Do outro lado, Seattle capitaliza e deve investir no setor, de qualquer forma. Ainda, o histórico do time nunca foi de pagar caro em apressadores de passe, vide que na Era Pete Carroll sempre conseguiram fazê-lo com boa rotação de jogadores da posição.

A ver se a aposta de Kansas City vai pagar. Para Seattle, fica cada vez mais claro que Russell Wilson é seu pastor e nada lhe faltará.

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