O Draft acabou. Bom, pelo menos a seleção das sete rodadas.
A espera anual para descobrir quem será o novo talento de seu time aconteceu no último final de semana e trouxe muitas surpresas. De Dave Gettleman a Josh Rosen, o recrutamento foi recheado de grandes movimentações que definirão o futuro da liga no curto prazo – afinal, parece que as franquias gostam de seguir a estratégia de Keynes de apostar em retornos rápidos, pois no “longo prazo estaremos todos mortos”.
Enquanto alguns personagens saíram perdendo, também houve aqueles jogadores que foram selecionados pelo time perfeito para esses brilharem. Em sua nova casa, esses personagens verão suas habilidades serem potencializadas para que possam se tornar as novas estrelas da liga nos anos que estão por vir.
Os 15 jogadores escolhidos por mim estão por ordem de suas escolhas do Draft, não por ordem de preferência. Dito isso, vem comigo e veja se sua franquia pode ter conseguido uma futura superestrela.
1. Nick Bosa – San Francisco 49ers
Uma das escolhas mais previsíveis e impactantes do Draft, Nick Bosa é um edge completo e que deve, finalmente, trazer o perigo necessário ao pass rush dos 49ers. Além do seu talento natural, Bosa jogará ao lado de DeForest Buckner, Dee Ford e Solomon Thomas/Arik Armstead. O que isso significa? Ele não será alvo de proteção dupla em todos os momentos e isso é essencial para que tenha um ano de calouro de tirar o fôlego.
Poderia ficar o dia todo falando das habilidades e talento de Bosa e em como seu teto é alto. Sua versatilidade, a variedade de movimentos para confundir seus oponentes; o arsenal é muito alto. Porém, o importante é que o novato deve ser um dos melhores pass rushers da liga desde o dia um e isso é fundamental para San Francisco tornar-se uma ameaça na NFC.
Se por um lado a secundária dos 49ers ainda é o calcanhar de aquiles da equipe, sua linha defensiva agora é seu ponto forte e a unidade que possibilitará que a franquia lute por uma vaga nos playoffs – e Nick Bosa será primordial para essa realização.
2. Quinnen Williams/Jachai Polite – New York Jets
Nota: Coloquei os dois jogadores juntos, pois a explicação é semelhante e um envolve o outro.
Ok, essa era fácil. Quinnen Williams entraria nessa lista independentemente do time pelo qual fosse escolhido. Nos Jets, isso não é diferente e ainda tem um fator facilitador: ele não é uma peça solitária na linha defensiva.
Williams por si só já seria uma “besta enjaulada com ódio” (quem não entendeu a referência merece tomar spoiler de Ultimato), já que consegue colapsar as linhas ofensivas mesmo contra proteções duplas. A companhia de Leonard Williams, Henry Anderson e do próprio Jachai Polite (falarei dele a seguir) facilita as coisas e torna a linha defensiva dos Jets um monstro de sete cabeças. O terreno para o jogador mais talentoso do Draft tornar-se um dos melhores jogadores defensivos da liga já está arado.
A presença de vários bons jogadores na linha ofensiva também insere Jachai Polite na lista. O edge era um dos melhores da posição ao entrar no Draft e só caiu devido ao seu péssimo desempenho no Combine. Porém, isso não anula sua qualidade como speed rusher e o seu teto alto para crescimento. Atuando ao lado da dupla Williams e de Anderson, a possibilidade de Polite encontrar-se em um duelo 1×1 para extrair seu melhor e brilhar é alta.
3. Jonah Williams – Cincinnati Bengals
Já havia falado que a possibilidade de seleção de Jonah Williams pelos Bengals era real e deveria ser feita pela franquia. Dito e feito, Zac Taylor escolheu o offensive tackle para ser o pilar de reconstrução de uma das piores unidades da liga há anos.
Seja jogando de tackle ou movido para guard, Williams está no local certo para provar o tamanho de seu talento. Usufruindo de sua inteligência e o alto domínio dos atributos necessários para a posição, ele deve ser o ponto de segurança de Andy Dalton (ou de Ryan Finley, se este começar como titular) e a esperança para que o novato Billy Price tenha um excelente ano como center e Bobby Hart/Cordy Glenn sejam, ao menos, estáveis.
Quando falamos sobre linhas ofensivas, uma andorinha sozinha não consegue fazer verão; mas Jonah Williams pode fazer um pedaço do sol aparecer, pois possui o talento e o teto para ser a solidez necessária em uma das extremidades da unidade. Com isso, o brilhantismo do jogador poderá ser, ainda mais, exaltado.




