‘Dois anos atrasado, dois anos adiantado’. A frase de Mike Tanier logo após a surpreendente demissão de Mike Maccagnan por parte do New York Jets na última quarta-feira resume bem o sentimento geral que paira sob a decisão da franquia: por que agora?
Maccagnan, que assumiu o cargo em 2015, se tornou o general manager dos Jets após uma passagem menos do que inspiradora de John Idzik pelo mesmo cargo. Depois de seu time conseguir 10 vitórias em seu primeiro ano e ficar muito perto de se qualificar para a pós-temporada, a equipe não conseguiu dar prosseguimento aos triunfos em 2016, o que gerou o início de um processo de reconstrução: Maccagnan foi mantido no cargo; Bowles, o treinador, também.
2017 e 2018 foram anos nos quais New York era um time bastante inferior a seus adversários em termos de técnica, contudo, o mau desempenho do primeiro ano – combinado com o uso de algumas escolhas de segunda rodada – permitiu que os Jets selecionassem Sam Darnold com a terceira escolha geral no penúltimo Draft, o que evidentemente injetou toneladas de ânimo nos fãs da franquia.
O que nos leva a perguntar: por que agora?
Os Jets não foram competitivos nos últimos dois anos, mas isso é parte do processo de reconstrução. Antes da temporada de 2017, não foram apenas uma ou duas pessoas que chegavam a considerar o elenco de New York como material suficiente para terminar o ano sem um triunfo sequer – e mais do que as cinco vitórias, ficou evidente que o time não desistiu em momento algum. Quem merece os méritos por isso não é Maccagnan, e sim Bowles, entretanto, no fim das contas, fica difícil justificar a manutenção de um treinador com três temporadas negativas consecutivas no cargo, por mais esperado que isso fosse.
O processo de reconstrução envolve suas dores de crescimento, e um par de anos ruins foram estes. Com as escolhas acumuladas, o time conseguiu em Sam Darnold e Quinnen Williams dois pilares para a próxima década e, somados às aquisições da free agency, os Jets teriam em 2019 a primeira chance de mostrar algum resultado expressivo em campo após a iniciação de seu rebuild em 2017.
Quem assumiu o cargo de forma interina é Adam Gase, treinador contratado em janeiro e que, ao que se reporta, vinha tendo divergências com Maccagnan na forma de gerir o elenco. O boato mais forte era de que Gase não foi um grande entusiasta da contratação de Le’Veon Bell por conta do dinheiro necessário para trazer o jogador, mas outras divergências com relação à agentes livres também são ventiladas.
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A lógica por trás do momento da dispensa de Maccagnan é bastante nebulosa – se é que existe. Se o mantiveram como responsável pela reconstrução em 2017, deviam ao menos ter lhe dado o direito de colher (ou não) os frutos de seus movimentos. Essa situação não é nova: John Dorsey deixou o cargo de general manager do Kansas City Chiefs em junho de 2017 por conta de discordâncias com Andy Reid e, no mês seguinte, Dave Gettleman foi dispensado da mesma função no Carolina Panthers. Mais uma vez, um tempo estranho nos movimentos.
A grande questão a ser feita: se não pretendiam manter Maccagnan para 2019, porque deixaram-no responsável pela fase mais importante da free agency e do processo pré-Draft ao invés de demitirem-no junto de Bowles? É mais uma na lista de questionáveis decisões tomadas pelos Jets nos últimos anos.
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