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Prévias 2019: Chiefs e o desafio de ser um time mais equilibrado

Qualquer coisa diferente de brigar por Super Bowl é pouco para os Chiefs em 2019. A disputa pela coroa da AFC West tende a ser acirrada com os Chargers, assim como foi no ano passado, porém, no pior dos cenários, sempre há o wild card para chegar aos playoffs.

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2019: O QUE VOCÊ PRECISA SABER!
Qualquer coisa diferente de brigar por Super Bowl é pouco para os Chiefs em 2019. A disputa pela coroa da AFC West tende a ser acirrada com os Chargers, assim como foi no ano passado, porém, no pior dos cenários, sempre há o wild card para chegar aos playoffs.
PERGUNTA A SER RESPONDIDA
Até onde vai Patrick Mahomes?
COM A BATATA ASSANDO
Steve Spagnuolo, coordenador defensivo (chega com trabalho a ser feito)
JOGO MAIS IMPORTANTE
@ Patriots, Semana 14
PRINCIPAL REFORÇO
Frank Clark, EDGE

Novos jogadores vieram e muito dinheiro foi investido na defesa, o grande calcanhar de Aquiles de Kansas City na última temporada. O objetivo é montar uma equipe mais sólida ao redor de Patrick Mahomes e não tão dependente do ataque para enfim voltar ao Super Bowl.

Como foi em 2018: (12-4, primeira posição da AFC West, Final da AFC). Muita gente imaginava um ataque mais elétrico com Patrick Mahomes under center ao invés de Alex Smith, mas com certeza ninguém imaginava que o segundanista lançaria mais de 5000 jardas, 50 touchdowns e venceria o prêmio de MVP da NFL. Mahomes e o resto ataque carregaram os Chiefs até a Final de Conferência, quando a franquia caiu na prorrogação diante dos Patriots. Sem dúvidas em feito impressionante, sobretudo quando lembramos o quanto a defesa foi mal no ano passado.

Draft 2019

Kansas City abriu mão de sua escolha de 1ª rodada para adquirir Frank Clark junto aos Seahawks, o que fez o Draft não ser tão prolífico no quesito jogadores de impacto imediato. Entre todos os selecionados, o safety Juan Thornhill é quem tem mais chance de começar 2019 como titular, dada a fragilidade do time na secundária.

Mecole Hardman, WR, Georgia é um protótipo de Tyreek Hill e com o tempo tende a se tornar uma peça importante no ataque.

2ª Rodada (56): Mecole Hardman, WR, Georgia
2ª Rodada (63): Juan Thornhill, S, Virginia
3ª Rodada (84): Khalen Saunders, iDL, Western Illinois
6ª Rodada (201): Rashad Fenton, CB, South Carolina
6ª Rodada (214): Darwin Thompson, RB, Utah State
7ª Rodada (216) Nick Allegretti, OL, Illinois

Free Agency 2019

Foi uma free agency bastante movimentada em termos de chegadas e saídas, principalmente no lado defensivo da bola. Os Chiefs fizeram tudo o que estava ao seu alcance no mercado para tentar consertar a defesa.

Principal reforço: Frank Clark, EDGE. A aquisição de Clark custou uma pick de 1ª rodada em 2019, outra de 2ª rodada em 2020 e mais um contrato de 104 milhões, um valor que obviamente o transforma no principal reforço de 2019. O ex-Seahawks chega para preencher a lacuna deixada por Dee Ford, tornando-se o principal EDGE da equipe.

Principal perda: Dee Ford, EDGE. O general manager Brett Veach julgou não valer a pena dar a Ford a renovação de contrato que ele queria. Além disso, havia dúvidas sobre o seu encaixe no novo sistema defensivo de Steve Spagnuolo – mais 4-3 do que 3-4, se é que a diferenciação é tão necessária em 2019 como outrora. De toda sorte, Ford acabou trocado com os 49ers por uma escolha de 2ª rodada, fazendo os Chiefs perderem um cara que somou 13 sacks e sete fumbles forçados em 2018.

Se quiser ir ao Super Bowl, o ataque não pode mais carregar tudo nas costas

Em 2018, Mahomes tornou-se apenas o segundo quarterback da história a lançar 50 touchdowns e mais de 5000 jardas no mesmo ano – o outro, a saber, foi Peyton Manning em 2013. Junto de Peyton e Brady, Mahomes integra o trio dos 50 touchdowns – feito raríssimo. Ademais, os Chiefs tiveram o terceiro ataque mais produtivo de todos os tempos, anotando um total de 565 pontos. Ainda assim, não foram capazes de ir ao Super Bowl, embora tenham chegado bastante perto – o mais perto em 25 anos.

Não há dúvidas de que a defesa foi o freio do time. Existe uma estatística assustadora: Kansas City marcou uma média de 36 pontos durante as suas cinco derrotas de 2018, incluindo o revés contra os Patriots no AFC Championship Game. A única vez em que a franquia anotou menos de 30 pontos em uma partida e perdeu foi diante dos Chargers na semana 15. Ou seja, o ataque carregou tudo nas costas e levou os Chiefs até onde foi possível. Isso não pode se repetir em 2019 caso o time queira ser campeão.

Embora seja improvável um desempenho igual em termos estatísticos – você não espera que o seu signal caller lance 50 touchdowns todo ano -, as perspectivas continuam excelentes para um ataque que se manteve praticamente intacto. A única baixa relevante foi o center Mitch Morse. De resto, porém, todo mundo está de volta, incluindo o trio Mahomes, Travis Kelce e Tyreek Hill – o wide receiver, por sinal, escapou de qualquer suspensão por conta das acusações de violência doméstica.

E antes que alguém fale de Kareem Hunt, cortado em novembro após aparecer em um vídeo chutando uma mulher caída no chão, Damien Williams foi excepcional o substituindo na reta final da temporada regular e nos playoffs. O backfield está muito bem servido com Willians e o recém-chegado Carlos Hyde. Enfim, tudo está em ordem para mais um ano espetacular do ataque sob a tutela de Andy Reid.

Reformulação total na defesa foi o objetivo da intertemporada

É raro ver um time ir tão longe na temporada com uma defesa tão ruim. Talvez os Patriots de 2011 sejam um bom parâmetro. Os Chiefs terminaram nas últimas posições em praticamente qualquer estatística defensiva de 2018, com exceção do número de sacks, em que ficaram empatados em primeiro lugar com 52 – sim, é difícil de entender.

Não por acaso, cabeças rolaram e muitas mudanças ocorreram: o coordenador Bob Sutton perdeu o emprego e deu lugar a Steve Spagnuolo; vários jogadores foram mandados embora ou não tiveram seus contratos renovados – incluindo veteranos consagrados, mas já em decadência, como Justin Houston e Eric Berry; muito nomes novos foram trazidos.

Entre as aquisições de maior destaque estão Frank Clark e o safety Tyrann Mathieu, que vem para ocupar o papel de líder da secundária deixado em aberto pela saída de Berry. Além dos dois, tivemos a contratação dos EDGES Alex Okafor e Emmanuel Ogbah, do cornerback Bashaud Breeland e dos linebackers Damien Wilson, Jeremiah Attaochu e Darron Lee (este último via troca com os Jets). Mathieu, Clark e Breeland parecem nomes certos para começar o ano como titular, enquanto o resto lutará por seu espaço durante o Training Camp, promovendo uma disputa intensa por posições no front seven.

É provável que tenhamos uns seis ou sete novos titulares na defesa em relação ao grupo base de 2018 – entre os remanescentes, destaque para o incrível iDL Chris Jones e seus 15,5 sacks. Muitas mudanças para tentar rejuvenescer o elenco, dar mais qualidade à defesa e construir uma equipe mais equilibrada ao redor de Patrick Mahomes.

O que mudou na intertemporada? Berry e Houston foram por muito tempo lideranças técnicas e de vestiário. Embora ambos não fossem mais tão espetaculares dentro de campo quanto em outros tempos, a verdade é que Kansas City perdeu de uma vez só duas referências do plantel. Como dissemos antes, Clark e sobretudo Mathieu precisarão substituir os antigos ídolos também nesse aspecto.

Aspecto tático: Por mais que a ideia de formação defensiva base seja ultrapassada hoje em dia, pois as franquias passam a maior parte do tempo atuando em formações nickel, dime ou outros sub-pacotes, precisamos dizer que o esquema base dos Chiefs deixou de ser 3-4 e passou a ser 4-3, o preferido de Spagnuolo. Em teoria, a principal mudança é que agora os pass rushers estarão alinhados na linha defensiva com a mão no chão. A transformação também deve afetar um pouco o alinhamento de Chris Jones, que agora ficará um pouco mais preso no interior da defensive line.

Jogo mais importante: @ Patriots, semana 14. Chances imensas de ser um duelo decisivo pelo seed #1 da Conferência Americana, além de ser a oportunidade dos Chiefs conseguirem a sua vingança pelas duas derrotas de 2018.

Pergunta a ser respondida: Até onde vai Patrick Mahomes? Pensando em estatísticas, é difícil Mahomes ir muito mais longe do que já foi – só Peyton Manning conseguiu. Agora, pensando na evolução técnica e mental do jogo, o jovem tem vários pontos a serem aprimorados: leituras erradas, decisões ruins e erros de passe que não costumam acontecer com signal callers experientes. A tendência é Mahomes voltar melhor nesses aspectos com um ano e mais uma intertemporada de experiência na bagagem, ficando mais imparável e perigoso do que foi em 2018.

2019: O que você precisa saber! Liderados por Patrick Mahomes, motivados por terem batido na trave no ano passado e com muitas mudanças em relação à pífia defesa de 2018, os Chiefs aparecem como um dos favoritos ao Super Bowl, buscando encerrar um jejum de 50 anos sem ir à grande final da NFL.

Com a batata assando: Steve Spagnuolo. O coordenador defensivo obviamente não corre o risco de ser demitido, até porque acabou de chegar, mas merece estar nessa categoria porque a pressão sobre ele será imensa. Em primeiro lugar, porque se espera um grande salto de qualidade da defesa de Kansas City. Em segundo, porque Spagnuolo vem de vários trabalhos ruins na última década.

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Previsão para 2019

Qualquer coisa diferente de brigar por Super Bowl é pouco para os Chiefs em 2019. Não por acaso, nos prognósticos da NFL, a equipe é favorita na Conferência Americana junto do New England Patriots. A disputa pela coroa da AFC West tende a ser acirrada com os Chargers, assim como foi no ano passado, porém, no pior dos cenários, sempre há o wild card para chegar aos playoffs. Seja como for, a janela de conquistas com Patrick Mahomes e o atual elenco está escancarada.

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