Agora de volta e com novo nome, a coluna 1st & 10 é a forma de você rapidamente se inteirar sobre os principais assuntos da semana na NFL.
Postada todo meio de semana com Henrique Bulio, é uma forma de você rapidamente ficar informado! Confira aqui o índice completo da coluna.
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- Com a lesão de Stephon Tuitt que lhe fará perder o restante da temporada, o Pittsburgh Steelers perdeu um jogador que vinha atuando em nível de elite numa das defesas mais subestimadas da liga. A esse ponto, é justo imaginar onde Pittsburgh estaria em 2019 se não sofresse tanto com jogadores machucados.
Tuitt é o caso recente mais grave, mas no jogo contra o Los Angeles Chargers, vimos vários jogadores importantes saindo ao longo da partida: James Conner, T.J. Watt e Joe Haden são três exemplos. Claro, os Steelers venceram a partida, e por sorte terão agora sua semana de folga; não vamos esquecer, entretanto, que o time teve de atuar com seu terceiro quarterback por conta da lesão de Mason Rudolph na semana anterior, contra o Baltimore Ravens. E Rudolph só estava em campo porque Ben Roethlisberger, um dos melhores quarterbacks da liga, não voltará a atuar em 2019 devido a uma lesão no cotovelo sofrida na segunda semana.
Segundo a métrica DVOA do Football Outsiders, criada para medir a eficiência dos times, a defesa dos Steelers é a sétima melhor da NFL em 2019, enquanto que o ataque é o oitavo pior da liga. Nos anos anteriores, com Roethlisberger saudável, a defesa não era das piores mas tinha na posição de inside linebacker seu Calcanhar de Aquiles, especialmente após a lesão de Ryan Shazier; agora com Devin Bush e uma unidade mais coesa, Pittsburgh tem uma campanha de 2 vitórias e 4 derrotas, porém, com exceção da semana inicial contra o New England Patriots, as derrotas foram por um total somado de 9 pontos. É justo pensar que, se tivesse seu quarterback titular, um pouquinho a mais de eficácia no ataque elevaria esse record para 5 triunfos e apenas 1 revés. É um cenário infeliz, ainda mais numa AFC North tão bagunçada nesse momento.
2. Agora que está claro que ele é um quarterback, assistir Lamar Jackson deveria ser obrigatório pra qualquer fã de futebol americano. No último domingo, Lamar se tornou o primeiro quarterback na era do Super Bowl a passar para mais de 200 jardas e correr para mais de 150 na temporada regular – Colin Kaepernick conseguiu esse feito contra o Green Bay Packers na pós-temporada em 2012. Mais importante, os Ravens venceram a segunda partida consecutiva dentro da AFC North e dispararam na divisão com uma campanha de 4 vitórias e 2 derrotas.
A discussão racista sobre Jackson ser um quarterback ou um skill player fica cada vez mais pra trás, dado que ele se prova a cada semana como um passador viável além de ser uma arma extremamente valiosa correndo com a bola. Os Ravens mandam na AFC North e, embora testes mais complicados estejam no caminho de Baltimore (@Seattle e New England nas próximas duas semanas), eles ainda não podem ser considerados favoritos na conferência por conta de alguns buracos no time. A posição de quarterback não é um deles.
3. A atual fórmula ofensiva do Houston Texans é o diferencial entre o time ser bom e ótimo. Desde a derrota para o Carolina Panthers na semana 4, Bill O’Brien alterou seu ataque para formações com empty backfield e passes curtos e rápidos. Desde então, Watson não sofreu um sack sequer nos últimos dois jogos e a linha ofensiva tem feito um trabalho muito melhor na proteção. Dessa forma, o time tem sido muito mais eficiente com a bola a ponto de causar surpresa ao vencer os Chiefs em Kansas City, e se esse plano de jogo ofensivo se manter, Houston vai continuar sendo um time muito mais ameaçador do que no início da temporada.
4. Mesmo com 1-4 (e um provável 1-5), eu não descartaria o New York Jets completamente da briga pelos playoffs. O time com Sam Darnold inegavelmente é extremamente superior à aberração que vimos com Luke Falk de titular nas semanas anteriores. Depois do confronto contra New England no próximo Monday Night Football, New York terá uma tabela extremamente fácil: @ Jacksonville, @ Miami, New York (Giants), @ Washington, Oakland, @ Cincinnati, Miami. Não é nada absurdo pensar em algo como cinco ou seis vitórias aqui, ainda mais considerando também a volta de C.J. Mosley – que, segundo relatos, deve voltar a jogar na próxima segunda-feira. Claro que a campanha atual é terrível, entretanto, ainda não é um cenário irreversível com 10 semanas de jogos pela frente.
5. Os Jaguars fizeram o máximo de uma situação bastante ruim. Mesmo que trocar Jalen Ramsey não fosse o desejo de Shad Khan, era praticamente inimaginável um cenário no qual o dono manteria o jogador no elenco depois de garantir publicamente que o cornerback estaria em campo na semana 6 e isso não acontecer. Jacksonville ainda conseguiu um jeito magistral de se dar bem na troca, adquirindo duas escolhas de primeira rodada por um defensor que quase que certamente nunca mais entraria em campo pela organização – além de economizar dinheiro na renovação de contrato subsequente, o que permite que o time concentre seus esforços em Yannick Ngakoue, que chegou a fazer holdout por um novo contrato na época dos training camps. Duas escolhas de primeira rodada é um ganho valiosíssimo e importante para um time jovem e que ainda está em construção.
6. Eu também gosto muito do movimento dos Ravens ao trocar por Marcus Peters. Não sou o maior fã de Peters, pessoalmente falando, no entanto, mesmo se ele jogar num nível mediano já será muito melhor do que qualquer coisa que estava na secundária de Baltimore até então. Além disso, o preço pago (o linebacker Kenny Young + uma escolha de quinta rodada de 2020) é irrisório se considerarmos que Marcus é um cornerback com potencial para atuar em ilha. O custo é pequeno e os benefícios podem ser muito grandes.
7. Se Kirk Cousins quer realmente causar uma boa impressão, o jogo contra os Lions nesse domingo é o grande dia. Sabemos que Cousins consegue ser eficiente contra times/secundárias fracas e vê-lo ter um desempenho excelente contra os Eagles no último domingo não foi exceção ou surpresa, no entanto, as fichas que estarão em jogo contra os Lions no domingo serão bem maiores: é um time mais bem montado com uma defesa eficiente e que jogará dentro de casa num confronto bastante importante para a NFC North. Os Vikings estão em posição confortável na temporada nesse momento, mas a briga pelo wild card na Conferência Nacional é bastante forte. Kirk precisa demonstrar desempenho contra times mais fortes e a hora mais importante é contra Detroit.
8. Assistir o Arizona Cardinals tem se tornado algo bastante interessante. Depois do início ruim de temporada, Arizona emplacou uma sequência de duas vitórias consecutivas e tem uma chance considerável de chegar ao .500 quando viajar até New York para enfrentar os Giants no domingo. O primeiro ano de Kliff Kingsbury em nada lembra a bagunça que foi o último ano, quando Steve Wilks parecia incapaz de ser um técnico principal e o time era péssimo. Mais importante, Kyler Murray aparenta estar cada vez mais confortável à medida em que as semanas avançam. A NFC West é muito forte para que o time sonhe em ir longe, entretanto, há boas expectativas para o futuro.
9. So long and thanks for all the fish, Mariota. Agora com Ryan Tannehill de titular no Tennessee Titans, a carreira do produto de Oregon em Nashville está praticamente acabada – não que Tannehill seja elite, mas é difícil vê-lo produzindo menos do que Mariota nesse momento. Os Titans possuem uma ótima defesa e um elenco capaz de brigar ao menos por wild card, e uma mudança se fazia necessária para que o time embalasse – talvez com um novo quarterback essa faísca possa elevar o desempenho do time.
10. Fechando a coluna de forma um pouco clubista, como torcedor de Philadelphia, não vejo problemas na dispensa de Zach Brown. Sei que o time possui problemas na posição de linebacker, todavia, Brown vinha tendo atuações bastante ruins em 2019 – por motivos variados, é bom dizer.
Depois de dizer que o objetivo era deixar o jogo nas mãos de Kirk Cousins na sexta-feira antes do jogo (e dos Vikings corretamente terem feito piada da situação depois de Cousins ter tido um jogo magistral no domingo), Brown foi dispensado sem maiores explicações na segunda-feira seguinte. A declaração foi um propulsor pra dispensa, é claro, mas Philadelphia não vai sentir falta do jogador em campo. É sempre bom ganhar o jogo primeiro antes de comentar sobre o outro time.
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