Admito, tenho um fraco por histórias de redenção. A imagem de uma pessoa superando sua ruína interior e voltando à luz é de uma beleza e uma esperança inigualáveis; não à toa, filmes e livros que focam nesses aspectos costumam atingir bem seus objetivos e tornam-se grandes sucessos. Qual costuma ser o próximo ato? Qual é o limite para o ser humano após seu reerguimento?
“Ok, mas o que isso tem a ver com o San Francisco 49ers?”
Kyle Shanahan passou por inúmeras críticas ao longo de seu período na Califórnia, principalmente durante a última intertemporada, as quais questionavam suas reais qualidades como técnico. Mesmo assim, se redimiu e colocou os 49ers um patamar acima – juntamente ao New England Patriots e ao New Orleans Saints – do restante da liga. Com seu brilhante ataque funcionando como um relógio suíço, o céu pode não ser o limite para a franquia e o Super Bowl não é mais um sonho tão distante.
A trajetória de Shanahan desde sua saída do Atlanta Falcons até seu momento atual em San Francisco replica, justamente, um caminho da redenção. Quando deixou os Falcons, o treinador carregava consigo o estigma do fatídico 28-3, sabendo que seria uma marca inapagável em sua caminhada na NFL. Ainda assim, decidiu não apenas se reerguer, mas também a franquia a qual escolheu comandar. Dois anos e oito meses após sua contratação, a equipe foi completamente reformulada e o topo da NFC agora é uma realidade para os 49ers.




