Curti: 3 COISAS PARA FICAR DE OLHO NOS 3 JOGOS DO THANKSGIVING

Thanksgiving de 2019 não promete ser tão interessante assim se compararmos a seleção de jogos com outras temporadas. De toda forma, como em qualquer partida da NFL, há várias histórias para ficarmos de olho e que prendem nossa atenção. O duelo entre Dallas Cowboys e Buffalo Bills, por exemplo, pode ter ramificações profundas nas corridas das respectivas divisões. O Atlanta Falcons jogou muito bem contra os Saints no primeiro duelo entre os dois nesta temporada – e quer “varrer” a equipe da Louisiana, querendo complicar a vida de Drew Brees e cia na busca pela folga da primeira rodada. Em Chicago Bears x Detroit Lions, um confronto com aspirações bem diferentes do ano passado, quando as duas equipes também jogaram no Dia de Ação de Graças.

Antes de mais nada, vale lembrar: Cowboys e Lions, como tradição criada por ambos, sempre jogam às quintas de Thanksgiving. O jogo da noite é um “Sunday Night”, teoricamente um confronto com talentos e muito em jogo (o que não será verdade em 2019, mas que no papel, antes da temporada, seria). Sem mais delongas, vamos lá.

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Por que Lions e Cowboys sempre jogam no Thanksgiving?

1- Qual defesa do Chicago Bears (e qual Mitchell Trubisky) vai aparecer?

A defesa dos Bears têm problemas em forçar turnovers nesta temporada e isso passou longe de ser problema no ano passado. Em realidade, foi uma das forças da equipe na temporada 2018 e ajudou muito o time a ser campeão de divisão: melhor da NFL, com 36 roubos de bola. Neste ano, são 15 e o time é o 13º da NFL. É um ponto para se observar nesta quinta porque foi uma pick six que garantiu a vitória de Chicago no ano passado contra Detroit. Então é algo para ver. Ainda, Khalil Mack está meio desaparecido nesta temporada e vem de um excelente jogo contra o New York Giants. Outra atração garantida.

Por fim, antes de falar rapidamente de Detroit: qual Mitchell Trubisky vai aparecer? Ele teve duas interceptações pavorosas contra os Giants – uma delas foi quase um punt com os braços – mas sejamos justos, foi melhor do que a encomenda se pensarmos no restante da temporada. No lado de Detroit, o titular será Jeff Driskel, então poucas esperanças aqui. Se você tiver Kenny Golladay no fantasy – um dos jogadores mais subestimados da NFL, aliás –  comece a rezar.

2- O Dallas Cowboys vai ter uma vitória contra um time de campanha positiva?

Dois times que enfrentaram adversários fracos e não tiveram muitos problemas contra eles. Mas e contra times com campanhas positivas? Ugh, problema. Em realidade, o Dallas Cowboys não tem nenhuma vitória em 2019 contra um time que entrou o duelo com mais vitórias do que derrotas. Apenas cinco times na história da NFL tiveram esse mesmo “feito” e, como você deve imaginar, nenhum deles chegou ao Super Bowl.

Os Cowboys entraram a partida de domingo como melhor ataque da NFL e perderem a partida para a melhor defesa da liga no quesito. Para complicar a situação de Dallas, Stephon Gilmore limitou Amari Cooper a um total de zero recepções e ainda interceptou Dak Prescott. A missão desta semana não será fácil: a secundária dos Bills é pra lá de especial, a terceira melhor da liga em jardas cedidas por passe.

Do lado de Buffalo, Josh Allen vem fazendo melhores jogos passando a bola, mas é pra lá do que claro que o ataque terrestre é a força motriz do time. Allen tem sete touchdowns corridos, liderando o time – Frank Gore mostra-se interminável e o calouro Devin Singletary faz boa temporada também. Somado, o time tem 1531 jardas terrestres – quinto melhor da NFL.

3- Mais uma chance de você admirar Michael Thomas

É virtualmente impossível um wide receiver ser eleito MVP na NFL – o cara teria que ter umas 3000 jardas na temporada para ser realmente considerado. Em outras palavras, se Calvin Johnson não conseguiu, não é hoje que vai acontecer. De toda forma, caso você queira fazer o caso de algum deles, Michael Thomas é o cara. São 104 recepções nesta temporada e 1242 jardas. Tudo isso sem um wide receiver #2 para tirar a atenção da marcação e em várias partidas neste ano com um ataque aéreo com menos octanagem por conta da ausência de Drew Brees (embora Teddy Bridgewater não tenha jogado mal, que fique claro). É um belo confronto entre recebedores, aliás. Para mim, é o melhor de 2019 contra o melhor da década – Julio Jones, dos Falcons.

Para Atlanta, qualquer vitória contra seu maior rival é positiva – mesmo que a temporada já tenha ido pro saco faz tempo. Atlanta perdeu quatro jogos seguidos em casa nesta temporada e não perdem cinco seguidos desde 2003. Ah, em jogo a potencial varrida como disse – que é improvável, lembremos. Isso aconteceu apenas duas vezes nesta década, 2014 e 2016.

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