Dono da 4ª escolha geral e com um elenco repleto de buracos – sobretudo na defesa -, o New York Giants tem inúmeros caminhos a seguir na 1ª rodada do Draft. Além de estar em uma condição privilegiada para fazer um trade down, a franquia também terá sua disposição pelo menos um talento defensivo de elite – ou até mais de um, dependendo do que acontecer entre os times que escolhem no top 3. Neste texto vamos discutir quais escolhas mais fazem sentido para a equipe na próxima quinta-feira, dia 23 de abril, data de início do Draft 2020.
Isaiah Simmons, LB, Clemson
Considerando que não haja trocas e tudo saia como o esperado no top 3 – ou seja, Joe Burrow no Cincinnati Bengals, Chase Young no Washington Redskins e Jeffrey Okudah no Detroit Lions -, essa seria a escolha mais lógica de todas. Isaiah Simmons seria o casamento perfeito entre draftar por necessidade e selecionar o melhor jogador disponível, ou seja, situação de total win-win. De fato, já houve rumores ligando-o aos Giants, pois, segundo Matt Miller, a franquia estava apaixonada por ele.
Completo freak atlético, o ex-jogador de Clemson é tudo o que você espera de um linebacker moderno, podendo alinhar em praticamente qualquer posição e fazer de tudo um pouco dentro de campo. Ele seria uma adição incrível, uma daquelas que pode até mudar a defesa de patamar, para um time tão parco em talento quanto o de New York.
Se tiver seu nome chamado na quinta-feira, Simmons será o primeiro linebacker escolhido pelos Giants na 1ª rodada do Draft desde 1984, quando a franquia selecionou o grande Carl Banks na 3ª posição geral.

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Andrew Thomas, OT, Georgia
Não seria uma escolha sexy por ser tratar de um offensive tackle, mas faria total sentido. Thomas é um prospecto excelente e mais cedo ou mais tarde se tornaria o left tackle titular da equipe. Na verdade, ele só não iria proteger o lado cego de Daniel Jones desde a semana 1 porque Nate Solder, amparado pelo seu valioso contrato, ainda está no time. Por isso, o mais provável é que o calouro começasse sua carreira profissional atuando no lado direito, o setor mais crítico da linha ofensiva de New York.
Falamos especificamente de Thomas, mas outros offensive tackles como Tristan Wirfs ou Jedrick Wills também aparecem como possíveis opções. Tudo depende de quem Dave Gettleman colocou como primeira opção em seu board. Seja como for, não descarte a ideia de ver os Giants endereçando a linha ofensiva logo na 1ª rodada.
Trocar para baixo e acumular mais picks
Exploramos esse cenário em nosso texto específico sobre possíveis grandes trocas. No caso, projetamos um acordo entre Jacksonville Jaguars e Giants, com os últimos descendo da 4ª para a 9ª posição geral e recebendo uma pick extra de 1ª rodada como compensação. New York está em uma posição privilegiada para negociar com franquias ávidas por um novo quarterback – seja Tua Tagovailoa, seja Justin Herbert. Pensamos em Jacksonville, entretanto poderíamos ter falado também Miami Dolphins, Los Angeles Chargers ou até Carolina Panthers. Não faltam possibilidades.
Considerando que os Giants realmente desçam um pouco, seu leque de opções se abrirá. Por exemplo, voltando à troca com os Jaguars, a franquia ainda estaria em posição para selecionar algum dos três offensive tackles citados acima. Ou então buscar K’Lavon Chaisson, EDGE de LSU com grande potencial, mas que seria um imenso reach se selecionado com a 4ª escolha geral.
Jeffrey Okudah, CB, Ohio State
Isso aqui seria a filosofia do melhor jogador disponível aplicada direto na veia. Após darem um contrato de 3 anos e 45 milhões de dólares a James Bradberry na free agency, cornerback não é exatamente uma grande necessidade da franquia, até porque, além de Bradberry, ela também investiu quatro escolhas na posição ao longo dos últimos dois Drafts (Sam Beal, Deandre Baker, Julian Love e Corey Ballentine).
O ponto é que Okudah é talentoso demais para simplesmente ser ignorado. Ademais, mesmo com tanto investimento, não é como se a secundária dos Giants fosse confiável – muito pelo contrário, já que os jovens reforços até agora mostraram muito pouco. Okudah e Bradberry seria uma excelente dupla de cornerbacks para essa defesa.
Um EDGE (mas quem, além de Chase Young?)
EDGE é de longe a principal carência do elenco, pois os Giants não possuem ninguém para apressar o passe. O problema é New York não estar em posição para selecionar um com a 4ª escolha geral, a menos que troquem para cima ou que Chase Young caia em seu colo – o que certamente não acontecerá, pois ele não deve passar do Washington Redskins. Outro EDGE, por sua vez, seria visto como um grande reach no top 5, mais ou menos como Clelin Ferrell foi ao ser escolhido pelo Oakland Raiders em 2019.
Diante desse cenário, a menos que queiram se arriscar draftando alguém bem antes do que o esperado, o ideal para os Giants suprirem sua maior necessidade seria fazer um trade down, acumular mais picks e ficar em um lugar mais confortável para selecionar um EDGE, algo como o limite do top 10 e o final da metade inicial da 1ª rodada – o território de K’Lavon Chaisson. Ou então a franquia pode rezar – e rezar bastante – para que Chase Young não seja escolhido no top 3.






