5 mudanças (e melhoras) no ataque dos Broncos para 2020

Com novos nomes e um coordenador diferente em relação a 2019, ataque do Denver Broncos tem tudo para desencantar

Ninguém pode acusar John Elway de não acreditar no seu plano com Drew Lock e lhe dar armas para provar seu valor. Só neste Draft, chegaram os wide receivers Jerry Jeudy e K.J. Hamler e o tight end Albert Okwuegbunam.

Na free agency, o running back Melvin Gordon aportou pelo Colorado e o ex-head coach do New York Giants Pat Shurmur foi contratado como coordenador ofensivo da equipe. Algumas melhoras na linha ofensiva, em especial no interior, também foram promovidas e isso tudo cria boas expectativas. Separei 5 pontos sobre esse novo ataque do Denver Broncos.

1- MUDANÇA DE FILOSOFIA

Uma das maiores críticas ao ataque dos Broncos na temporada passada era em relação ao seu conservadorismo exacerbado. O antigo coordenador Rich Scangarello tentou implantar um ataque similar ao do San Francisco 49ers, de onde vinha. O problema é que o seu brilhantismo chamando jogadas não pode ser comparado ao de Kyle Shanahan.

Decisões questionáveis e jogadas conservadores custaram vitórias ao time no último ano, como no jogo contra o Indianapolis Colts. Com a chegada de Pat Shurmur a ideia é de um ataque mais ousado, com maior variação no jogo corrido e verticalidade passando a bola.

2- VELOCIDADE

Se existe algo que se espera agora é velocidade. Todos os três nomes draftados este ano e já citados são jogadores com velocidade de alto nível. Antes Noah Fant e Phillip Lindsay eram basicamente os únicos jogadores capazes de vencer desta forma.

Com as adições, a expectativa é de um ataque que jogue de forma rápida, criando um número maior de jogadas longas. Os Broncos foram apenas a vigésima terceira equipe em jogadas para mais de 20 jardas em 2019 e isso precisa mudar.

3- SAI UM RUNNING BACK, ENTRA UM WIDE RECEIVER

Enquanto Scangarello preferia esquematizar seu ataque com dois backs em campo, muitas vezes sendo um deles um fullback, Shurmur prefere apenas um.

Para ele, espalhar o campo com recebedores faz muito mais sentido. Enquanto no ano passado os Broncos usaram o pacote 11 (um running back, um tight end e três wide receivers) em apenas 43% dos snaps, os Giants, á época comandados por Shurmur, usaram em 70%. Os Broncos tiveram dois backs em campo em 33% dos snaps em 2019, enquanto os Giants em apenas 10%. Até por conta da mudança, o fullback Andy Janovich foi trocado e K.J. Hamler foi draftado, para ocupar a posição de slot.

4- NOAH FANT NO CENTRO DAS ATENÇÕES

Shurmur adora usar tight ends atléticos e velozes para criar confrontos favoráveis ao seu ataque, em especial no meio do campo. Quando se tem armas velozes nas laterais e um tight end no pelo meio com capacidade de vencer em profundidade, muitas vezes se obriga o safety a decidir de forma equivocada.

Da mesma forma que Evan Engram fazia nos Giants, Noah Fant o fará nos Broncos. A média de 4 bolas lançadas em sua direção por jogo deve dobrar quase dobrar nesse ano com a mudança esquemática que virá. Mais forte e ágil que o jogador do time de New York, Fant pode ter um ano em que mude de patamar na NFL.

5- AJUDA PARA DREW LOCK TAMBÉM FORA DE CAMPO

Como se não bastassem as armas dadas e as mudanças táticas que tendem a favorecer Drew Lock, os Broncos foram buscar suporte para a parte extra-campo também. Se antes o treinador de sua posição era o pouco experiente T.C McCartney, agora quem chega é o veteraníssimo Mike Shula.

Responsável pelos melhores anos de David Garrard no Jacksonville Jaguars e tutor de Cam Newton assim que ele chegou do futebol americano universitário, ele traz consigo bagagem suficiente para ajudar na evolução do segundo anista dos Broncos. Familiarizado com o ataque de Shurmur, com quem trabalhou nos dois últimos anos, é esperança de maturação do escolhido de John Elway.

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