Em abril deste ano, Christian McCaffrey assinou uma extensão contratual de 4 anos e US$ 64 milhões com o Carolina Panthers, se tornando o running back mais bem pago da história da NFL. Alguns analistas que normalmente são contrários a se pagar contratos volumosos e longos para jogadores da posição, entenderam que o valor era justo. O argumento é que McCaffrey é mais que um running back: com sua contribuição recebendo passes constantemente, ele deve ser classificado como “arma ofensiva”.
Outro jogador da posição que constantemente é aclamado como completo, contribuindo tanto pelo chão quanto pelo ar, é Alvin Kamara, do New Orleans Saints. Draftado em 2017, no mesmo ano que McCaffrey, o atleta da equipe da Louisiana tem seu vínculo terminando ao fim da próxima temporada. Vale lembrar que como ele não foi uma escolha de primeira rodada, os Saints não tem a opção de ativar o quinto ano contratual. Dito tudo isso, a pergunta que fica: depois de Christian McCaffrey abrir caminho, Alvin Kamara é o próximo running back a ficar milionário?
A dependência dos Saints é muito menor
Por mais que ambos tenham características parecidas, McCaffrey é mais importante para seu time que Kamara. Isso por todo contexto que envolve ambos: enquanto os Panthers são uma franquia em reconstrução e que já estava em processo de implosão desde que Cam Newton se lesionou no meio de 2018, os Saints seguem firmes, com um dos melhores elencos da liga. O plantel dos Saints tem armas ofensivas do porte de Michael Thomas, Emmanuel Sanders e Jared Cook. Os Panthers até tem bons jovens, como D.J. Moore, mas ele ainda é um jogador em desenvolvimento. As chegadas do quarterback Teddy Bridgewater e do treinador Matt Rhule em pouco afetam esse cenário: pelo menos em 2021, McCaffrey deve continuar sendo válvula de escape constante.
Os números das duas últimas temporadas mostram isso ainda mais: McCaffrey foi responsável por 31 e 40% das jardas totais de scrimmage dos Panthers em 2018 e 2019 respectivamente. No mesmo período, Kamara representou 25 e 21% nos Saints. Quando o assunto é jogo aéreo, a parcela que coube a CMC foi superior a 20% em ambos os anos. Já Kamara nunca passou dos 17%. Vale frisar que o running back dos Saints teve quase 200 toques a menos na bola e mesmo assim já esteve ausente em algumas partidas por lesão.




