Curti: 5 técnicos que entram 2020 com a batata assando

A paciência com técnicos na NFL é curta e embora neste ano tenhamos poucos nomes, é possível que cinco destes estejam procurando emprego após a temporada (ou mesmo no meio dela).

A paciência para head coaches na NFL é curta. Embora seja raro que um técnico seja mandado embora no meio de sua primeira temporada, depois de dois anos ruins e sem mudanças a paciência costuma acabar. Não chega a ser uma situação Campeonato Brasileiro em termos de rotatividade de treinadores, mas é fato que a paciência das franquias da NFL com seus técnicos é bem baixa se comparada aos outros esportes americanos e mesmo ao futebol europeu.

Dito isso, separamos cinco treinadores que estão com a batata assando para 2020. Obviamente, excluímos técnicos em seu primeiro ano mesmo que os times estejam em situação delicada – pelo fato dito acima, de ser raro haver demissões sem que haja pelo menos um ano de trabalho. Vamos à lista então – sem nenhuma ordem hierárquica, lembrando.

Dan Quinn, Atlanta Falcons

Não estamos falando do 28 a 3 mais – sombras ruins ficam marcadas para head coaches que acabam caindo do cavalo mas a batata assando é por questões mais recentes. Com pompas defensivas na chegada ao Atlanta Falcons, fora brilho individual de Grady Jarrett, Deion Jones e Keanu Neal, não dá para dizer que os Falcons já tiveram uma defesa de primeira prateleira como era a esperança com a chegada de Quinn em 2015. O ataque acabou ficando ofuscado várias vezes – e, aparte das lesões que o time teve, é inconcebível que um time que conta com Matt Ryan e Julio Jones tenha sido conduzido aos playoffs por Quinn em apenas duas oportunidades de cinco possíveis.

No ano passado o time começou com campanha 1-7 na temporada passada e Dan Quinn parecia rumar à guilhotina. O final da temporada, com destaque para a vitória no final da partida contra o San Francisco 49ers, salvou a pele do head coach. Mas ele entra 2020 com a batata assando e precisando se provar.

Matt Nagy, Chicago Bears

Após vencer o prêmio de melhor treinador da NFL em seu primeiro ano com o Chicago Bears em 2018, Matt Nagy parecia honrar os rótulos que ex-assistentes de Andy Reid recebiam. John Harbaugh e Doug Pederson são dois exemplos.

Em 2019, o ataque dos Bears ruiu de produção, Nagy viu Andy Reid ser campeão e seu trabalho começou a ser contestado. Tal como Reid em seus piores momentos, Matt Nagy mostrou falta de comprometimento com o jogo terrestre na temporada passada. Pior: fez isso tendo Mitchell Trubisky como quarterback, fato que torna inconcebível o volume de 30 passes por jogo.

Com a chegada de Nick Foles – que encaixa perfeitamente na sistemática tática de Nagy – e a manutenção de boa parte da estelar defesa, 2020 é ano de se provar. Não ir aos playoffs pode significar demissão ao final da temporada.

Matt Patricia, Detroit Lions

Tal como outros ex-assistentes de Bill Belichick, Matt Patricia chegou com um bom trabalho feito no currículo mas um início complicado. Para piorar o contexto, a defesa do New England Patriots melhorou após sua saída e a do Detroit Lions piorou.

Em duas temporadas, Patricia acumula campanha de 9-22 – o que dá menos de 30% de aproveitamento. O Detroit Lions, por mais que não tenha um elenco cheio de estrelas, deveria ter tido desempenho melhor do que esse. O bom Draft feito pela equipe neste ano dá esperanças – mas se os Lions tiverem menos de seis vitórias, seu treinador pode colocar o lápis na orelha e voltar para a asa do Tio Bill.

Doug Marrone, Jacksonville Jaguars

Fazer previsões na NFL é algo complicado, porque trata-se de uma das ligas mais imprevisíveis do mundo. Esta, porém, parece bola cantada, dado que o Jacksonville Jaguars tem um dos elencos mais fracos da NFL. Como o time não investiu num quarterback após o fracasso da Operação Foles, a tendência – a menos que Gardner Minshew brilhe de maneira absurda – é que Marrone apenas seja o comandante de um Titanic que deve tankar rumo ao Draft 2021.

Adam Gase, New York Jets

Gase entra em apenas seu segundo ano como treinador do New York Jets e quase não lhe coloquei aqui. Mas o desempenho bem abaixo de Le’Veon Bell no ano passado e as manchetes que Jamal Adams anda aprontando criam um ambiente instável.

Ademais, o Miami Dolphins fez um trabalho competente no ano passado considerando o elenco que tinha, Brian Flores viu seu time melhorar na intertemporada – não seria surpresa se com isso equipe de Nova York terminasse o ano como pior campanha da AFC East. Nesse caso, a cabeça de Gase poderia rolar.

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