Quatro Descidas é a coluna semanal de Antony Curti sobre a NFL, publicada todas as segundas. São quatro assuntos de atualidades da liga. Para ler o índice completo da coluna, clique aqui. Abaixo, a coluna “falada” em versão podcast.
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1st and 10: Power Ranking pré-Semana 1
Modelo novo de PR que às vezes colocarei aqui, às vezes não – tudo depende do meu humor, do meu horóscopo e principalmente se vai ter espaço para tanto. Em vez de ranquear de 1 a 32, coisa que não tem praticidade e que acaba gastando espaço no seu cérebro com times que não brigam mais por playoffs, farei apenas duas prateleiras.
Sim, prateleiras. Qual a diferença do #3 para o #4? Às vezes é mínima e só serve para irritar alguns torcedores que reclamam por que o time X está abaixo do Y (e vice-versa). Então, tal como o fantasy e sua análise, vamos às prateleiras: favoritos e competidores – a ordem aqui não importa, então está como alfabética.
Favoritos: Baltimore, Green Bay, Kansas City, New Orleans, San Francisco, Seattle
Esta primeira prateleira contém os times que foram ao menos aos playoffs no ano passado e, exceção a Seattle, venceram suas divisões no ano passado – mas, lembrando, os Seahawks levaram a decisão à Semana 17 e contam com um quarterback de elite em Russell Wilson.
Talvez Green Bay poderia ficar de fora dessa lista pelas “vitórias feias” que apresentou no ano passado e pela ausência de reforços dignos para o corpo de wide receivers de Aaron Rodgers. Mas é justo que o melhor quarterback da NFC North tenha seu time com esse rótulo – e a defesa ajuda também.
No mais, elencos fortes – New Orleans/San Francisco – e Baltimore/Kansas City contam com isso e também máquinas de pontuar em Patrick Mahomes e Lamar Jackson. Os dois, aliás, têm em seu poder equipes que estão bem isoladas na AFC, que busca encontrar uma terceira força mais óbvia.

Vários times da AFC aqui brigando pelo rótulo que coloquei acima, o Tompa Brady Buccaneers, um Minnesota Vikings que perdeu peças mas que trouxe o bom Yannick Ngakoue para ser pareado com o subestimado Danielle Hunter: é uma prateleira interessante.
Em comum, todos esses times têm pontos fracos claros e/ou mudanças de 2019 para 2020 que nos fazem esperar um pouco antes de subi-los para a prateleira de favoritismo. Temos várias diarquias de divisões aqui também, como na AFC South (triunvirato, no caso), AFC East e NFC East: o rei-único que destoar nelas pode subir para a prateleira de cima a qualquer momento da temporada.
2nd and 9: A Classe de Quarterbacks de 2018, parte 3
2017 foi um ano um tanto quanto polarizado para a posição: Mitchell Trubisky foi colocado pela maioria dos analistas como primeiro da classe porque tinha um suposto piso de produção maior do que diamantes (e que diamantes) crus em Deshaun Watson em Patrick Mahomes. Três temporadas depois, Mahomes e Watson têm novos contratos e Trubisky, de quem falarei logo menos, não teve a opção de quinto ano ativada e setembro será decisivo para sua carreira.
O terceiro ano da classe de 2018 pode ser o ano que separará de vez o joio do trigo. Abaixo, as cinco escolhas de primeira rodada e o que fizeram até agora. Em CNTP não gosto da estatística de vitórias de quarterback mas para o contexto ilustrará bem.
Baker Mayfield, escolha #1, Cleveland (12-17): Brigou por calouro ofensivo do ano e afundou no ano passado – uma faca de dois gumes pela sua personalidade, que quando joga bem lhe potencializa e quando joga mal também potencializa isso. Com Kevin Stefanski chamando as jogadas, a seta “tá apontada pro xéu (LUXEMBURGO, 2018)”, mas toda cautela é pouco depois do empolgou do ano passado.
Sam Darnold, escolha #3, NY Jets (11-15): Altos e baixos em seu ano de calouro e a chegada da Grande Mente Ofensiva Adam Gase™ prometia uma melhora. 2019 para Darnold foi de pontos baixos equivalentes aos de 2020 para o resto da humanidade: mononucleose e a cena do Monday Night Football contra a potente defesa dos Patriots na qual Sam dizia “estar vendo fantasmas”. É um dos quarterbacks que entra com mais a provar neste ano.
Josh Allen, escolha #7, Buffalo (15-12): Mostrou uma surpreendente habilidade atlética com as pernas, algo que tinha flashes em Wyoming mas que não era sua principal virtude no college. A principal? O braço forte, que também apareceu várias vezes. O grande problema de Allen continua sendo aquele da época do Draft: um passe absurdo que quebra a internet e na sequência um screen que não consegue colocar a bola entre os números do recebedor. Consistência é a palavra-chave para Allen em 2020 e se ele mostrar isso os Bills podem voar – sua unidade defensiva lhe agradece.

Lamar Jackson, escolha #32, Baltimore (19-3, MVP de 2019): Mais de 1000 jardas terrestres no ano passado, quebrando o histórico recorde de quarerbacks que era de Michael Vick. Isso você já sabia, provavelmente. O que vou bater muito na tecla até grudar na cabeça de todo mundo: Lamar liderou a NFL em passes para touchdown. Quem tem algo a provar aqui são as defesas adversárias. Em tempo, vou repetir um comentário que fiz na transmissão do Draft em questão: Baltimore brilhou ao subir para a #32, porque Jackson terá a opção de quinto ano em seu contrato, algo exclusivo para escolhas de primeira rodada.
Fora Lamar – que precisa fazer muita coisa errada para ser contestado – e Rosen, os outros têm em 2020 uma oportunidade de se firmar. Como visto, foram altos e baixos para Baker, Darnold e Allen: qual é a versão que ficará em nossas memórias? Esta temporada deve ser o fiel da balança.
3rd and 4: O colapso de Josh Rosen
“As 9 equipes que não me escolheram vão se arrepender”. Uma frase que envelheceu mal, tal como os rumores de Josh Rosen antes do Draft de que não queria jogar pelos Browns – algo que ele negou depois. Rosen foi draftado pelo Arizona Cardinals em 2018 e sucumbiu no pior elenco da NFL naquela temporada. Novos sistemas, novos quarterbacks: Kliff Kingsbury chegou e precisava de um quarterback mais móvel para rodar o Air Raid – Rosen ficou dispensável com Kyler Murray chegando e foi para os Dolphins, o novo “pior elenco do ano” após os Cardinals terem esse prêmio em 2018.
Aí, Rosen já estava mentalmente quebrado. Ele teve outra chance em Miami e jogou mal. Não vou passar pano. Foi atrapalhado uma linha ofensiva fraca e um dos times com mais drops na temporada? Sim. Mas Ryan Fitzpatrick foi melhor – e nem teria como não ser pela analogia que farei a seguir.
Se você plantar uma semente de uma árvore num terreno infértil – Arizona, Miami – dificilmente ela vai germinar. Um cactos – Fitzpatrick, um veterano que passou por vários times e sabe se virar em ambientes inóspitos – já crescido e “experiente”, sabe. Boa parte dos quarterbacks de primeira rodada nos últimos anos teria um destino semelhante ao de Rosen se tivessem sido colocados nos ambientes que foram.
Claro, é um complicador – agora vejo isso de maneira clara – que Rosen nunca demonstrou uma real faísca de amor pelo futebol americano. Em sua terceira temporada e tendo sobrevivido com cicatrizes aos processos de “rumo ao top 5 do Draft” de Arizona e Miami, Josh foi cortado pelos Dolphins porque… Chegou um novo quarterback em Tua Tagovailoa e novamente ele virou dispensável. Passou incólume pelos waivers, com nenhuma equipe querendo herdar seu antigo contrato de primeira rodada. Acabou indo parar no time de treino do Tampa Bay Buccaneers – sendo que Blaine Gabbert está no elenco de 53 jogadores.
Exceção a um milagre, esse é o fim. Para quarterbacks, ainda mais os de primeira rodada, o practice squad é onde carreiras vão para morrer. Espero que não seja o caso, porque gostava muito de Rosen como prospecto, via realmente traços de Matt Ryan. Mas o Draft é um processo incerto e como John Lennon um dia escreveu, a vida é o que acontece quando você está fazendo outros planos.
4th and 1: Trubisky titular
Mesmo os Bears não tendo ativado a opção de quinto ano de Trubisky e tendo reestruturado o contrato de Foles de modo que o time se amarrou a ele até o fim de 2021, o camisa 10 foi eleito titular por Matt Nagy. O imponderável aconteceu e tentamos entender o que raios explica isso.
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