Depois de uma semana dura em termos de lesões, Kyle Shanahan provou a força do seu trabalho, mostrando que pode produzir mesmo sem seus principais nomes. Aaron Rodgers teve mais uma noite de fada, transformando abóboras em Cinderelas. Já em Chicago uma nova era está prestes a começar, para alegria do torcedor. O hype de um jovem quarterback foi contido e o Buffalo Bills trouxe fortes emoções para o seu torcedor pela segunda semana consecutiva. Confira nas 5 lições da semana 3 da NFL:
1- A força do San Francisco 49ers é a coletividade
Você que ouve nosso podcast ou que lê meus textos, já deve ter me visto dizer que o San Francisco 49ers é um time muito bem treinado. Isso se vê em momentos de dificuldade como nesta última rodada. Com muitos desfalques, incluindo seu quarterback Jimmy Garoppolo e o astro George Kittle, a equipe dominou o New York Giants e saiu vitorioso fora de casa. Se no primeiro tempo o equilíbrio prevaleceu, os ajustes do head coach Kyle Shanahan expuseram a defesa dos Giants no segundo.
O que se viu foi uma sucessão de jogadas positivas em screens, corridas e RPO’s. A defesa não cedeu nada – mesmo que o New York Giants não tenha poder de fogo, é algo notório fora de casa. Prova que a força do time está na filosofia, na cultura. Nomes se trocam, mas a eficiência segue a mesma.
2- A lenda de Nick Foles ressurge
Não é novidade para ninguém que Nick Foles é considerado “uma força da natureza” quando vem do banco de reservas. Afinal, foi assim que ele teve o grande momento de sua carreira, substituindo Carson Wentz nos playoffs e levando o Philadelphia Eagles ao título no Super Bowl LII. Depois disso, a tentativa de ser o titular em Jacksonville não deu certo e ele voltou a condição de Chicago Bears.
Era só isso que ele precisava: entrou numa fria, substituindo Mitchell Trubisky no terceiro quarto, com o time perdendo por 26 a 10. Não se intimidou, lançou para três touchdowns e virou o jogo. Nick Foles está de volta amigos.
3- Se você é cardíaco, não pode torcer para o Buffalo Bills
Seu time abre 28 a 3 no primeiro tempo. Contente, você decide ir comer algo e acaba tendo aquele problema clássico de domingo, o cochilo. Dorme por 40 minutos, afinal, a vitória se desenhava tranquila. Quando acorda, surpresa: o placar aponta 32 a 28 para oponente.
Pois, esse foi o domingo do torcedor do Buffalo Bills no jogo contra o Los Angeles Rams. E não para por aí: na campanha da virada teve terceira para vinte duas jardas e facemask do quarterback (!) Josh Allen num defensor. No fim, deu tudo certo e a virada veio faltando menos de 20 segundos.Na semana passada também a vitória veio numa virada no último quarto. Se o coração não estiver bem, o torcedor não aguenta até o fim da temporada.
4- Kyler Murray é muito bom, mas é preciso calma
Entendo a empolgação ao redor de Kyler Murray. O ataque do Arizona Cardinals é dinâmico e explosivo, sendo um dos mais divertidos de se assistir. Às duas boas vitórias nas semanas iniciais da temporada empolgaram e sua capacidade de produzir com as pernas trazem um extra ao ataque que é fundamental.
Mas como passador, ele tem um bom caminho a percorrer. Na derrota contra o Detroit Lions isso ficou ainda mais claro: passes forçados, jogadores abertos que não foram acionados, hesitação e decisões questionáveis. Após 3 rodadas, o quarterback tem mais interceptações que touchdowns. É preciso conter a empolgação ao redor do segundanista.
5- Aaron Rodgers está vivendo dias de Peyton Manning
Eu não estou exagerando. Quantas vezes vimos Peyton Manning conduzindo o Indianapolis Colts recheado de desconhecidos na posição de wide receiver e conseguindo fazer com que os mesmos fossem produtivos? É isso que Aaron Rodgers tem feito nessa temporada em Green Bay e a vitória contra o New Orleans Saints foi a prova. Num jogo sem Davante Adams, o camisa 12 completou passes para 8 recebedores diferentes, lançou para 3 touchdowns e levou sua equipe para mais uma vitória. Claro que o esquema de Matt LaFleur tem ajudado bastante, mas Rodgers vive dias dos mais áureos em campo nesse início de temporada.






