5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Destaque nessa semana para incrível virada do Pittsburgh Steelers sobre o Indianapolis Colts. Também são assuntos o crescimento do Baltimore Ravens na reta final e as falhas de Kliff Kingsbury no comando do Arizona Cardinals.
1. Nunca descarte os Steelers
Sabem aquele clima de Libertadores da América em que o time da casa ressurge fazendo dois gols depois dos 40 do segundo tempo para virar o jogo? Pois bem, foi visto na vitória do Pittsburgh Steelers sobre o Indianapolis Colts. De 24 a 7 para um 28 a 24, com todos os efeitos de drama merecidos. O ataque começou inoperante e a defesa vinha sofrendo com a alternância entre o jogo corrido e aéreo dos Colts. Sem nunca desistir, os Steelers deram a volta por cima na segunda etapa, conquistando uma vitória que lhes garantiu o título da AFC North. Não é a primeira vez que isso acontece com a franquia: nunca descarte o Pittsburgh Steelers enquanto o relógio não zerar.
2. Kingsbury precisa ser questionado
Quando a franquia entrega a chave da porta da frente para algum treinador, espera-se que ele tenha muita ciência do que está fazendo e traga resultados. Foi isso que o Arizona Cardinals fez com Kliff Kingsbury, porém, a contrapartida até o momento não é a esperada. Depois de draftar Kyler Murray em 2019 para rodar o sistema de Kingsbury e em 2020 trocar por DeAndre Hopkins, além de dar voz ativa nas decisões de formação de elenco, a expectativa é que os Cardinals tivessem mais força neste ponto da temporada.
Depois da derrota para o San Francisco 49ers, que teve C.J.Beathard como titular e é no restante um arremedo de jogadores após tantas lesões, Arizona não depende mais apenas de si para se classificar. Após a metade da temporada, o retrospecto é de três vitórias e cinco derrotas. As chamadas ofensivas são óbvias, funcionando mais pelo talento que pelo desenho. Kingsbury não consegue corrigir os problemas contra blitz de Murray. A verdade é que os Cardinals arriscaram num treinador que nunca teve uma grande carreira universitária e talvez seja a hora de pedir a chave da porta de volta.
3. Cousins é o menor dos culpados
Sempre que o Minnesota Vikings se encontra em situação difícil, muita coisa recai sobre os ombros do quarterback Kirk Cousins. Questionamentos em relação ao seu contrato, sua capacidade de ser decisivo e outras coisas aparecem. Em 2020, Cousins é o menor dos culpados: a defesa tem cedido quase 30 pontos por jogo. Contra o New Orleans Saints, no último suspiro da franquia na temporada, foram 52, com 583 jardas. Pelo chão, Alvin Kamara anotou incríveis 6 touchdowns. Cousins é também o quarto quarterback mais pressionado da liga e mesmo assim tem números dignos, com 32 touchdowns e 13 interceptações. Culpá-lo pelo desastre dos Vikings é injusto.
4. Ravens estão crescendo na hora certa
A expectativa é a mãe da decepção, já diz o ditado. Antes de a temporada começar, o Baltimore Ravens era considerado a grande ameaça ao Kansas City Chiefs na AFC. Quando a bola oval voou, a história foi diferente: Lamar Jackson não evoluiu como passador do jeito que se esperava, a fórmula ofensiva era ineficiente e a defesa por vezes ficou muito exposta. A crítica em torno da equipe comandada por John Harbaugh foi forte. Entretanto, nas quatro últimas semanas, o time melhorou muito, chegando a 4 vitórias seguidas. Lamar tem jogado melhor e os Ravens só dependem deles mesmo. Não existe hora melhor para crescer na temporada.
5. Haskins, apenas mais um
A oportunidade de ser um quarterback na NFL é coisa rara e cobra um preço caro: são necessárias horas de estudo, dedicação para evoluir tecnicamente e muito foco. Qualquer coisa que fuja disso fará o dono da chance ser exposto em rede nacional. É por isso que Dwayne Haskins passou neste domingo, contra o Carolina Panthers. Se o jogador de Washington era um bom prospecto saindo de Ohio State, a incapacidade de manter sua cabeça na carreira, como ao ser flagrado num strip club após perder para o Seattle Seahawks na última semana, reflete em campo: um desastre dentro das 4 linhas, Haskins será apenas mais um nome entre tantos que passam pela liga ano após ano.
