É hora de um novo começo no Atlanta Falcons. Após demitir Dan Quinn no meio da última temporada, que comandava a equipe desde 2015 e chegou ao Super Bowl LI, a franquia contratou Arthur Smith, coordenador ofensivo do Tennessee Titans nos dois últimos anos. Sua principal missão neste momento é mudar um estigma que persegue o time desde o já citado Super Bowl: o de amarelão. Após sofrer a maior virada da história da decisão, os fracassos em situações assim foram constantes. O termo “falconizada” passou a significar uma derrota improvável no final dos jogos e virar essa página é fundamental.
Para começo de trabalho, Smith já terá uma situação complicada para lidar: o problema na folha salarial. Os Falcons estão aproximadamente US$ 32 milhões acima do teto projetado para liga em 2021[foot] https://www.spotrac.com/nfl/cap/2021/[/foot] e terão que fazer os ajustes para resolver o problema. Por sorte, o novo general manager vem de uma equipe especialista em lidar com esse tipo de situação adversa: Terry Fontenot trabalhou por anos como assistente de Mickey Loomis no New Orleans Saints, onde a situação do cap preocupa anualmente e sempre acaba sendo resolvida.
O ataque é de boa qualidade
Claro que alguns cortes terão que acontecer e os principais candidatos são o safety Ricardo Allen e o defensive lineman Allen Bailey, que tem contratos com baixo dead cap[foot]Valor que fica atrelado a folha de pagamento do time, mesmo que corte ou troque o jogador.[/foot]. Mesmo assim, o elenco seguirá com uma base forte na maior parte dos setores, algo de se estranhar para quem vem de campanhas fracas: nos últimos três anos, nenhum retrospecto com mais vitórias que derrotas. Somadas as temporadas, foram apenas 18 vitórias, um aproveitamento de 37%, bem abaixo do esperado.
Na defesa, apesar da inconsistência das últimas temporadas, bons nomes formam uma base interessante. Grady Jarrett é um dos melhores jogadores de interior de linha defensiva da liga e até pela narrativa do time não disputar nada acaba sendo um pouco esquecido. Deion Jones é um linebacker sólido no meio do campo, com grande capacidade rastreando as zonas intermediárias e caçando a bola: desde sua chegada na NFL em 2016 são 11 interceptações e 38 passes desviados, um alto número para um jogador de sua posição. A secundária é o elo fraco: falta qualidade e nomes devem vir para unidade via Draft.
