5 lições, Finais: Não se vence Brady com jabs

O Green Bay Packers teve oportunidades para acertar Brady no queixo, mas o máximo que conseguiu foi alguns jabs, que no fim não impactaram o suficiente para bater o melhor de todos os tempos.

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Nesta semana o destaque fica por conta dos erros do Green Bay Packers, que lhe custaram a chance de bater o Tampa Bay Buccaneers. A importância de Travis Kelce e as polêmicas de arbitragem também são assuntos hoje.

1. Erros e covardia são fatais contra Brady

Longe de querer tirar o mérito do Tampa Bay Buccaneers e sua classificação ao Super Bowl. Acredito não existir nenhum ser humano vivo que tenha tanto espírito vencedor como Tom Brady. Independente de sua performance irregular no segundo tempo, ele está sempre no lugar certo para vencer. É como se tudo ao seu redor crescesse com sua simples presença. A defesa do time de Tampa fez um bom trabalho contendo os Packers e também merece seus louros.

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Entretanto, quando se enfrenta Brady e toda essa aura, você não pode errar. Para o azar do seu torcedor, Green Bay errou muito mais que podia. O touchdown cedido na última jogada do primeiro tempo é um crime. O fumble de Aaron Jones no começo do segundo tempo mudou toda dinâmica da partida. Em menos de 2 minutos em campo, Rodgers e cia. passaram de um déficit de 4 para 18 pontos. Quando estavam a 8 pontos, com pouco mais de 2 minutos, Matt LaFleur optou pelo field goal e devolveu a bola a Brady, num erro crasso. Você não vence Muhammad Ali expondo o queixo e tentando acertar jabs quando ele erra, Packers.

2. A arbitragem na NFL é péssima

A liga esportiva mais rica do mundo, que tem um nível de profissionalismo absurdo em tudo que a envolve, mas que curiosamente não torna profissionais seus árbitros. É irritante a negligência da NFL com uma questão vital como essa. No jogo entre Packers e Buccaneers, os juízes deixaram de marcar algumas faltas claras, em especial em favor do time de Green Bay.  Duas temporadas atrás, o New Orleans Saints foi operado contra o Los Angeles, também numa final da NFC. Até quando teremos que ver jogos incríveis como o deste domingo sempre com um asterisco em qualquer discussão?

3. Todd Bowles merece uma nova chance como treinador principal

Agressiva e eficiente, essa é a melhor definição da defesa do Tampa Bay Buccaneers nesta temporada. Claro que toda a volúpia atacando o quarterback com múltiplas blitzes cobra seu preço às vezes, mas é um risco calculado. Quando precisou, a unidade segurou Aaron Rodgers e manteve a vantagem na partida. Tudo isso tem um arquiteto: o coordenador Todd Bowles. Sua passagem pelo New York Jets como head coach não foi boa, mas ele faz por merecer uma nova oportunidade. Numa franquia menos atribulada e com uma direção mais firme, Bowles pode dar caldo comandando uma equipe.

4. Kelce é o recebedor mais importante da NFL

É preciso ler o subtítulo acima com atenção, para não se criar confusão. Travis Kelce não é o melhor recebedor da liga. Nomes como Davante Adams, DeAndre Hopkins e Stefon Diggs estão a sua frente tecnicamente, só que nenhum deles tem tanto impacto dentro de campo quanto o tight end do Kansas City Chiefs. Com seu tamanho e velocidade, ele cria constantes problemas aos coordenadores defensivos. A inteligência ocupando espaços é incrível, se tornando um zone killer [foot]Jogador que sabe se posicionar no espaço entre os defensores em coberturas por zona[/foot]. Quando a jogada precisa de improviso, ele está sempre no lugar certo para ser a opção para Patrick Mahomes. Já com a bola em mãos, se torna um produtivo corredor. Ninguém é mais impactante que Kelce entre os jogadores que recebem a bola hoje. Suas 13 recepções com 118 jardas e dois touchdowns contra o Buffalo Bills são a prova disso.

5. Velocidade é a chave nos Chiefs

Existe uma métrica chamada RAS, que significa Relative Athletic Score [foot]https://relativeathleticscores.com/[/foot], e é muito usada como parâmetro para comparar prospectos antes do Draft. Baseado nos seu tamanho, peso e posição, consegue se atribuir notas de 1 a 10 para todos os exercícios feitos no Combine, por exemplo. Na vitória sobre o Buffalo Bills, Mahomes teve como opções entre seus recebedores ativos Byron Pringle, Mecole Hardman, Travis Kelce e Tyreek Hill. O que todos tem em comum? Um RAS superior a 8, o que é excelente. Sammy Watkins, o desfalque da unidade, também se encaixa no padrão. Melhor que ter Mahomes, é ter ele e muita velocidade disponível.

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