Todos sabiam que seria um ano atípico devido às restrições financeiras causadas pela pandemia. Mesmo assim, chamou a atenção a ausência de contratações impactantes e notícias bombásticas, à exceção de uma ou outra movimentação mais interessante e digna de nota. No geral, o resumo da ópera até aqui são times e general managers agindo de maneira conservadora.
Deste modo, separamos as cinco maiores decepções da free agency 2021. Confira.
Indianapolis Colts
Os Colts de novo eram uma das franquias mais endinheiradas e de novo passaram quase em branco na free agency. Salvo as renovações de Marlon Mack e Xavier Rhodes e a aquisição do EDGE Isaac Rochell (quem?), não houve outras movimentações de destaque.
Tudo bem, é uma temporada de contenção dos gastos e salary cap encolhido, entretanto Indianapolis não precisa ser o campeão da austeridade financeira – conforme tem sido desde a chegada de Chris Ballard, aliás. O general manager poderia ter usado os 40 milhões livres na folha para tentar fechar alguns buracos importantes do plantel, principalmente nas posições de wide receiver, cornerback e offensive line.
Classe de wide receivers
Há algum tempo não víamos uma classe de recebedores despertar tão pouco interesse. Corey Davis foi o único dos principais nomes a assinar um contrato logo de cara, fechando com o New York Jets por três anos e 37,5 milhões de dólares. Kenny Golladay e JuJu Smith-Schuster, por outro lado, demoraram vários dias para arrumar um time – JuJu, inclusive, voltou ao Pittsburgh Steelers em um acordo modestíssimo de uma temporada e oito milhões.
Vale destacar também as idas de Will Fuller e Curtis Samuel respectivamente para Miami Dolphins e Washington, mas ainda assim ambos não estão na primeira prateleira da posição. De resto, só tivemos contratações pouco empolgantes como Nelson Agholor, Dorsett, Marvin Jones e A.J. Green. As tags aplicadas em Chris Godwin e Allen Robinson mataram o mercado.
Jacksonville Jaguars
Jacksonville tinha mais de 70 milhões livres na folha salarial antes da abertura do mercado, maior quantia da NFL. A franquia de fato gastou boa parte desse dinheiro com vários jogadores, contudo as aquisições ficaram bem aquém do imaginado, sobretudo para quem esperava vê-la indo atrás dos melhores nomes disponíveis.
Em suma, a classe de free agents dos Jaguars é composta por Shaquill Griffin, Marvin Jones Jr., Rayshawn Jenkins, Phillip Dorsett, Carlos Hyde, Roy Robertson-Harris e Chris Manhertz. É bem pouco em termos de agregar talento ao elenco. Isso indica que, depois de anos de gastança, Jacksonville está muito mais comprometido em construir a equipe via Draft e desenvolvendo seus jovens talentos, o que em si não é uma ideia ruim.
Ausência de trocas
Infelizmente as trocas bombásticas (Matthew Stafford, Jared Goff e Carson Wentz) acabaram ocorrendo todas em fevereiro e não sobrou quase nada para agora. Uma pena, pois as negociações de atletas no dia de abertura do mercado de free agents são muito divertidas, quase tanto quanto as trocas na primeira noite de Draft.
Para não dizer que não tivemos nada, houve a ida do center Rodney Houston ao Arizona Cardinals por uma escolha de 3ª rodada; o acordo que mandou o iDL Michael Brockers do Los Angeles Rams ao Detroit Lions; e a permuta feita entre Miami Dolphins e Houston Texans envolvendo picks e os defensores Shaq Lawson e Benardrick McKinney. Nada impede a existência de trocas maiores até o dia do Draft, mas por enquanto a NFL está bastante morna neste quesito.
Running backs
Completando a lista, temos a posição de running back, a única mais ignorada do que a de wide receiver. Embora seja uma classe relativamente boa em talento e repleta de jogadores consagrados, a procura foi mínima. Por exemplo, até a tarde de sexta-feira, Todd Gurley, Phillip Lindsay, Duke Johnson, Leonard Fournette, Le’Veon Bell e Chris Carson estavam sem emprego – Lindsay, em seguida, assinou com o Houston Texans. As exceções entre os principais nomes, aqueles que arrumaram trabalho rápido, foram Aaron Jones e Kenyan Drake.
Talvez as críticas dos nerds do Twitter tenham feito os general managers repensarem os gastos com corredores, talvez seja apenas um efeito temporário do salary cap menor, em todo o caso, há um excesso de running backs ainda disponíveis no mercado.
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