Mond, Trask: A segunda prateleira de quarterbacks no Draft

Nomes como Kellen Mond, Kyle Trask e Davis Mills são constantemente citados como prospectos de talento e que podem ser desenvolvidos para o futuro

Numa classe recheada de talentos que devem ser escolhidos na cabeça do Draft, os nomes da segunda prateleira da posição acabam ficando esquecidos. Volta e meia algum deles é falado, em especial para equipes que estão fora do top 15. Por muitas vezes, são citados como os famosos prospectos a serem desenvolvidos: se forem selecionados por alguma franquia que tenha paciência e uma boa comissão técnica, podem trazer frutos no futuro, apesar de imediato ainda não estarem prontos para jogar já. Pensando nisso, listei os 3 melhores fora do top 5.

Kyle Trask, Florida

Pontos fortes: Tem o biótipo clássico de um quarterback de NFL, com boa altura e peso. O braço tem talento, com força considerável. Sua precisão explorando passes rápidos e curtos é muito boa, conseguindo soltar a bola com velocidade interessante. Por ser menos atlético, aprendeu a lidar com o pocket e mostra boa presença escalando o mesmo.

Pontos fracos: Seu atleticismo é fraco e faz com que sua mobilidade seja prejudicada: isso implica na dificuldade em estender as jogadas, algo que pode ser problemático na NFL. Falta antecipação, precisando ver o alvo livre para lançar. Problemas grandes na mecânica, com base aberta e pouco uso do quadril, fazendo com que em bolas longas a mesma fique tempo demais no ar.

Possíveis pretendentes: New Orleans Saints, Tampa Bay Buccaneers, New England Patriots, Washington Football Team

Após assumir a posição de titular na universidade da Florida em 2019, Kyle Trask passou a ser um nome bem falado, em especial por conta da alta produção da unidade capitaneada por ele. Isso fez com que por vezes fosse cotado mais alto do que deveria. Mostra alguns bons atributos, mas precisará de bastante evolução técnica e sua limitação atlética pode ser um problema para dar o próximo passo.

Kellen Mond, Texas A&M

Pontos fortes: Atleticamente é um jogador interessante: tem boa altura, mas mesmo assim é veloz e sabe usar bem suas pernas, podendo ser colocado em read options ou corridas desenhadas. O braço tem força e consegue fazer lançamentos em profundidade. Sabe usar sua mobilidade para estender as jogadas fora do pocket e lançar em movimento.

Pontos fracos: Apesar de ter sido titular por 4 anos na SEC, sua tomada de decisão é inconsistente, errando muita coisa ao mínimo sinal de pressão. Problemas na mecânica fazem com que perca lançamentos fracos e obrigue os recebedores a se ajustarem. A antecipação é frágil, faltando conseguir enxergar a janela antes do recebedor aparecer nele.

Possíveis pretendentes: New England Patriots, Chicago Bears, Denver Broncos

Nos últimos 3 anos, muito se falou sobre Kellen Mond no College Football. Titular desde seu ano de novato em Texas A&M, sempre se esperava que ele explodisse no ano seguinte, coisa que nunca aconteceu. Mond teve bons anos, mas jamais atingiu o potencial esperado. Com problemas na mecânica e na tomada de decisão, precisará de um grande refino, sem ser jogado aos leões.

Davis Mills, Stanford

Pontos fortes: Acostumado a jogar em um sistema de pro-style, solta a bola rápido e identifica de maneira inteligente as coberturas mais comuns. Tira o peso da bola em passes no meio do campo, conseguindo encobrir os linebackers. Mostrou boa antecipação, enxergando os espaços na defesa e soltando a bola no momento da quebra do recebedor.

Pontos fracos: O braço é apenas sólido, tendo dificuldades em colocar velocidade nas bolas mais longas. Não é um grande atleta e terá problemas quando precisar estender as jogadas na NFL. Apesar de ter jogado em um sistema com progressões, por vezes pareceu ter panes, travando em um lado do campo. Por vezes se desespera com uma pressão que nem existe.

Possíveis pretendentes: New England Patriots, Washington Football Team, Las Vegas Raiders

Davis Mills é mais alardeado por vir de onde vem do que pelo que é. Jogador comum, ainda em desenvolvimento, o fato de ter jogado por Stanford, universidade que usa um sistema pro-style e que formou nomes como John Elway e Andrew Luck, empolga alguns analistas mais tradicionais. Trata-se de um prospecto que se tivesse mais um ano de College Football poderia chegar em melhor condições no Draft, mas hoje é um nome que precisará de um salto muito grande em seu jogo para NFL.

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