Com poucas escolhas, Seahawks fazem Draft mediano

Equipe comandada por Pete Carroll fez muitas trocas em 2020 que minaram seu capital de Draft. Com escolhas limitadas, equipe fez recrutamento regular e sem destaque.

Carroll

O começo da offseason do Seattle Seahawks não foi dos mais tranquilos. Tudo se inicia com a demissão de Brian Schottenheimer do cargo de coordenador ofensivo para a chegada de Shane Waldron: o head coach Pete Carroll dá declarações que o time deve voltar a correr mais com a bola, evitando o ataque vertical de 2020. Isso desagradou Russell Wilson, que em determinado momento até cogita ser trocado. No fim, panos quentes e Wilson ficou, evitando maiores transtornos.

O Draft foi discreto, até pela falta de escolhas: foram apenas três, o menor número entre todas equipes. As trocas por jogadores veteranos foi o motivo disso. A primeira e a terceira rodadas viraram o safety Jamal Adams, que também custou a primeira de 2022. Já algumas picks de dia 3 foram usadas nas contratações de Gabe Jackson, Quandre Diggs e Carlos Dunlap. Mesmo com pouco capital, dá para dizer que o Draft não foi como esperado: novamente o general manager John Schneider fez escolhas inusitadas e bem longe da preferência da maioria dos analistas e torcedores.

Escolhas no Draft 2021 pelo Seattle Seahawks

2ª rodada (56): D’Wayne Eskridge, WR, Western Michigan
4ª rodada (137): Tre Brown, CB, Oklahoma
6ª rodada (208): Stone Forsythe, OT, Florida

Ficando fora da primeira noite, a escolha dos Seahawks foi ansiosamente aguardada para o dia 2, afinal, com pouco capital de Draft, acertar nas oportunidades seria fundamental. Porém, para surpresa da maioria das pessoas a escolha na 56 foi o wide receiver D’Wayne Eskridge, da pequena Western Michigan. Não que ele seja um jogador ruim, mas outras opções melhores estavam disponíveis na posição. Deve vir para brigar pela vaga de terceiro recebedor, atuando no slot para evitar a pressão na linha de scrimmage. É veloz e pode produzir após a recepção, mas não é um jogador muito físico e precisará evoluir nas rotas.

No dia 3, Tre Brown é um cornerback que foge ao padrão de Pete Carroll: menor (tem apenas 1,78 m de altura), deve ser utilizado jogando como nickel. Selecionado na quarta rodada, não é dos mais velozes, entretanto mostrou em seu tape boa capacidade de jogar de forma física e bom radar da bola, terminando sua carreira universitária com 8 interceptações. Já na sexta rodada, Stone Forsythe foi um valor interessante: trata-se de um offensive tackle muito atlético e grande, mas que precisa evoluir em alguns pontos técnicos, como a proteção do peito na jogada. Se tudo der certo, pode se tornar um titular no futuro ou pelo menos um reserva de qualidade.

Melhor escolha: 6/208: Stone Forsythe, OT, Florida. Raramente se encontra bons offensive tackles nas rodadas finais, sendo a maioria projetos. É isso que se vê em Forsythe: muito potencial, em especial pela parte atlética acima da média. Grande e forte, o jogador vindo da universidade da Florida já mostrou alguns flashes de boa técnica, em especial na proteção ao passe. Precisará passar por um tempo de maturação, mas com Duane Brown e Brandon Shell em ano de contrato, pode aparecer em campo em 2022.

Escolha mais questionável: 2/56: D’Wayne Eskridge, WR, Western Michigan. Segunda rodada ainda é um ponto onde se escolhe jogadores com poucas dúvidas, mas Seattle não fez isso. Não é como se Eskridge fosse um péssimo jogador, longe disso, só que restam dúvidas sobre quanto tempo ele levará para ser um nome produtivo e que produza o que se pagou por ele. Além disso, é um atleta que já chega na NFL com 24 anos: para comparação, D.J. Moore, que está no quarto ano de contrato, é um ano mais jovem que ele.

Nota: Regular

Com poucas escolhas por conta da estratégia de atacar veteranos em trocas, não dá para classificar o Draft dos Seahawks como ruim, vide as poucas oportunidades de selecionar. Todavia, existiam melhores opções para os lugares de Eskridge e Brown, que poderiam tem impacto mais rápido, algo importante em especial na competitiva NFC West. A pick de Forsythe deixa as coisas mais amenas, com a perspectiva de conseguir um possível titular na escolha 208.

Para saber mais:
Deivis: Não despreze o Dia 3 do Draft
8 coisas que você precisa saber sobre o 2º e 3º dia do Draft
Escolhas sólidas garantem bom Draft dos 49ers

“odds