O trabalho sujo feito pelos offensive linemen muitas vezes acaba passando batido pelo público geral, seja porque eles não aparecem tanto na tela da televisão quanto os chamados “skill players”, seja porque é mais difícil avaliar seu nível de produção através de estatísticas – ao contrário, por exemplo, de um running back, o qual será facilmente medido via jardas totais, jardas por tentativa de corrida ou número de touchdowns.
Ainda assim, o êxito de qualquer equipe começa pelos seus bloqueadores, então nunca os subestime. Se as coisas estiverem mal nas trincheiras, pode apostar que também estarão mal no restante do ataque e tudo tende a desmoronar.
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Quenton Nelson segue doutrinando na NFL
Eleito três vezes First-team All-Pro em três anos de liga, o left guard teve apenas 19 penalidades aceitas contra ele e 3 sacks cedidos na carreira – a saber, são quase 2.000 snaps bloqueando para o passe. É um nível de domínio absurdo. No geral, a linha do Indianapolis Colts sofreu turbulências em 2020 por conta de lesões, porém Nelson continuou sendo o alicerce da unidade protegendo Philip Rivers e abrindo buracos ao jogo corrido.
Ele é tão dominante que Indianapolis cogitou transformá-lo em left tackle após a aposentadoria de Anthony Castonzo. Ao ser questionado a respeito, Nelson respondeu: “Eu realmente queria permanecer como left guard, mas faria o que o time pedisse”. Por sorte, os Colts contrataram Eric Fisher, left-tackle ex-Kansas City Chiefs, portanto não precisarão mudar seu atleta mais talentoso de posição.
Nelson parece fadado ao Hall da Fama, salvo alguma reviravolta bizarra em sua fantástica carreira. Ele chegará à temporada regular com o status de melhor offensive lineman da NFL e, tendo em vista seu contrato de calouro estar próximo do fim, não demorará para virar o guard mais bem pago da história do futebol americano.





