O chamado Comeback Player of The Year Award costuma premiar histórias de superação iguais à de Alex Smith, que voltou ao futebol americano depois de uma fratura seríssima na perna e meses de recuperação. A honraria, contudo, não é restrita a quem se machucou, podendo também ser entregue a atletas que retornaram à boa forma após um ano de baixo rendimento.
Selecionamos os cinco principais candidatos ao prêmio em 2021, destacando três nomes de ataque – ou melhor, quatro – e outros dois de defesa. A maioria são jogadores que lidaram com lesões, no entanto há uma notável exceção.
Dak Prescott, QB, Dallas Cowboys
Prescott é o favorito disparado nas casas de aposta a receber o prêmio, bem à frente dos segundos colocados Saquon Barkley, Joe Burrow e Christian McCaffrey. Faz total sentido, visto a recuperação da grave lesão no tornozelo estar de vento em popa e as altas expectativas em relação ao ataque do Dallas Cowboys. Na verdade, o quarterback merece ser encarado como um postulante até mesmo ao troféu de MVP e não só ao Comeback Player.
Dak somava 1856 jardas e nove touchdowns quando se machucou contra o New York Giants na semana 5. Manter a insana média de 371 jardas passadas por jogo é quase impossível, mas, de resto, não há motivo para acreditar que ele diminuirá o ritmo ao voltar à equipe.
Saquon Barkley e Christian McCaffrey, RBs, New York Giants e Carolina Panthers
Barkley e McCaffrey possuem candidaturas semelhantes ao prêmio, então vamos colocá-los juntos para não sermos redundantes. Ambos são corredores ultratalentosos, serão os pontos focais dos ataques dos seus times e terão uma carga enorme de trabalho em 2021. A diferença é apenas quanto as lesões sofridas no ano passado: Saquon rompeu o ligamento do joelho na semana 2, ao passo que o atleta dos Panthers conviveu com problemas no tornozelo, ombro e coxa durante a temporada inteira.
Não tivemos maiores atualizações sobre a situação de McCaffrey nos últimos meses, porém ninguém está falando que ele não estará pronto até setembro – provavelmente um bom sinal. Barkley, por sua vez, segue se recuperando bem e dentro do cronograma.
Carson Wentz, QB, Indianapolis Colts
Embora Joe Burrow esteja melhor avaliado nas odds de Las Vegas, vamos destacar Wentz porque ele é o grande postulante entre quem não se machucou em 2020. Ou seja, talvez uma volta por cima de alguém que simplesmente jogou mal; o último vencedor desse tipo foi Philip Rivers em 2013.
O novo quarterback dos Colts vem de uma temporada terrível, marcada por péssimo desempenho em campo e controvérsias fora dele com o técnico Doug Pederson. Wentz busca um recomeço em Indianapolis, onde terá um elenco de apoio mais qualificado e reencontrará Frank Reich, coordenador ofensivo dos Eagles quando a franquia conquistou o Super Bowl e Carson brigou pelo MVP. Difícil dizer se dará certo, entretanto não deve dar tão errado conforme seu derradeiro ano em Philadelphia.
Nick Bosa, EDGE, San Francisco 49ers
Jogadores de defesa ganham o Comeback Player de vez em nunca, tanto que foram somente três vencedores desde 2001: o linebacker Tedy Bruschi (2005), o EDGE Greg Ellis (2007) e o safety Eric Berry (2015). Nick Bosa procurará se juntar à lista após o frustrante rompimento de ligamento no joelho sofrido na semana 2, naquela fatídica partida diante do New York Jets na qual meio time dos 49ers se machucou.
Bosa havia tomado a NFL de assalto em sua temporada de calouro e era um sério candidato ao prêmio de melhor defensor do ano. De acordo com o próprio Kyle Shanahan, o EDGE deve estar pronto até o início do Training Camp, colocando-o em linha para retornar o mais cedo possível e assumir o papel de principal pass rusher da equipe.
Von Miller, EDGE, Denver Broncos
Von Miller corre por fora, contudo não pode ser descartado devido ao seu talento e a perspectiva de que a defesa dos Broncos seja muito competitiva em 2021, mesmo os problemas ofensivos limitando o potencial da franquia sonhar com título de divisão ou voos mais altos nos playoffs.
O EDGE de 32 anos de idade tentará repetir o feito de J.J. Watt, o qual voltou a atuar em alto nível depois de seguidas lesões sérias – Miller, no caso, rompeu um tendão do tornozelo no início de setembro e ficou seis meses em recuperação. Ele participou os OTAs no final de maio e, segundo informações, pareceu totalmente saudável e em forma.
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