Seahawks finalmente pagaram Adams

Jamal Adams chegou aos Seahawks a peso de ouro em 2020 e demorou pra ter seu contrato estendido. Perdê-lo tão cedo após um investimento tão alto seria um grande vexame, então Seattle fez certo em pagá-lo, mesmo que o valor possa soar caro

Em junho, Jamal Adams, safety do Seattle Seahawks, juntou-se a Aaron Rodgers, Xavien Howard, Chandler Jones e Stephon Gilmore na lista de estrelas que não se apresentaram ao início dos treinos obrigatórios de suas respectivas equipes. À exceção de Rodgers, que estava inconformado com o modo de operação da organização, todo mundo presumivelmente estava atrás de renovações e salários melhores.

O caso de Adams, no entanto, era o mais curioso. Adquirido ao preço astronômico de duas escolhas de 1ª rodada em 2020, o defensor demorou séculos para renovar seu contrato com a equipe, quando o normal – e certo – seria ter uma extensão já garantida antes mesmo de se confirmar a troca. É óbvio que perdê-lo no mercado não passava pela cabeça dos Seahawks, sobretudo por conta do alto custo de aquisição, então a renovação de contrato anunciada hoje, no valor de 4 anos e 70 milhões de dólares, foi correta.

Adams venceu a queda de braço

Joel Corry, ex-agente esportivo e atual analista do site CBS Sports, escreveu um texto interessantíssimo sobre a situação há uns meses atrás. Nele, Corry discorria a respeito de questões financeiras e contratuais capazes de emperrar o acordo e de possíveis razões pela qual ele estava demorando tanto para ser assinado.

Em relação ao valor do vínculo, Jamal não desejava ser pago apenas como safety, pois a função é proporcionalmente a pior remunerada entre todas as posições defensivas. Ele teria um argumento válido, afinal alinhou em todos os lugares em 2020, desde a secundária até a defensive line, inclusive sendo o pass rusher mais eficiente do time com 9 sacks. Remunerá-lo no padrão de um EDGE é loucura, porém ele podia argumentar em querer receber no mínimo como um linebacker devido à sua utilização e produção.

Além da possível controvérsia posicional, Adams estava brigando diretamente com um time conhecido por fazer jogo duro em relação a renovações contratuais, mesmo de suas maiores estrelas. A franquia, lembremos, já teve esse mesmo impasse antes de renovar com outros defensives backs, vide os casos de Kam Chancellor e Earl Thomas. Jamal, por sua vez, não escondeu a ambição de se tornar o defensor mais bem pago da sua equipe desde a época de New York Jets.

No final das contas, foi o safety quem venceu a queda de braço, até porque era ele quem tinha praticamente toda a vantagem na negociação. Era inimaginável um cenário no qual ele fosse trocado ou atingisse o mercado em 2023 (afinal, o uso da franchise tag em 2022 era óbvio) depois de tanta coisas que os Seahawks investiram para adquirir seus serviços. A média anual, de 17,5 milhões de dólares por temporada, supera Justin Simmons, do Denver Broncos, que liderava a posição com 15,25 milhões.

Seahawks acertaram ao não estenderem o problema

Os Seahawks não eram refém de Adams porque ainda existia um ano de vínculo e a equipe certamente usaria a franchise tag em 2022, portanto daria para segurá-lo tranquilamente por no mínimo duas temporadas, apesar de possíveis represálias por parte do jogador. Só que, ainda assim, a força na negociação era toda do jogador pelo tanto que Seattle pagou para o New York Jets.

Muita gente ainda torce o nariz para essa troca hoje em dia, imagine então se Jamal fosse embora na free agency após dois ou três anos. Seria um dos piores negócios da história da NFL, afinal quando tantos recursos assim são investidos em um reforço, a expectativa é ele fazer diferença dentro de campo e permanecer um tempo razoável no time.

Em suma, os Seahawks precisaram fazer algumas concessões que normalmente não fariam visando evitar o vexame de perder Adams tão rápido. Esse era o grande problema de não ter assinado uma extensão logo no momento da troca. Só que, agora com o acordo assinado, todo esse cenário catastrófico fica pra trás. Mesmo que o salário possa parecer alto, foi um bom movimento da franquia ao renovar logo e não deixar essa situação estender, ainda mais com o safety perdendo tempo precioso no training camp.

A renovação de Jamal era uma prioridade nesta intertemporada e que causou um pouco de distração em Seattle durante as primeiras semanas de treinamento. Agora que o impasse entre as duas partes foi finalmente resolvido, Adams e os Seahawks podem focar no que realmente interessa: a temporada.

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