Messias como head coach: por que não dá certo?

Na ânsia de replicar Belichick, times optam por procurar uma versão 2.0 do treinador e acreditam num sebastianismo messiânico ao dar a chave da franquia para quem ainda não fez por merecer

Um dos grandes dilemas das franquias da NFL é saber a hora e como recomeçar. Depois de um ciclo de insucessos, como identificar se é o momento certo de mudanças radicais e a quem confiar o novo projeto é sempre um dilema. Algumas acertam, fazendo um trabalho gradativo e estruturado, contratando um head coach que se alinhe ao general manager e tome decisões baseadas no futuro da franquia, sem cometer loucuras: o  resultado costuma ser positivo.

Entretanto, por vezes, a busca não é por um treinador e sim por um messias: com amplos poderes, a esperança é que ele tenha um toque de Midas, resolvendo os problemas em tempo recorde. Em geral, muitos cortes de veteranos são feitos, trocas estranhas e drafts controversos. Ao fim, nada dá muito certo e uma nova reestruturação é necessária. O salvador sai pela porta dos fundos e a franquia fica com enorme atraso. Separamos 4 casos em que isso aconteceu na NFL:

Adam Gase – Miami Dolphins

Muito elogiado por Peyton Manning pelos seus tempos como coordenador no Denver Broncos, Adam Gase chegou ao Miami Dolphisn em 2016 com pecha de inovador. O primeiro ano foi ótimo, com a equipe chegando a 10 vitórias e indo ao wild card. O problema é que na temporada seguinte, ele recebeu plenos poderes e se perdeu. O Draft de 2017 foi terrível e quando o time perdeu o quarterback Ryan Tannehill lesionado, ele foi atrás de Jay Cutler e o desempenho despencou, fazendo com que os Dolphins ficassem fora dos playoffs.

Jogadores reclamaram do comportamento inacessível do treinador, que segundo eles, fugia do contato e preferia mandar seus assistentes. No ano seguinte, ele resolveu dispensar Ndamukong Suh e trocar Jarvis Landry. O clima que já era ruim, piorou, com um ataque anêmico do ponto de vista tático. Ao fim do ano, Gase deu adeus a franquia da Florida, que começou uma reestruturação completa.

Namore alguém que te olhe como Josh McDaniels olhava para Tim Tebow

Josh McDaniels – Denver Broncos

O fim da era Mike Shanahan, treinador que venceu os dois primeiros Super Bowls do Denver Broncos, aconteceu em 2008, após a equipe não ir aos playoffs. Para temporada seguinte Brian Xanders foi promovido a general manager, mas quem mandaria mesmo na equipe era o recém-contratado head coach Josh McDaniels. Com 3 títulos no currículo comandando o ataque do New England Patriots, esperava-se que ele trouxesse a eficiência de Bill Belichick para o Colorado.

Deu tudo errado. McDaniels já chegou trocando Jay Cutler, que acabara de ir ao Pro Bowl, colocando Kyle Orton no seu lugar. O time começo com seis vitórias seguidas a temporada, mas depois da folga ficou 2-7 e fora da pós-temporada novamente. Já em 2010, trocou o wide receiver Brandon Marshall, selecionou Tim Tebow na primeira rodada do Draft e viu a equipe afundar, sendo demitido no começo de dezembro, com apenas 3 vitórias em 12 jogos. Saiu com fama de péssimo gestor de vestiário, com jogadores comemorando sua demissão.

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