Torcedores, calma. A imortal mensagem no placar eletrônico de São Januário deve ser o mantra dos fãs do New York Jets nesta hora. O quarterback Zach Wilson começou mal o Training Camp, enquanto Trey Lance e Justin Fields basicamente só ganham elogios de todo mundo. Teria a franquia outra vez apostado no cavalo errado e quebrado a cara? Calma, não é bem assim.
Analisando o desempenho do estreante ao longo da primeira semana de Training Camp, constataremos que ele alternou boas e más sessões de trabalho. “Esses momentos não têm preço para ele. Ele teve alguns momentos bons e obviamente alguns momentos de calouro. Ele terá muito tape para estudar”, disse o head coach Robert Saleh após o treino de sábado à noite, o pior até agora.
Nele, conforme os números extraoficiais compilados pelo insider Ralph Vacchiano, Wilson terminou com 11 de 24 passes completos, 112 jardas e duas interceptações, conduzindo o ataque titular a um único field goal durante sete campanhas contra a defesa titular. O ataque reserva, por sua vez, conseguiu anotar dois touchdowns sobre a defesa reserva, o primeiro lançado por James Morgan e o segundo, por Mike White.
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Dores de crescimento são normais, sobretudo em uma equipe em construção
New York ainda está montando uma base de jogadores e implantando as ideias de uma comissão técnica quase toda repaginada, o que inclui um técnico principal e um coordenador ofensivo estreantes. Essa é uma diferença importante em relação a Trey Lance ou Justin Fields, os quais foram draftados por times mais estáveis e em estágios bastante mais avançados de desenvolvimento.
“Muitas vezes hoje à noite nós não estávamos na mesma página. Eu preciso tomar decisões melhores. 95% do trabalho de um quarterback é tomar decisões”, disse Zach no sábado.
Vale lembrar que os Jets terão dois novos titulares na linha ofensiva e três wide receivers recém-chegados, todo mundo – inclusive quem sobrou de 2020 – tentando aprender o sistema do coordenador Mike LaFleur. Erros causados por desentendimentos e falta de comunicação são inevitáveis. Por exemplo, há relatos a respeito da ausência de química entre Wilson e Corey Davis, apesar do signal caller insistir na busca por uma conexão com o seu provável principal alvo da temporada. Esse tipo de problema é normal e somente será resolvido ou amenizado depois de dezenas de snaps de repetição.
Enfim, não é questão de passar pano. É apenas contextualizar as coisas. O próprio Wilson admite estar devendo: “Eu tenho altas expectativas sobre mim e esse ataque. Eu devo liderar esses caras, tomar melhores decisões. É claro que eu estou frustrado comigo mesmo, mas eu irei voltar à sala de filmes e descobrir o que eu posso aprender e melhorar a partir disso”.
No entanto, nem tudo foi ruim
Wilson também teve dificuldades em seu primeiro dia de Training Camp, contudo se recuperou e impressionou no segundo. Naquela ocasião, o quarterback mostrou boa sintonia com o wide receiver calouro Elijah Moore, a grande estrela do camp dos Jets até aqui. O auge foi um touchdown de 80 jardas recebido por Moore, após o passe viajar 40 jardas pelo ar. O lance arrancou gritos dos torcedores presentes e rendeu vários elogios a Zach.





