Vencedores da semana é a coluna semanal de Henrique Bulio, publicada como forma de resumir a rodada anterior – ou, até a temporada começar, os acontecimentos da semana da NFL. Clique aqui para conferir o índice da coluna.
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Tua Tagovailoa
A primeira coisa que chama a atenção quando se assiste Tagovailoa em campo é o quão confiante ele está jogando em 2021 – e a diferença que a confiança faz na cabeça de um quarterback é inexplicável, meus amigos. Tua não é mais um quarterback que aparenta estar enferrujado e só lança passes curtos: ele agora não tem medo de soltar o braço quando encontra janelas para tal, mostrando boa antecipação e precisão.
Fica claro que o atributo mais desenvolvido em relação ao ano anterior é a presença de pocket do segundanista, que lhe faz ganhar tempo importantíssimo ao estender a jogada por alguns décimos de segundo. O passe para anotar um touchdown com Myles Gaskin é perfeito nesse sentido, mostrando como ele escaneou seus primeiros alvos, evadiu a pressão e manteve os olhos no fundo do campo para conectar com Gaskin. Detalhes simples e sutis que evidenciam o quão mais forte ele vem em 2021.
Sam Eguavoen
Você raramente verá uma ocasião nessa coluna em que um mesmo time aparece duas vezes. Eguavoen, também dos Dolphins, forçou essa exceção com uma exibição magistral sobre o Atlanta Falcons, na qual ele anotou 4 sacks – sendo um deles um safety no terceiro quarto. O mais interessante disso é que ele vinha de uma semana na qual perdeu treinos por conta de um problema no joelho.
O linebacker é mais presente nos special teams da equipe e está em Miami desde 2019 após não ser draftado e ter uma passagem de três anos pela CFL. Para jogadores como Eguavoen, que estão na bolha e precisam garantir sua presença no elenco de 53, exibições como essas são essenciais. Titular em apenas 7 partidas nos 2 anos que esteve com os Dolphins, ele ao menos provou que merece mais chances.
Rodney Adams
Falando em histórias interessantes de jogadores que estão na bolha, Adams pode ser a grata surpresa do ataque do Chicago Bears na temporada. São agora duas semanas consecutivas produzindo grandes jogadas, incluindo esse touchdown de 73 jardas – e olha que na noite anterior ele dormiu no hospital porque estava no nascimento da filha.
Nesse momento, o grupo de recebedores dos Bears continua uma bagunça, já que jogadores como Javon Wims e Riley Ridley pouco apresentaram no nível profissional para garantir que merecem uma chance mais do que Adams. Allen Robinson e Damiere Byrd são certezas… e só. Adams, que chegou a se aposentar em 2018 e voltou dois anos depois, está fazendo o máximo de sua oportunidade em Chicago; a ascensão de um alvo de qualidade evidentemente é um alento ao desenvolvimento de Justin Fields.
Vic Fangio
Acho que a semana 2 mostrou que, dentro do que Fangio confia como uma fórmula efetiva de vencer jogos (defesa eficiente, ataque terrestre dominante, ataque aéreo levemente conservador), o Denver Broncos pode ser uma fortaleza. Teddy Bridgewater executou muito bem o sistema ofensivo nas partidas contra Minnesota Vikings e Seattle Seahawks, e a diferença para Drew Lock ficou bastante evidente no último sábado.
Os Broncos não precisam que Bridgewater seja uma superestrela considerando a força defensiva da equipe e a quantidade de alvos de qualidade que Denver possui. Eles precisam de um quarterback que cometa poucos turnovers e consiga entregar a bola em situações favoráveis para os playmakers da equipe. É exatamente o que eles terão em Bridgewater. Fangio sabe disso, e com certeza ficou satisfeito com o jogo em Seattle.
Baltimore Ravens
Pré-temporada não importa em termos de classificação para os playoffs, sabemos. Mas o recorde que os Ravens igualaram estava em vigor há quase 60 anos, quando o Green Bay Packers venceu 19 partidas consecutivas de pré-temporada entre 1959-62.
O que isso significa? Em termos de competitividade, nada, só que ainda é uma marca muito legal. Se a pré-temporada não importa tanto para os titulares, é sempre a chance da vida de alguns jogadores que treinaram anos e anos para ter uma oportunidade de impressionar no nível profissional. O próprio John Harbaugh falou que olha pra esse recorde pela ótica de que “tudo na vida tem um significado”. Em 28 de agosto, eles poderão quebrar essa marca ao enfrentar Washington.
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