Power Ranking, semana 1: Buccaneers e Chiefs sobrevivem estreias

Líderes do ranking tiveram dificuldade para vencer seus respectivos jogos de estreia, mas sobreviveram no fim das contas. Destaques ainda para as altas subidas de Saints e Chargers, assim como fortes quedas de Titans e Vikings

Estamos começando um Power Ranking semanal que será publicado durante toda a temporada nas terças-feiras. Se na edição da semana passada não tivemos muitas mudanças, uma semana de jogos alterou bastante os rankings – somente 3 dos 32 times mantiveram a mesma posição da edição pré-semana 1.

Power Rankings são bastante subjetivos, porém, a ideia dessa semana foi evitar reações exageradas depois de um jogo, porque, bem, foi apenas um jogo. Pra que o ranking ficasse mais claro, refleti as mudanças a partir de como eles estavam classificados na edição da última quarta-feira. Ou seja: os Packers, que estavam no top 5, não foram catapultados para a segunda metade depois de uma exibição bem ruim, assim como os Saints não surgiram do nada no top 5 depois da vitória.

O mais importante, como o Curti sempre lembra, é se apegar as prateleiras e não aos números, porque elas dão uma visão mais objetiva de qual o papel de cada time.

Lembrando:

Favorito: é plausível imaginar que eles estejam nas finais de conferência e brigam pelo Super Bowl.
Competidor: brigam e devem estar na pós-temporada, mas é um tiro mais longo que você mande no Whatsapp no seu grupo de amigos que um desses estará no Super Bowl sem que ninguém conteste.
Classe Média: precisam dos astros se alinhando para que haja uma briga forte pela divisão e ainda mais coisa boa acontecendo para brigarem por título. Há contestações óbvias e/ou buracos no elenco que precisam ser arrumados ou mitigados para que o sonho do Vince Lombardi se materialize. Na metade da temporada, esta categoria fica menor e vira “zebras”.
Partiu Draft: precisam de um milagre forte para que role uma classificação para a pós-temporada ou já estão matematicamente eliminados. Na prática, são as equipes que devem figurar no Top 10 do Draft 2022 por terem as piores campanhas de 2021 (as quais devem ser de mais derrotas do que vitórias)

Os favoritos

Eis times que considero favoritos – ou seja, é plausível imaginar que eles estejam nas finais de conferência ou levantando o Vince Lombardi em Los Angeles no meio de fevereiro.

1- Tampa Bay Buccaneers (=): Um início interessante para os Buccaneers, que tomaram um sufoco considerável do Dallas Cowboys na abertura da temporada e provaram algumas coisas sobre seu elenco, especialmente em relação à profundidade do mesmo: no ataque não faltam armas, na secundária a situação é preocupante se um dos titulares se machucar. Seja como for, Tampa Bay saiu vencedor sobre um bom adversário num dia em que estiveram longe de seu melhor.

2- Kansas City Chiefs (=): Semelhante aos atuais campeões, os Chiefs enfrentaram um adversário forte num dia bom. E venceram, especialmente porque Patrick Mahomes estava em um daqueles dias que ele parecia ter infinitos coelhos para tirar da cartola em situações difíceis. Preocupa o desempenho defensivo, e as 5.9 jardas por carregada dos Browns precisam servir de alerta. As voltas de Frank Clark e Willie Gay Jr. nas próximas semanas ajudarão o front.

3- Los Angeles Rams (+1): A estreia de Matthew Stafford produziu exatamente o efeito esperado, com o novo quarterback lançando dois touchdown em que a bola viajou ao menos 40 jardas no ar. Esse era o tipo de oportunidade que causava frustração quando Jared Goff, seu antecessor, não aproveitava. Vitória em horário nobre pra deixar claro que essa versão do Los Angeles Rams vem pra brigar.

4- Cleveland Browns (+2): Pensei muito na montagem desse ranking se os Browns deviam subir duas posições mesmo com uma derrota, mas considerando que tivemos o maior número de zebras na semana de abertura em 35 anos, colocar as derrotas de cada favorito em contexto justifica essa subida. Cleveland competiu de igual pra igual com Kansas City durante toda a partida, perdendo no detalhe em pleno Arrowhead. Derrota que causa uma sensação amarga no domingo, porém, que valida o sentimento de “podemos brigar com eles” quando se acorda na segunda de manhã.

5- Buffalo Bills (-2): Na seção de superfavoritos que decepcionaram na semana 1, os Bills tiveram um jogo complicado contra a fortíssima defesa dos Steelers, e a linha ofensiva sucumbiu frente à qualidade de T. J. Watt e seus companheiros. Depois de assistir essa partida, fico mais tranquilo com relação à Buffalo no longo prazo: não é todo time que vai conseguir aplicar o mesmo plano defensivo de Pittsburgh. Além do mais, Allen teve um dia ruim. Acontece, né?

6- Green Bay Packers (-1): O mesmo benefício da dúvida que os Bills receberam na posição acima será repetido com os Packers aqui: um dia bem ruim da equipe que, no fim, pode ser apenas um dia ruim, especialmente com Aaron Rodgers tendo bem menos tempo de treino com seus companheiros do que em relação à outros anos. Além do mais, esse ataque será completamente diferente quando David Bakhtiari voltar. Derrota forte, mas setembro é pouco importante para Green Bay.

Os desafiantes.

Eis os times que considero desafiantes – ou seja, brigam e devem estar na pós-temporada mas é um tiro mais longo que você mande no Whatsapp no seu grupo de amigos que um desses estará no Super Bowl sem que ninguém conteste.

7- Seattle Seahawks (+2): Os dois lados da bola impressionaram durante a vitória sobre o Indianapolis Colts: o novo ataque com Shane Waldron foi belíssimo, Wilson se mostrou em grande forma e o pass rush apareceu. Esse time briga, no mínimo, pela NFC West.

8- San Francisco 49ers (=): No quase-comeback do Detroit Lions no domingo, vejo mais como acidente de percurso do que como sinal de que algo está errado com o time de Kyle Shanahan, especialmente quando a secundária perdeu Jason Verrett (e já estava sem Emmanuel Moseley). O jogo contra o Philadelphia Eagles dará uma dimensão mais clara de como o time vem para 2021.

9- Arizona Cardinals (+2): Dos 9 primeiros times, 4 deles são membros da mesma divisão. Declaração de força dos Cardinals ao vencer os Titans de forma estrondosa em Tennessee. Kyler Murray anotou cinco touchdowns, Chandler Jones somou cinco sacks, a defesa contra o jogo terrestre se mostrou presente para limitar Derrick Henry durante todo o confronto. Jogos contra Vikings e Jaguars na próxima semana tendem a levar Arizona a um início 3-0.

10 – Miami Dolphins (+2): Vitória importantíssima sobre um rival direto, não só pela divisão mas também pelo wild card dentro da AFC – e vencer os Patriots depois de duas décadas de Tom Brady sempre dá uma moral a mais para Miami. Mais importante foi ver a força da defesa e a evolução de Tua Tagovailoa, dois trabalhos em progresso que mostraram sinais muito positivos em Foxborough. Se vencerem os Bills no domingo, os Dolphins estarão com uma ótima vantagem na briga pela divisão.

11- Baltimore Ravens (-1): É, não foi bonito não. Uma partida que o time deveria ter vencido com certa facilidade da maneira que o confronto se desenhou, mas os Ravens deram vários tiros no próprio pé e o resultado foi uma derrota na prorrogação. Na próxima semana, o confronto é contra o nêmesis dos últimos anos: Baltimore não vence Kansas City desde 2012.

12- Tennessee Titans (-5): É, não foi nada bonito não. Os dois lados da bola foram surrados pelo Arizona Cardinals e em momento algum os Titans pareceram capazes de vencer a partida. A última vez que Henry teve menos de 60 jardas terrestres durante uma partida havia sido na semana 4 de 2020 contra o Buffalo Bills. Sorte é que a corrida pela AFC South é completamente aberta esse ano.

13- Los Angeles Chargers (+4): Justin Herbert começou a temporada de onde parou a última: jogando em altíssimo nível e dando esperança ao torcedor dos Chargers. Contra uma das melhores defesas da liga e mesmo com uma arbitragem bastante questionável, Los Angeles arrancou uma vitória importantíssima para abrir o ano e dar moral antes de uma sequência dificílima de jogos.

14- New Orleans Saints (+6): O maior salto no power ranking após a semana 1 vem com méritos: Jameis Winston cuidou muito bem da bola, passou para cinco touchdowns e a defesa dizimou o ataque dos Packers ao longo de toda a partida. Foi uma exibição extremamente animadora em todos os sentidos: dá pra considerar esse time como uma possível surpresa na NFC se Winston mantiver longe de seu modo kamikaze

A Grande Classe Média

Eis os times que precisam dos astros se alinhando para que haja uma briga forte para chegar numa final de conferência ou vencer a divisão e ainda mais coisa boa acontecendo para brigarem por título. Há contestações óbvias e/ou buracos no elenco que precisam ser arrumados ou mitigados para que o sonho do Vince Lombardi se materialize. Vários abaixo podem e devem estar na pós-temporada.

15- Dallas Cowboys (-2): Estou bastante animado pra saber qual o teto desse time quando saudável. Os Cowboys não caíram aqui porque jogaram mal, foi uma exibição bastante animadora frente aos atuais campeões, só que Chargers e Saints saltaram com suas vitórias. De toda forma, esse ataque com Zack Martin tem tudo pra ser parte da elite da liga. A ver se o desempenho se manterá contra equipes menos potentes nas próximas semanas.

16- New England Patriots (-2): Dá pra ficar animado com a compostura que Mac Jones mostrou já na sua primeira partida como profissional e contra uma defesa muito forte. A medida em que Jones pegar mais cancha, o ataque deve crescer de produção gradativamente. A derrota veio nos detalhes, no entanto, vale o adendo: os running backs dos Patriots precisam cuidar (bem) melhor da bola.

17- Pittsburgh Steelers: (+2): Confesso que eu não esperava essa vitória dos Steelers. Não é problema admitir que estava errado, até porque o nível da defesa foi tão forte quanto a do ano passado. É outro time que a tendência é positiva para as semanas seguintes quando os jogadores assimilarem melhor os princípios ofensivos do coordenador Matt Canadá. Pra competir na AFC North, precisarão de toda a qualidade possível.

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