Curti: Mac Jones é parte do problema, mas McDaniels precisa ajudar seu calouro

Nenhum time converte menos campanhas na red zone para TDs do que os Patriots. Decisões questionáveis como corridas de Brandon Bolden e as chamadas mostram que o calouro é problema, mas não está sozinho no B.O.

A NFL é quarterbackcêntrica e todos nós sabemos disso. Quando um quarterback faz pirotecnias que dão certo, colocamos o jogador num pedestal. Quando há problemas, raramente nos perguntamos: e o elenco de apoio? E os treinadores? Afinal de contas, raramente temos apenas um motivo para o sucesso e apenas um motivo para a falha.

New England pode começar num buraco que seria difícil de se recuperar para atingir o possível sonho de pós-temporada. Esse sonho nasceu na Free Agency, em março, quando os Patriots gastaram mais de 100 milhões de dólares em dinheiro garantido. Depois, ficou solidificado com um quarterback que tem mais a “cara” do sistema patriota, quando na 15ª escolha geral, New England escolheu Mac Jones.

Do outro lado, Tom Brady e seu esquadrão bucaneiro chegam no Gillette Stadium com muito a provar. O time perdeu a “primeira colocação” da NFL ao ser derrotado na semana passada pelo Los Angeles Rams. Continuar forte aqui, dado que temos apenas uma folga por conferência nos playoffs, é missão importante. Provar a Bill Belichick que ainda há gasolina no tanque, ainda mais. Possivelmente afundar a temporada de Belichick? Conhecendo Tom Brady, isso pode ter um sabor a mais depois do divórcio.

Bill Belichick não começa uma temporada com campanha 1-3 desde 2001 – exatamente depois de uma derrota no segundo jogo de Tom Brady como titular dos Patriots. Depois da derrota na semana 3 contra Miami, New England perderia apenas mais dois jogos naquela temporada e venceria a divisão com 11-5 – eventualmente vencendo também o Super Bowl daquela temporada. Ou seja: há precedente de recuperação, mas não é como se fosse fácil nessa AFC East. Então, o time precisa de ajuda – especialmente no ataque.

Mac Jones precisa melhorar nos passes de mais de 10 jardas

Bom, não é como se estivéssemos surpresos, né? O quarterback do New England Patriots não faz um bom trabalho em profundidade neste ano. Mas, sendo sincero, é o que esperávamos. Aqui o relatório que o Deivis escreveu antes do Draft: “seu braço não é dos mais fortes e pode ter problemas quando for exigido em profundidade. Pouco atlético, não é uma ameaça com as pernas e sua mobilidade é limitada – com isso, sofreria na NFL para estender jogadas. Poderia usar mais o quadril para gerar torque”.

Em lançamentos para mais de 10 jardas, Jones tem 39,5% de passes completos, o 31º da liga. Nesses, ele soma um touchdown e duas interceptações – a razão TD/INT é a 23ª da NFL. Quando ele está pressionado, tal como na primeira interceptação do jogo contra New Orleans no domingo, os números são ainda piores. A porcentagem de passes completos cai para 18,8%, 31º da NFL – e Mac acaba somando 3,69 jardas por tentativa. É bem ruim.

Mas Josh McDaniels precisa ajudar também (especialmente na red zone)

Ok, então vamos lá: se Mac Jones não tem braço forte e, tal como qualquer calouro, terá dificuldade de ler a defesa no nível e velocidade que ela se apresenta na NFL. Um problema nítido ao assistir o quarterback dos Patriots neste momento é a dificuldade de antecipação. Ele espera a janela aparecer e aí passa a bola. É aí que McDaniels precisa entrar para ajudar e colocar seu calouro em chances melhores.

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