5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
Uma ida ao Super Bowl é plenamente plausível para os Chargers
Numa partida daquelas de parar o coração, o Los Angeles Chargers bateu o Cleveland Browns e confirmou que pode sim, pensar em voos maiores em 2021. É o segundo favorito da conferência que o time bate, já que semanas atrás passou pelo Kansas City Chiefs. Impressionou a capacidade de não desistir ou se abater por nenhum momento, sabendo lidar com conversões cruciais como 3 quartas descidas, além de outra convertida por uma falta de Cleveland. Novamente o treinador Brandon Staley provou ser um nome forte da nova geração, fazendo com que sua equipe jogasse de forma agressiva e com mentalidade vitoriosa.
Isso não seria possível sem a participação de Justin Herbert: o segundanista parece um veterano com muitos anos de NFL, enfrentando situações adversas com calma e eficiência. Foram 400 jardas e 4 touchdowns, além de um corrido, contra os Browns. Agora já são 13 às vezes em que Herbert lançou a bola para end zone neste ano e o camisa 10 se coloca como um dos favoritos na corrida pelo prêmio de MVP. Nem o torcedor mais otimista dos Chargers podia imaginar um começo de temporada tão bom como esse.
A performanc pouco importa: é a hora de Trey Lance
Jimmy Garoppolo não é um quarterback ruim: pelo contrário, ele faz seu trabalho de maneira sólida e comete poucos erros. Entretanto, Jimmy é aquela música instrumental, que toca no bar enquanto as pessoas conversam: ninguém vai levantar para dançar por causa delas. Trey Lance não: ele traz uma energia diferente, mesmo com os erros. É claro que o torcedor por vezes ficará irritado, como na interceptação sofrida no começo do jogo contra o Arizona Cardinals, mas o calouro traz atleticismo – foram quase 100 jardas terrestres – e capacidade de usar o fundo do campo, coisas que Garoppolo não tem.
Além disso, o antigo titular vive machucado e a equipe nunca sabe quando poderá contar com ele. É começada uma nova era em San Francisco e ela era promissora, independente da derrota nesta semana. Otimismo se faz necessário.
Não ter pago Adams foi um erro enorme dos Packers
Em meio a todas as polêmicas da intertemporada do Green Bay Packers envolvendo Aaron Rodgers, uma acabou recebendo pouca atenção: a não-renovação de contrato do wide receiver Davante Adams. Com isso, o recebedor está no último ano de seu vínculo com a franquia de Wisconsin. O problema aqui é financeiro: jogando como vem em 2021, Adams custará ainda mais caro. Sua performance de mais de 200 jardas na dura vitória contra o Cincinnati Bengals, só mostra que ele é hoje o melhor da posição na NFL e merece receber como tal. Caso Rodgers deixe o time ao fim da temporada como é especulado, os Packers terão ainda que batalhar para convencer o jogador que vale a pena ficar, mesmo sem o quarterback.
É preciso falar de Harold Landry
Narrativas sempre pesam na NFL. Jogadores de talento por vezes acabam recebendo menos atenção que o merecido pelo desempenho coletivo de sua equipe e até mesmo por estarem em um mercado menor. Esse é o caso do EDGE Harold Landry, do Tennessee Titans. Pesa contra ele o desempenho fraco da defesa como um todo, ofuscando seu nível de jogo em 2021, que tem sido de elite. Na vitória contra o Jacksonville Jaguars, foram 2 sacks e mais 3 pressões, além de 7 tackles, sendo 2 para perda de jardas. O defensor dos Titans está entre os 5 melhores pressionando o o quarterback e merece mais crédito, mesmo que seus companheiros de time não o ajudem.
Seattle Seahawks: seja bem-vindo ao Draft
Pior que perder para um rival de divisão, é ver sua temporada ir pelo ralo na mesma noite. Foi isso que aconteceu com o Seattle Seahawks contra o Los Angeles: além de engolir uma derrota, perdeu Russell Wilson, que precisou operar o dedo e ficará pelo menos 6 semanas de fora. Com a defesa jogando num nível muito baixo, em especial cobrindo o passe, Seattle será engolido na forte NFC West. Os boatos que Wilson pedirá troca na intertemporada ficam cada vez mais fortes, como informado por Jay Glazer da Fox Sports, no pré-jogo.
Pensar no Draft não é exagero, mas aí vem a forte lembrança: o time não tem escolha de primeira rodada, já usou a mesma para trocar por Jamal Adams, num dos movimentos mais caros e sem sentido dos últimos tempos. Talvez pensar num futuro sem Pete Carroll e John Schneider também seja uma boa, mas isso é assunto mais para frente.
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