O Green Bay Packers está tendo um início de temporada comum sob a era Aaron Rodgers: 4 vitórias em 5 jogos, liderança isolada da NFC North e a sensação de que o time é um dos candidatos ao Super Bowl. Só que, em alguns momentos dessas vitórias, a impressão que ficou é de que os Packers não estavam dominando tanto seus adversários quanto deveriam, apesar de saírem com a vitória no fim.
Nada disso é um problema nesse momento, já que estamos apenas na semana 6. Enquanto Green Bay não entra na sexta marcha durante a temporada, o time está acumulando vitórias o suficiente para ficar tranquilo na briga por vaga nos playoffs. Quando as superestrelas da equipe voltarem, provavelmente veremos os Packers ainda mais fortes na segunda metade de 2021, e times que crescem de produção a partir de novembro tendem a ter sucesso jogando em janeiro e fevereiro.
Rodgers e Adams segurando as pontas
Desde que a temporada começou, a lista de lesões em Green Bay não é nada pequena. Jogadores importantes dos dois lados da bola perderam uma quantidade importante de jogos: David Bakhtiari, Elgton Jenkins, Marquez Valdes-Scantling são alguns que ficaram de fora no ataque, enquanto que Za’Darius Smith e Jaire Alexander já foram alocados para a injured reserve.
A profundidade do elenco dos Packers foi bastante testada nesse início de 2021 e, passadas as cinco primeiras semanas, dá pra dizer que o time foi aprovado no teste. A linha ofensiva é quem merece maiores elogios: no jogo contra o Cincinnati Bengals, por exemplo, três dos cinco titulares estavam fora de ação, só que Rodgers foi sackado apenas duas vezes e, depois de alguns ajustes no segundo quarto, quase não foi pressionado na partida inteira.
A linha está segurando muito bem as pontas mesmo com tantos desfalques. Na métrica Pass Block Win Rate, os Packers seguram seus bloqueios em jogadas de passe por 67% das vezes, a terceira maior marca da liga[foot]ESPN[/foot]; nos bloqueios para a corrida, 72% das vezes, bom o suficiente para a 10ª colocação. Sem Bakhtiari, Jenkins e Myers, reservas como Jon Runyan Jr e Royce Newman deram conta do recado. Não foi perfeito, mas o suficiente.
Enfim, existem outros exemplos de jogadores que estão segurando bem as pontas para a equipe, porém, os dois maiores responsáveis pela boa campanha até o momento são justamente os dois de quem mais se espera: Aaron Rodgers e Davante Adams continuam com a mesma conexão dominante do ano passado, quando já eram a melhor dupla da NFL, e entregam produção nos momentos que o time mais precisa: Adams teve mais de 200 jardas recebidas contra os Bengals, e não dá pra esquecer da campanha final na virada heróica contra o San Francisco 49ers na semana 3.
Em jogos em que essa dupla está afiada, Green Bay já tem capacidade suficiente de ganhar pelo menos uns 8 ou 9 jogos na temporada. Está longe de ser ideal, até porque quando você tem Aaron Rodgers de quarterback, as expectativas nunca são apenas de classificação para os playoffs. Por sorte dos Packers, 2021 pode ficar ainda melhor.
Packers saudáveis estão na lista de favoritos
Pra quem leu as edições recentes do Power Ranking, falei nelas que achava que o melhor de Green Bay está por vir. A tendência é que várias das estrelas da equipe – Smith, Alexander, Bakhtiari, Jenkins – estejam de volta a campo na segunda metade do ano, e se não estiverem 100% naquele momento, terão jogos suficientes para pegar ritmo pensando em janeiro.
A vantagem na divisão é de apenas um jogo, mas comparando a força de todos os times, é improvável que os Packers percam o título da NFC North. A equipe até tem uns jogos difíceis pela frente na tabela, só que o panorama geral é de amplo favoritismo; com todo mundo saudável, dá pra engrenar bem ali.
É muito mais importante finalizar bem a temporada regular do que começar de forma perfeita. Não precisa ir muito longe pra perceber isso: o Pittsburgh Steelers de 2020 começou 11-0 e caiu no wild card, enquanto o Tampa Bay Buccaneers venceu os últimos quatro jogos e embalou na hora perfeita para jogar bem nos playoffs e conquistar o título.
Os Packers são um dos favoritos e estão confirmando as boas expectativas sem nem estarem com o time completo. Quando isso acontecer – e, claro, se os grandes jogadores estiverem prontos para contribuir da forma que se espera deles -, Green Bay estará no caminho ideal para uma campanha duradoura em janeiro. Talento pra isso não falta.
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