Vencedores e Perdedores é a coluna de superlativos para você saber quem tem cotação pra cima e quem tem cotação para baixo depois de cada domingo de NFL. Para ler o índice da coluna, clique aqui.
Semana mais interessante do que as últimas duas. Teve jogo com final bizarro, surpresa, prorrogação, quarterback reserva surpreendendo e derrubando time favorito mais de uma vez, enfim, tudo de mais legal. Vamos aos Vencedores e Perdedores da semana 8:
Vencedores:
Sean Payton, head coach, New Orleans Saints: Acredito honestamente que essa é uma das melhores vitórias da carreira de Sean Payton. Vencer o atual campeão da NFL, que possui um elenco melhor e mais profundo, com seu terceiro quarterback em campo, é um feito para pouquíssimos. Payton assumiu muito bem o papel de zebra e foi agressivo, sabendo que não tinha nada a perder, arriscando uma porção de quartas descidas e não retraindo o ataque quando Trevor Siemian entrou em campo. Há algum trabalho a ser feito agora, já que Jameis Winston sofreu uma ruptura dos ligamentos do joelho.
Mike White, quarterback, New York Jets: O primeiro quarterback do New York Jets a passar para mais de 400 jardas numa partida desde Vinny Testaverde em 2000. Quando White passou pelo seu processo pré-Draft, o comentário geral era de que ele tinha um bom braço para a NFL, mas não contava com precisão nem consistência para ser titular na liga. Ontem: mais de 80% dos passes completos, 405 jardas e 3 touchdowns. Brilhante para um quarterback reserva que nunca tinha sido titular na NFL.
Adrian Phillips, safety, New England Patriots: Não é exatamente o jogador mais consistente da defesa dos Patriots, porém Phillips foi essencial na vitória surpreendente de New England no domingo, patrulhando bem o fundo do campo e anotando duas interceptações contra sua ex-equipe, uma delas uma pick-six para dar a vantagem no placar no último quarto. Phillips está crescendo de produção a cada dia e sua quantidade de snaps reflete isso: de 61% dos snaps na semana 1 para 92% na semana 8.
Geno Smith, quarterback, Seattle Seahawks: Exibição muito mais segura e consistente de Geno na semana 8, deixando pra trás os fantasmas dos jogos passados e liderando muito bem um ataque que não teve problemas contra uma defesa fraca, é bem verdade, do Jacksonville Jaguars. Em certo momento da partida, Smith tinha 14 passes completos de forma consecutiva. Ele jogou verdadeiramente bem no domingo e manteve acesa a chama de playoffs até Russell Wilson voltar depois da semana de folga.
A.J. Brown, wide receiver, Tennessee Titans: O agora líder da AFC Tennessee Titans viu seu principal recebedor voltar a sua melhor forma nas últimas três semanas. 130 jardas nas primeiras 5 semanas, 379 apenas nas últimas três, exatamente quando os Titans mais precisavam, já que Julio Jones continua tendo problemas com uma lesão na coxa e não esteve em campo. Brown vai precisar ser ainda mais importante agora, já que Derrick Henry está fora da temporada com uma lesão no pé sofrida durante o jogo contra o Indianapolis Colts.
Justin Fields, quarterback, Chicago Bears: Caramba, hein. Quem diria que colocar seu quarterback ultra talentoso em posição de utilizar melhor seu talento fosse dar resultados? De longe a melhor exibição de Fields até então porque o ataque e as chamadas foram muito melhores do que com Matt Nagy na sideline. Efetivo tanto pelo ar quanto por terra e achei que, até mesmo na interceptação no fim do jogo, o passe foi bom.
Perdedores:
Carson Wentz, quarterback, Indianapolis Colts: Existe um sentimento bem peculiar quando você assiste Carson Wentz em campo: você fica esperando de qual forma ele vai cometer um turnover bizarro naquela partida. É quase que assistir Jameis Winston na época de Tampa Bay Buccaneers. No jogo mais importante da temporada contra um rival divisional, Wentz fez questão de reafirmar essa teoria justamente no final do último quarto, coroando a atuação ruim com uma interceptação na prorrogação. São erros que um jogador no sexto ano de NFL já deveria ter corrigido há muito tempo.
Baker Mayfield, quarterback, Cleveland Browns: Lembra quando a gente pintava os Browns como o grande favorito na AFC North? Pois é, chegamos a metade da temporada e eles estão em último na divisão, especialmente porque o ataque aéreo não consegue produzir nada. Mayfield não está se ajudando com relação ao novo contrato depois dessa temporada, mesmo que as lesões estejam dificultando sua produção. A palavra que melhor define Baker nesse momento é insosso.
Ron Rivera, head coach, Washington: Decepção da temporada, talvez? Washington é um time inconsistente, mal-treinado e que joga muito abaixo do seu potencial. Até mesmo as duas vitórias desse ano foram bem menos do que impressionantes: foi só o nível dos times adversários subir um pouquinho que ficou claro o quão abaixo da expectativa está a equipe. Taylor Heinicke não é a resposta.
Mike Zimmer, head coach, Minnesota Vikings: Eu não sei como defender um treinador que perde pra Cooper Rush em casa no horário nobre. Os Vikings passaram a semana inteira se preparando apenas para Dak Prescott e, bem, o resultado a gente viu.
Sétimo seed da NFC: Aliás, já que a gente tá falando dos Vikings, já olhou para a bagunça que está a briga pela última vaga de wild card na NFC? Hoje essa vaga seria do Carolina Panthers, mas do 7º ao 13º na conferência, a diferença é de apenas um jogo. Equilíbrio? Sim, mas não necessariamente de um jeito bom: tirando o 4-4 dos Panthers, todos os outros times estão com campanhas negativas. É uma batalha nivelada muito por baixo.
Matt Nagy, head coach, Chicago Bears: Não é culpa de Nagy, que está afastado após testar positivo para COVID-19, que a defesa não conseguiu dar uma resposta ao ataque dos 49ers no segundo tempo. Só que é impossível deixar de comparar o quão melhor foi o ataque justamente na semana em que ele esteve afastado dos trabalhos, especialmente no que diz respeito as chamadas para explorar o talento de Fields. A paciência em Chicago está derretendo.
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