Uma coisa que qualquer equipe precisa para ser temida na NFL é consistência. Sim, o equilíbrio é enorme na liga e tropeços vão acontecer. Porém, quando se tem talento em quantidade suficiente para ser olhado como um time candidato a coisas maiores, não se pode ficar perdendo jogos para adversários medianos. É simples: se você não encontra uma rota de vitórias, você acaba na mesma prateleira dos que o derrotaram. Sabem aquele papo de que o campeonato é longo, ainda dá tempo, que tantos vemos em times que acabam rebaixados no futebol da bola redonda? Vale para briga pelos playoffs na NFL.
Olhando assim, o Los Angeles Chargers aceita mediocridade e brigar pelo lugar-comum. A derrota para o Denver Broncos, joga a equipe no mesmo buraco que inúmeros times da AFC, inclusive da sua própria divisão. Claro que os Broncos tem seus méritos na partida: defensivamente foi uma grande performance, em especial do cornerback Patrick Surtain, que conseguiu duas interceptações e retornou uma delas para touchdown. Mas olhando as peças-chaves e a quantidade de talento, os Chargers precisavam vencer esse tipo de jogo. Até quando o time viverá de fagulhas de brilhantismo?
A roda tem que girar por completo
Nenhuma equipe funciona por partes. Tal qual um carro, todas as engrenagens precisam estar funcionando de forma simultânea para que ele rode de maneira tranquila. Nos Chargers parece que tem sempre um pneu careca ou uma pastilha de freio que não foi trocada: o time nunca sai da revisão completamente pronto. Contra o Denver Broncos, mais uma amostra que não dá confiar em Los Angeles. A derrota deixa a franquia em situação mais complicada que deveria e é uma desilusão na empolgação de que as coisas estavam entrando nos eixos.
Contra Denver, foi Justin Herbert e a unidade ofensiva que emperraram. Não é a primeira vez isso acontece quando se defrontam com uma defesa muito física do outro lado: foi assim que Baltimore Ravens e New England Patriots sobrepujaram os Chargers. É como se os recebedores de Los Angeles não conseguissem criar espaço contra esse tipo de situação. E aí nós vemos o pior de Herbert aparecendo: ele ainda não desenvolveu a paciência necessária quando isso acontece e começa a querer forçar bolas em janelas que não deveria. Herbert é um excelente quarterback, mas precisa amadurecer esse ponto e se preocupar mais com ajustes, com o controle da linha de scrimmage, do qualquer outra coisa.
