Vencedores e Perdedores é a coluna de superlativos para você saber quem tem cotação pra cima e quem tem cotação para baixo depois de cada domingo de NFL. Para ler o índice da coluna, clique aqui.
Vencedores:
Aaron Rodgers, QB, Green Bay Packers: Em grande temporada pelo Chicago Bears e mais uma vez entre os EDGEs que mais pressionam o quarterback adversário, Robert Quinn comemorou um sack em Aaron Rodgers no primeiro tempo… Imitando sua comemoração. Cedo demais para fazer isso. Com os sempre bons ajustes de Matt LaFleur no segundo tempo, Rodgers e os Packers vieram com tudo e mesmo com um time de especialistas digno dos Trapalhões, a vitória ficou na mão do time: novo primeiro cabeça de chave da Conferência Nacional.
Matt Stafford, QB, Los Angeles Rams: Poderia colocar outros nomes aqui, como Sean McBay, Darious Williams (que jogou muito na ausência de Jalen Ramsey), Aaron Donald (que jogou bem melhor do que no primeiro jogo contra Arizona), mas a verdade é que é para esse tipo de jogo que Stafford foi contratado via troca na última intertemporada. Monday Night Football, precisando vencer para afastar a crise de meio-temporada, desfalque pra tudo quanto é lado. E ele jogou. Rodou o play-action como esperamos que aconteça em LA: 7-8 para 128 jardas e um touchdown. Nenhuma interceptação. É para isso que o time lhe trouxe.
Justin Herbert, QB, Los Angeles Chargers: Estamos bem quarterbackcêntricos hoje, não? Mas realmente precisamos colocar Herbert aqui, porque como disse antes, os Chargers vão até onde Herbert permitir. E ele está permitindo bastante coisa viu. Domingo teve touchdown com 65 jardas no ar, um jogo limpo sem interceptações… Enfim, já sei que você falará que foi contra os Giants, mas lembremos que essa defesa de Nova York não é uma várzea completa não. Quinta tem “final” da AFC West. Se os Chargers vencerem, lideram a divisão.
Frank Clark e Chris Jones, EDGE/iDL, Kansas City Chiefs: O ataque foi eficiente, mas a defesa mais uma vez venceu o jogo para os Chiefs. Clark e Jones somaram para 12 pressões em Derek Carr no domingo – fator importante para a vitória do time. Algo que mudou bastante na equipe foi justamente isso: ela voltou a pressionar o quarterback como fazia no ano passado. Isso passa diretamente pelos dois.
Russell Wilson, QB, Seattle Seahawks: O rótulo de “ELITE” foi colocado em xeque por alguns nas últimas semanas, mas fiz questão de lembrar: o cara tá longe de estar inteiro. Nas duas últimas semanas, consideravelmente mais saudável, Wilson teve amparo do jogo terrestre mas, principalmente, conseguiu colocar as bolas em profundidade onde esperamos que ele coloque. 7 passes completos para mais de 10 jardas e um touchdown contra os Texans no domingo. Ainda existe uma minúscula chance de ir para os playoffs e ela, para variar, é em função do camisa 3.
George Kittle, TE, San Francisco 49ers: Saudável, é o melhor tight end da liga e mais uma vez mostrou o porquê. Touchdown importantíssimo e impressionantes 15 alvos. A defesa dos Bengals sabia que o passe vinha para Kittle e mesmo assim ele dominou, chegando a 151 jardas na partida. San Francisco não é um time com cara de Super Bowl, mas ao menos é forte um time com cara de pós-temporada neste momento.
A franquia Denver Broncos: Matematicamente, ainda na briga pelos playoffs. Em meio à triste notícia do falecimento de Demaryius Thomas aos 33 anos, os Broncos prestaram homenagens – vários jogadores do atual elenco dividiram vestiário com ele. Homenagens bonitas e justas aliás – que foram coroadas com a vitória.
Tom Brady, QB, Tampa Bay Buccaneers: O cara é o Thanos. Não vou gastar palavras aqui para explicar por que ele é vencedor, deveria ter uma foto dele no dicionário quando essa palavra aparecer.
Josh Allen, QB, Buffalo Bills: O primeiro tempo foi um horror, com 6,5 jardas por tentativa, 3 sacks, uma interceptação. O segundo tempo e a prorrogação foi outra coisa totalmente diferente. Dois touchdowns, 178 jardas passadas, 66 corridas – totalmente outra coisa. É uma derrota, o que nunca é bom. Mas o objetivo deste texto é justamente este: ir além de uma análise resultadista, mostrar coisas além do placar. Os Bills têm um calendário tranquilo até o final do ano. Tem jogo duro contra os Patriots mas os outros dois são Falcons e Jets. Tudo ainda sob controle.
Micah Parsons, Calouro Defensivo do Ano, Dallas Cowboys: 3 pressões, 2 sacks, tem alguma coisa que esse cara não faz? Turnovers vieram diretamente de sua atuação, então se falamos de Trevon Diggs, talvez tenhamos que falar ainda mais nele. Sendo sincero: Parsons briga, também, pelo defensor do ano. Domingo isso ficou ainda mais claro.

Perdedores:
Kyler Murray, QB, Arizona Cardinals: Corta-me o coração colocar Murray aqui, porque o volume em jardas passadas e terrestres está lá. Mas as duas interceptações, em especial aquela na red zone quando pressionado, ajudou demais na derrota. Os Cardinals perdem, também, a folga da NFC neste momento – algo que pode ser crucial nos playoffs para a equipe.
Darius Phillips, retornador, Cincinnati Bengals: Dois muffs que deram campos curtos para San Francisco – time de especialistas também é importante, vide o Sunday Night Football e essa partida, que foi para a prorrogação. Difícil saber, porque ai são muitas variáveis, se esses dois erros não custaram o jogo para os Bengals. Mas que atrapalham? Sem dúvida.
Derek Carr, QB, Las Vegas Raiders: Imagino o que passa na cabeça de um quarterback quando ele é draftado. Creio que deve ser algo como: eu vou resolver os problemas desta franquia, vou levar ela de volta ao título – no caso daquelas, como os Raiders, que já venceram um, claro. A derrota contra Kansas City pode significar um fim de ciclo para Carr, que não vai conseguir sequer jogar uma semifinal de conferência por Las Vegas/Oakland. Digo isso porque o clima é o mesmo daquele que tínhamos com Detroit e Matt Stafford. Que Carr possa ser feliz em outro lugar.
Urban Meyer, Head Coach, Jacksonville Jaguars: “Jogador dos Jaguars sobre Urban Meyer: Ele veio aqui pregando valores, família, o time. Tem sido tudo menos isso desde o início do training camp. Ele é um falso e um hipócrita. Sabemos quem ele é”. O report de Tony Pauline se junta a vários que já tivemos nesta temporada sobre o caos total e completo no norte da Flórida. Quem paga o pato? Trevor Lawrence, que parece estar regredindo.
John Harbaugh, Head Coach, Baltimore Ravens: Se não bastasse a quantidade de lesões que o time tem, os Ravens perderam para os Browns, Lamar Jackson saiu no primeiro tempo com lesão no tornozelo e é dúvida contra nada mais nada menos que o melhor time da NFC no próximo domingo, o Green Bay Packers. Inferno astral de um lado na família Harbaugh e do outro finalmente a bonança para Jim, com Michigan jogando a semifinal do College no dia 31.
Quarterbacks calouros e segundanistas como um todo tirando Mac Jones, Justin Herbert e Tua Tagovailoa: Não vou colocar todos aqui um por um porque o texto ficaria enorme. Joe Burrow e Trevor Lawrence lideram a NFL em interceptações, Justin Fields cometeu turnovers que eram evitáveis, Zach Wilson está um show de horrores em passes que sequer são recepcionáveis. Não tá fácil.
AFC North: Ninguém sabe quem vai vencer a divisão. O que eu sei é que neste momento, não confio em nenhum desses times para ir longe nos playoffs. Todos têm problemas. Baltimore tem uma defesa que cede big plays, Lamar está mal contra a blitz e machucou. Pittsburgh tem um ataque insosso. Cleveland ainda mais, com destaque negativo para o segundo tempo. Cincinnati é um time inconsistente e que se dá muitos tiros no pé. Era para ser a divisão mais forte da AFC, virou a que tem mais dúvidas depois de 14 semanas.
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