A temporada do Minnesota Vikings chegou ao fim de maneira melancólica mas não surpreendente com a derrota diante do Green Bay Packers na semana 17. Pelo segundo ano seguido fora dos playoffs e rendendo abaixo do esperado, franquia parece próxima de dar adeus a Mike Zimmer e seguir por um outro caminho em 2022.
Quais eram as expectativas do torcedor para 2021: Nunca existiu uma grande empolgação sobre as chances de Minnesota ir longe nos playoffs, mas havia a esperança de uma melhora em relação a 2020, afinal naquela temporada o time foi dizimado pelas lesões. No final das contas, acabou sendo basicamente um repeteco do ano anterior, seja nas virtudes, seja nos defeitos, mostrando que o buraco dos Vikings é mais fundo e não apenas azar no departamento médico.
Quais eram as nossas expectativas para 2021: Acreditávamos que as mudanças feitas na defesa durante a offseason trariam maior solidez à unidade, porém não foi isso o que aconteceu. De resto, nunca duvidamos da capacidade do ataque, recheado de playmakers e ano a ano presente no topo da lista dos mais eficientes da NFL. Em outras palavras, também víamos Minnesota como candidato a dar a volta por cima depois do sofrível 2020.
O que aconteceu: Vamos começar pelo que deu certo: o ataque. Outra ótima temporada de Kirk Cousins, Justin Jefferson e Adam Thielen, acompanhada por uma melhora da linha ofensiva protegendo o passe, deram aos Vikings o 11º ataque aéreo mais eficiente da liga em DVOA. O jogo corrido, por outro lado, foi o 6º mais ineficiente, uma tremenda ironia considerando o fato de muita gente enxergar Dalvin Cook como a principal estrela da companhia.
Enfim, o ataque colocou pontos no placar e deixou a equipe em condição de vencer várias partidas. O problema são as vitórias escapando pelos dedos através de field goals desperdiçados e vacilos defensivos nos momentos decisivos. Minnesota, por exemplo, esteve envolvido em sete duelos decididos por até quatro pontos, perdendo cinco deles. Foram sete derrotas em jogos de uma posse, pior marca da NFL. A maneira como a franquia se complica em confrontos apertados é assustadora.
De resto, as chegadas e dispensas do outro lado da bola não surtiram efeito. A defesa dos Vikings é a segunda que mais cedeu jardas por jogo (385,4), sendo igualmente porosa pelo ar e por terra. Entre outras coisas, a decisão de trocar quase toda a secundária de 2020 foi um tiro n’agua, visto Mackensie Alexander não render em campo e Bashaud Breeland acabar cortado depois de ameaçar sair na mão com os técnicos e companheiros de time. Apenas Patrick Peterson teve um desempenho razoável.





