5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
O fim é dolorido, mas necessário
Pouco mais de uma semana atrás, eu defendia que o Green Bay Packers deveria oferecer um grande contrato para Aaron Rodgers e seguir com ele por bom tempo. Entretanto, mudei de ideia: a derrota para o San Francisco 49ers, que eliminou o time dos playoffs trouxe um clima quase fúnebre para a franquia. O problema é que não é o primeiro ano que isso acontece: os constantes fracassos tornam a situação muito ruim para ambos. Se por um lado Green Bay falha em coisas tolas e que custam caro, como o special teams, Rodgers também não consegue operar os milagres que faz na temporada regular.
Com 38 anos, o camisa 12 se mostrou muito abatido na coletiva pós-jogo e deixou nas entrelinhas que não quer ser parte de uma renovação no elenco – a franquia está US$ 50 milhões acima do cap para 2022. Além disso, não existe nenhuma garantia que ele ainda queira jogar em Green Bay ou sequer esteja disposto a seguir jogando futebol americano. Green Bay precisa desapegar e seguir em frente: dar uma oportunidade de Jordan Love provar seu futuro é necessário. Todo fim de relacionamento dói, mas é melhor que prolongar e deixar a relação se tornar tóxica.
Os 49ers sabem sofrer e isso torna o time muito perigoso
Poucos times tem a dureza mental que o San Francisco 49ers vem mostrando nesse ano. A equipe pode estar atrás do placar por muito – como na vitória sobre o Los Angeles Rams no fim da temporada regular – ou sob pressão no final do jogo, situação vivida contra o Dallas Cowboys, que seguirá lutando e acreditando. Contra Green Bay, o drama foi outro: o ataque esteve empacado durante a maior parte do jogo, dando a impressão que a vaca tinha ido pro brejo. O que aconteceu? Os special teams anotaram pontos, a defesa segurou a barra que é gostar de Jimmy Garoppolo e a equipe saiu do Lambeau Field com a vaga na final da NFC. Quem sabe sofrer é muito mais perigoso e definitivamente os 49ers sabem fazer isso.
Não deixe uma chance para Joe Burrow
Se existe um culpado pela derrota do Tennessee Titans, definitivamente não é a defesa: foram 9 sacks para cima de Joe Burrow, além de uma interceptação que deu a posição de campo para o touchdown do empate. Entretanto, Tennessee cometeu um erro crucial como time: dar uma chance para Burrow. Com 20 segundos no relógio, Ryan Tannehill lançou sua terceira interceptação no jogo. Tal qual Rocky Balboa, que mesmo após apanhar muito ainda tinha forças para vencer, o quarterback do Cincinnati Bengals provou que em seu segundo ano já é diferente: no primeiro passe, avançou 19 jardas e posicionou o time para o field goal da vitória. Enquanto alguns quarterbacks só produzem em temporada regular, o camisa 9 já mostrou seu veneno duas vezes nos playoffs.
Von Miller traz um molho especial para os Rams
Apesar da vitória sobre o Tampa Bay Buccaneers ter sido muito mais dramática do que precisava, em especial por erros individuais no ataque, o Los Angeles Rams está na final da NFC. Grande parte do mérito por essa conquista vem do trabalho da linha defensiva, que infernizou Tom Brady durante a maior parte do embate. O natural seria falar de Aaron Donald, mas não dá para esquecer de Von Miller. O veterano EDGE, trocado no meio da temporada, impactou nessa linha defensiva de forma enorme: contra Tampa Bay, o camisa 40 teve sack, fumble forçado, além de ser presença constante na pressão, tornando a vida dos bloqueadores um martírio. Ter um defensor experiente e acostumado a palcos grandes como Miller ajuda demais nos playoffs.
Patrick Mahomes também ser bom com as pernas é injustiça
Não basta ser o quarterback mais talentoso a surgir nos últimos 10 anos, capacidade ímpar de criar fora da base e conseguir lançamentos para 50 jardas como se nada fosse: Patrick Mahomes ainda é um baita atleta, no sentido mais amplo da palavra e mostrou isso na vitória contra o Buffalo Bills. Quando pressionado, Mahomes não hesitou em colocar a bola embaixo do braço e avançar pelo campo. Correndo, foram 7 tentativas para 70 jardas e um touchdown, além de muito tempo ganho para lançar por se evadir da pressão. Se a preocupação com o que o quarterback do Kansas City Chiefs podia fazer lançando já tirava o sono dos coordenadores adversários, imaginem com ele correndo também.
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