Decepção é a única palavra que condiz com o 2021 dos Packers

De um time forte, com quarterback candidato a MVP e folga na primeira rodada para eliminado em casa: a festa dos Packers virou enterro

O torcedor do Green Bay Packers que disser não sentir um amargor na boca ao falar dessa temporada está escondendo sentimento. Depois ser dominante na primeira fase e ver Aaron Rodgers jogar novamente no nível de MVP, o castelo desmoronou: derrota para San Francisco na semifinal de conferência, fazendo com que por mais uma vez o sonho de um Super Bowl fosse adiado. Uma maré de revolta e dor tomou conta dos aficionados fãs da franquia de Wisconsin, que estão fartos do time falhar nos playoffs.

E já diz o ditado: a expectativa é a mãe da decepção. Se em outras temporadas o torcedor sabia de limitações e entendia que problemas poderiam acontecer nos confrontos eliminatórios, este ano ele estava convicto que a equipe voltaria ao jogo mais importante do ano. Ao contrário das derrotas anteriores, onde a revolta falava alto, mas também a paixão em defender seu time estava lá, agora só vemos tristeza. A entrevista coletiva de Rodgers pós-derrota foi o reflexo: repleta de dor e incertezas sobre o futuro.

Quais eram as expectativas do torcedor para 2021: Vencer o Super Bowl. Depois de uma novela na intertemporada, Aaron Rodgers apareceu para o training camp, o time tinha poucos buracos e tudo parecia se encaixar para que o camisa 12 levasse a equipe pelo menos mais uma vez a decisão do título, coisa que não conseguira na década passada. Era como se Green Bay fosse aquele lutador veterano, que se preparou muito e ganhou mais uma chance pelo cinturão: agora ou nunca, esse era o sentimento.

O que aconteceu: O começo foi assustador. A tradicional edição da “Feijuca dos Packers”- aquele jogo onde a equipe parece entrar em campo logo após comer uma feijoada – veio logo na semana 1, com o time tomando um sonoro 38 a 3 contra o New Orleans Saints. Porém, depois as coisas se ajeitaram e foram voltando ao caminho das vitórias sem maiores percalços. Nem mesmo lesões diminuíram o ímpeto da equipe, que soube lidar com as ausências de David Bakhtiari, Jaire Alexander e Za’Darius Smith, entre outros nomes.

Uma nova derrota só viria na semana 9, sob o comando de Jordan Love, após Rodgers entrar no protocolo de COVID e perder a partida por não estar vacinado, num caso que movimentou a liga. Entretanto, com seu retorno, o ataque voltou aos eixos e seguiu produtivo. Matt LaFleur conseguiu equilibrar a unidade, que passou a depender menos de momentos brilhantes de Rodgers, tendo produção coletiva. Ainda assim a dupla de Aaron com o wide receiver Davante Adams merece bastante destaque: foram mais de 1600 jardas e 11 touchdowns.

A defesa também mostrou evolução, com destaques para nomes que estavam abaixo dos holofotes. Rashan Gary se tornou um grande defensive lineman. Já De’Vondre Campbell e Rasul Douglas foram gratas surpresas nessa unidade, que evoluiu bastante, apesar de algumas inconsistências no final do ano. O time de especialistas seguiu trágico e isso cobrou seu preço nos playoffs, onde o time teve folga na primeira rodada.

Num jogo em que Rodgers empacou e não mostrou grande coração, os 49ers conseguiram bloquear um punt e depois finalizaram com um field goal, calando o Lambeau Field mais uma vez. Um triste fim para uma festa que o torcedor planejou por meses.

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