O problema de não ter um time balanceado é que você fica com poucas respostas se a sua principal arma não está num grande dia. O Kansas City Chiefs, cujo sucesso era ultradependente de Patrick Mahomes, descobriu o que acontece nesse cenário – Mahomes foi terrível no segundo tempo da final de conferência, e o restante do time não tinha respostas. A temporada dos Chiefs acabou nas mãos do quarterback.
Quais eram as expectativas do torcedor para 2021: Kansas City buscava repetir o feito do New England Patriots na década passada e chegar ao Super Bowl pela terceira vez consecutiva. A fórmula não era diferente dos últimos anos: apoiado num super ataque e numa ótima comissão técnica, a esperança dos Chiefs era que a defesa fizesse o suficiente pra não minar o outro lado da bola – o investimento na linha ofensiva foi bem-vindo depois da última final.
O que aconteceu: A NFL começou a desenvolver um antídoto contra Patrick Mahomes. A ideia, no papel, era simples: tirar as jogadas explosivas com maior proteção no fundo do campo a partir de dois safeties e menos blitzes para pressioná-lo. Os adversários não se incomodavam em dar tempo para Mahomes com a bola, o foco agora era reforçar a cobertura e impedir que ele atacasse verticalmente.
Por um bom tempo, deu certo. Os Chiefs chegaram a estar com a campanha 3-4 num momento da temporada, e o nível individual de Mahomes estava muito abaixo, uma mistura da mudança de postura das defesas adversárias com uma dose gigante de má sorte com relação à turnovers. Em 2019 e 2020, o quarterback somou 11 interceptações. Só em 2021, foram 13. Claro que ele teve culpa em algumas decisões que tomou com a bola, porém não foi só isso – a má sorte realmente esteve presente ali.





