Mais um dia comum em Green Bay: Aaron Rodgers posta mensagens com gratidão e muitas fotos, além de um texto que dá margem para interpretação diversa: pode não ser nada, como também pode ser uma despedida. Mas como bem dito por nosso editor-chefe Antony Curti, essa papagaiada toda do camisa 12 se tornou uma novela maçante e que não merece mais comentários. Rodgers está sob contrato com os Packers e até falar algo de concreto, assim será tratado: como quarterback da franquia.
Dito tudo isso, fica sempre a questão: qual o futuro de Jordan Love? Indo para seu terceiro ano na liga, o jovem selecionado na primeira rodada do Draft de 2020 pouco viu o campo até o momento. Salvo o jogo contra o Kansas City Chiefs – em que Rodgers esteve de fora por conta do protocolo de COVID-19 -, Love só atuou em momentos em que nada relevante estava em disputa, como no segundo tempo contra o Detroit Lions, na semana 18.
O valor de Love cai a cada semana
Verdade seja dita, Jordan Love nunca foi visto como um prospecto de primeira rodada pela maior parte da NFL, tanto é que quando os Packers o selecionaram, a surpresa foi geral. Ele era uma grande projeção: dono de bom braço e capaz de alguns lances mais plásticos, mas muito cru na parte mental do jogo e com problemas na mecânica que afetavam diretamente em sua precisão. Claro que não dá para julgar um jogador por uma partida, mas o visto de Love contra os Chiefs é um retrato fiel do descrito acima. O jogo parecia rápido demais para ele.
Sendo assim, porque alguma franquia pagaria caro num jogador que está sendo descartado pela franquia que o selecionou, após ter passado dois anos no banco de reservas e tendo mostrado parca evolução quando teve oportunidade? General managers são grandes especuladores, que se aproveitam de qualquer circunstância para tirar proveito e capitalizarem. Love mostrou algum potencial, mas apenas isso, nada mais. É improvável que Green Bay arranque mais uma escolha de sexta ou sétima rodada hoje por ele. Caso contrário, é mais um ano levando água para Rodgers.
