A free agency na posição mais importante do jogo é praticamente rarefeita ano após ano. Salvo um grande nome que se recupera de lesão – Drew Brees, Peyton Manning – o mercado de agentes livres entre os quarterbacks geralmente conta com reservas, jovens que floparam em seu primeiro contrato ou quarterbacks à beira da aposentadoria. O que é óbvio: quarterbacks bons recebem a franchise tag ou têm seu contrato renovado antes que cheguem ao mercado.
Neste não, não é diferente. Há praticamente uma opção viável como titular que, com um time arrumado, pode levar uma equipe à pós-temporada – estava no caminho disso no ano passado aliás. Mas não nos adiantemos. Vamos à lista, com valores de mercado feita por nós com base em pares de nível/idade semelhante.
5- Andy Dalton, Chicago Bears (34)
Há bons pares de anos, Dalton não é um quarterback com nível para ser titular na NFL – os dois últimos anos, em Chicago e Dallas, mostraram isso com tremenda clareza. É um bom reserva, contudo. Talvez o melhor da liga, considerando experiência e a ética profissional que demonstrou ao ir para o banco na temporada passada.
Os bons anos de Dalton – ou os medianos anos de Dalton – ficaram na metade da década passada, mas ele pode servir da mesma forma que serviu no ano passado: quarterback ponte. A classe de 2022 do Draft da NFL passa longe de ter uma certeza na posição de quarterback, então colocar Dalton como tampão pode ser uma opção viável para algumas franquias.
Valor anual de mercado: 7 milhões de dólares
4- Ryan Fitzpatrick, Washington Commanders (39)
Considerando que Fitzpatrick volte para a próxima temporada, claro. Afinal, ele tem 39 anos e vem de um ano em que se machucou e perdeu a maior parte dos jogos. Washington foi com Taylor Heinicke e não olhou mais para trás. A virtude de Fitzpatrick, além de uma ética profissional impecável – inserir aqui o “VOCÊ SABIA QUE ELE ESTUDOU EM HARVARD?” – é a vontade de esticar o campo no braço e a coragem em alguns momentos. O problema é o outro lado da moeda, com os jogos Fitztragic. Em termos de nível, Fitzpatrick é um Andy Dalton mais velho, barbudo e corajoso. Isso tem seus pontos positivos e negativos, a gosto do freguês.
Valor anual de mercado: 6,5 milhões de dólares
3- Tyrod Taylor, Houston Texans (32)
A verdadeira definição de quarterback ponte nos últimos anos, Taylor viu seus melhores anos (que não foram grande coisa e tampouco foram ao nível de Andy Dalton por exemplo) passarem. A verdade é que no ano passado não foi grande coisa. Não é como se Davis Mills, calouro que chegou bem cru de Stanford, tivesse sido pior. Se parar para pensar, o contrário, sendo sincero.
Taylor jogou apenas 6 jogos, tem um certo histórico de lesão mas é um quarterback mais capaz de mover as correntes do que Dalton, dada sua mobilidade – 0,5 TD terrestre por jogo no ano passado. Ainda, é mais novo do que Fitzpatrick. Que fase neste texto hein? Veja que critérios de desempate usamos.
Valor anual de mercado: 5,5 milhões de dólares
NOTA DO AUTOR NO MEIO DO TEXTO: ESTA CLASSE DE FREE AGENCY NA POSIÇÃO DE QUARTERBACK É PAVOROSA. AGORA, SEGUIMOS COM DOIS NOMES MELHORES;
2- Teddy Bridgewater, Denver Broncos, (29)
O herdeiro de Tyrod Taylor como o OFFICIAL BRIDGE-QUARTERBACK OF THE NATIONAL FOOTBALL LEAGUE, Bridgewater é tão ponte que acaba sendo inevitável o trocadilho com seu nome a função que costuma exercer. Sendo justo, ele foi titular no ano passado e não teve um ano pavoroso. 18 touchdowns, 7 interceptações e 7,2 jardas por passe. Mediano define. Se muito. Mas na AFC West de Patrick Mahomes, isso não basta.
Forte candidato a ser titular num time que drafte um calouro mais cru ou mesmo num time desesperado e/ou esperando a mais talentosa classe de quarterbacks de 2023 no Draft, Bridgewater teve números muito parecidos em Carolina e em Denver. É quase certeza que produzirá o mesmo em 2022 seja no time que for. Não atrapalha o time mas tampouco lhe carrega.
Valor anual de mercado: 8,0 milhões de dólares
1- Jameis Winston, New Orleans Saints (28)
O mais novo da lista e o melhor, consideravelmente. Embora Teddy Bridgewater possa ter espaço como titular, isso aconteceria mais por demérito alheio do que mérito dele – vide Drew Lock no ano passado. Já Winston seria titular por méritos próprios. O ex-Tampa Bay e New Orleans conduzia os Saints a uma campanha de 5-2 no ano passado e embora as confusões mentais após o snap ainda aparecessem, a pecha de Mr. Interceptação e MVP do Entretenimento caiu bastante: em 2019 ele teve 1,9 interceptação/jogo. No ano passado, o número foi de 0,42. Sean Payton fez um trabalho formidável arrumando esse brinquedo quebrado.
A questão é que os Saints precisam arrumar a casa reestruturando contratos e pode ser que não haja espaço no teto salarial para a volta de Winston. Falando em volta, ele rompeu o LCA do joelho no ano passado, mas na altura da medicina esportiva, isso não parece preocupar os times. O mercado deve ser intenso para Winston. Carolina, Tampa Bay, Pittsburgh, Washington, são muitas as possibilidades daquele que é o único titular digno entre os free agents deste ano.
Valor anual de mercado: pelo menos 10 milhões de dólares
Menções honrosas (?):
- Mitchell Trubisky (27): Um dos melhores reservas da liga e que se tiver a melhor defesa da NFL e for usado correndo com a bola, pode te levar aos playoffs. Caso contrário, caos, ódio e desespero para o torcedor.
- Cam Newton (33): Tem que ser muito maluco para apostar em Cam Newton depois de assistir qualquer jogo dele em Carolina no ano passado
- Jacoby Brissett (29): Bom reserva, nada mais do que isso
- Marcus Mariota (28): Idem acima e com uma baixa porcentagem de sonhar como Cinderella da NFL em 2022. Pode ser usado em pacotes de wild cat como aconteceu em Las Vegas no ano passado.
- Josh Rosen, Dwayne Haskins: Sério?
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