Depois da frustrante eliminação para o rival Las Vegas Raiders na derradeira semana da temporada, o Los Angeles Chargers começou a mover as peças do tabuleiro. É impossível não dizer que a chegada de Russell Wilson na AFC West não foi uma catalizadora dessa mudança. Com certeza foi, até pelo timing.
Los Angeles trocou uma escolha de segunda rodada de 2022 e uma sexta rodada de 2023 por Khalil Mack, EDGE do Chicago Bears[foot]via Adam Schefter[/foot]. Em nome, é um tremendo reforço para o front dos Chargers – que contava basicamente com Joey Bosa, da mesma posição. Em produção, não espere o mesmo Mack de anos anteriores.
Mack ainda é um sólido jogador, mas produção vem caindo
Lesões e a idade vem afetando a produção de Khalil Mack, que no ano passado jogou apenas até a Semana 7 e viu Robert Quinn tornar-se o protagonista da defesa de Chicago e quebrar o recorde de sacks da franquia. Até o sétimo jogo da temporada, Mack era apenas o 60º em pass rush win rate – Quinn era o 25º na estatística.
Desde 2018, Khalil não bate mais de 10 sacks e vem tendo problemas para ficar em campo por conta de lesões e/ou jogar machucado. As pressões ainda estiveram lá em 2020, com 41 – a linha de corte de bons jogadores da posição costuma ser 40.
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Isso quer dizer que os Chargers erraram? Absolutamente. O preço foi talvez até abaixo do que normalmente se pagaria por um jogador com seu nome. Ademais, ele não chega pra resolver nada: Joey Bosa continua sendo O CARA nessa defesa – e Derwin James a principal peça da secundária. O papel de Mack é atrair atenção das linhas ofensivas e com isso diminuir responsabilidade do miolo do front angelino, tão frágil na temporada passada.
Ademais, o contrato de Mack – ou melhor, a parte herdada pelos Chargers – é possível de ser reestruturado pelos Chargers para abrir ainda mais espaço na folha. Ou seja, de transformar salário base no “parcelado” do dinheiro garantido nos anos de contrato. De uma forma ou outra, Los Angeles ainda têm 24 milhões na folha para gastar com reforços defensivos.
É necessário que mais peças cheguem, especialmente na contenção do jogo terrestre que tanto atrapalhou Los Angeles no ano passado. Com Russell Wilson e Patrick Mahomes na divisão, não dá para brincar. É hora de maximixar o contrato de Justin Herbert, que ainda está com os números de calouro. Em 2022, qualquer coisa que não seja brigar de maneira séria pela pós-temporada será uma frustração imensa para o torcedor.
