Ryan Poles foi honesto consigo mesmo, com a torcida e com os jogadores do Chicago Bears. O primeiro grande ato de Poles como general manager do time foi trocar Khalil Mack. A troca, num primeiro momento, pode parecer estranha: afinal, Mack é o nome mais forte da defesa de Chicago, certo? Bom, em produção, não foi bem assim na temporada passada.
Não, Khalil Mack não se tornou um jogador ruim. Pelo contrário, ainda deve ter pelo menos dois anos de boa produção na liga, considerando que não perca tantos jogos como no ano passado. A questão é que Mack é um luxo que o Chicago Bears não pode mais ter. O time não está a um contrato desses de brigar pelo Super Bowl ou por pós-temporada como em anos anteriores. Mack tem mais de 30 anos e os Bears tem mais chance de estarem no top 10 do Draft de 2023 do que de estar num top 10 de Power Ranking durante a temporada de 2022.
24 milhões é pesado, mas é melhor resolver isso agora
A ideia de Poles é clara: os Bears não competem em 2022. Ele não está errado. O elenco do time não é forte o suficiente para ir a algum lugar nesta temporada – nas mais otimistas das previsões, poderia brigar pelo Wild Card da NFC mas nada muito além disso. Em vez de ficar num potencial limbo, portanto, arruma a casa para em 2023. A troca de Mack faz com que 24 milhões em dead cap (peso morto) fique na folha de 2022. Mas em 2023, não tem mais anda. Ainda para a próxima temporada, o time também estará limpo das obrigações contratuais da péssima ideia que foi trazer Nick Foles.
Ao mesmo tempo, esse dinheiro a mais para 2023 é uma boa ideia, porque até lá a equipe precisará renovar com Roquan Smith – um dos melhores linebackers da liga nos últimos anos. Reforços em vários setores seriam bem-vindos também.





